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Sempre que há uma qualquer tragédia natural, sinto o meu coração a ficar pequenino, pequenino. Após mais esta brutal tragédia na Turquia e Síria fui aos registos aqui do blog e este é o quinto desastre desta natureza de que tenho registo. 2010 Haiti, 2011 Japão, 2016 Itália, 2017 Irão. Cada um pior do que o outro... Tragédias imensuráveis.
Este, ou melhor, estes sismos da madrugada da passada segunda feira têm números terríveis outra vez. Há data deste post o número de mortos já ultrapassa os 33.000. A previsão da OMS é que possa ultrapassar os 50.000. Há mais de 100.000 pessoas ainda debaixo dos escombros.
Vejo reportagens sobre o que poderia eventualmente acontecer se algo desta magnitude ocorresse em Lisboa. Nada do que vejo e oiço me deixa minimamente tranquila, diga os nossos governantes o que disserem. Acho mesmo que vivem num qualquer planeta distante da realidade de todos nós.
Deus nos livre e guarde de tamanha tragédia.
imagem expresso.pt
Estou dois dias sem ver notícias e está instalado o caos cá dentro e lá fora também. Vi incrédula as imagens do incêndio na Catedral de Notre Dame. Que tamanha perda, imensurável, atrevo-me a dizer. Novecentos anos de história destruídos em menos de nada. Apenas atenua qualquer coisa saber que muitas obras foram salvas e não arderam também. Nunca a vi a vivo e a cores e já não irei ver. Ironia do destino o incêndio acontece na semana santa...
Por cá, ontem estranhei haver tanta gente na bomba da gasolina já depois das oito da noite, mas não liguei. Hoje passei por duas e estavam bem pior e era ainda mais tarde. Afinal há uma greve de camionistas de matérias perigosas e é coisa séria. Ainda me lembro de outra greve aqui há uns anos e do caos que se instalou. Para já não me vou alarmar nem correr até à bomba da gasolina, no máximo acabo a ir a pé para o trabalho, embora acredite que o assunto se resolverá antes da escassez absoluta.
No Rio de Janeiro o desabamento de dois prédios já conta com dezasseis mortos. Continuam desaparecidas oito pessoas.
Isto tudo assim de repente, se for ver ou ler mais vou ficar a saber de outras tantas ou mais. Acho que não quero ver mais notícias nos próximos tempos.
Que a tragédia aconteceu por ali. Um ano depois ainda há tanto por fazer, tantas vidas que tentam a cada dia reerguer-se do que ali aconteceu. Eu que não estive lá, que não fui afectada directamente, ainda hoje me custa a crer que aquilo aconteceu e como aconteceu.
Continuo a perguntar-me, como naquela altura, como é que se sobrevive a tamanha desgraça?
Vejo cada reportagem que assinala este ano passado com uma emotividade inconsciente, comovo-me com cada história, com cada relato.
foto de Adriano Miranda no jornal Público.pt
Sobre o sismo no passado Domingo que abalou a zona fronteiriça entro o Irão e o Iraque, mas com maior impacto no Irão, vi alguma informação, mas nenhuma "corrente" solidária numa qualquer rede social. Ninguém foi Irão, não houve nenhuma hashtag para esta tragédia. Há algum tempo li num qualquer blog, ou coisa que o valha, a propósito das tragédias que acontecem mundo fora, mas que não nos são tão próximas como Paris, Barcelona ou Londres, que poucos falavam sobre isso. É um facto. E se esta foi uma tragédia, mais uma infelizmente, neste mundo em que vivemos. Mais de 430 mortos e sete mil feridos (é muita gente), doze mil habitações completamente destruídas (o que há-de ser daquela gente?). As imagens são desoladoras, são sempre nas catástrofes. Esta fotogaleria do Expresso é exemplo disso. Não deixam mesmo ninguém indiferente. Eu pelo menos não consigo ficar indiferente. Sinto medo, penso sempre: e se fosse por cá?
... em matéria de incêndios, diz a Autoridade Nacional da Protecção Civil. E eu oiço estas palavras com profunda incredibilidade. Na minha cabeça ecoa incessantemente a questão "como é que é possível?", depois do horror que foram os incêndios deste verão. Numa noutra notícia oiço falar num relatório sobre a tragédia de Pedrogão Grande, e com profunda tristeza constato que as conclusões e os comentários acerca do mesmo, são absolutamente ridículas, para não dizer pior. Quatro meses passados aquelas gentes continuam a sobreviver ao invés de viver, em condições que são impensáveis para o comum mortal. Só quem lá está saberá dar o devido valor. Se em vez de andarem a brincar aos relatórios tivessem tomado medidas reais, se calhar o dia de hoje não seria tão trágico novamente.
Enquanto escrevo este post, continuo a ver notícias e constato que houve um acidente gravíssimo na A25, há novamente centenas de veículos presos numa estrada rodeada de fogo. Que horror!
A minha irmã bem perto da base aérea de Monte Real, teve de sair de casa, as chamas por ali estão descontroladas.
Que chova bastante e que este calor amaine rapidamente, a ver se se consegue deitar mão a isto e controlar mais esta tragédia.
Esta era a vista do quintal de casa da minha irmã ao final da tarde :(
E cada notícia a cada directo o meu coração aperta mais um bocadinho, a minha pele fica em modo pele de galinha, fico com os olhos marejados de lágrimas que teimam em querer sair. Que horror. Que ano terrível este. Quase há dois meses a arder consecutivamente, com mais ou menos intensidade, mas sempre a arder. Pessoas, casas, animais, palheiros, campos de cultivo, vidas inteiras que se esfumam, um sem fim de fogo que não pára. Hoje mais uma vez as imagens são aterradoras. Os meus pensamentos estão com aquelas pessoas e com o sofrimento por que passam e que ninguém, mas ninguém consegue dar o devido valor, só quem já passou por tal.
Os noticiários abrem com as imagens que não se queriam ver, mas que são a realidade brutal do nosso País. Aldeias inteiras evacuadas a fugir ao fogo. E tantas aldeias que são defendidas pelos seus habitantes porque a ajuda dos bombeiros demora tempo demais a chegar. Não fossem os habitantes e as perdas seriam bem mais. Que ano terrível este.
Pouco mais de um mês depois os incêndios voltam a lavrar em grande força no centro do país. Mação, Sertã, Proença-a-Nova, Penacova, Coimbra, etc. O inferno desceu à terra mais uma vez. Acabei de ver nas notícias que mais uma vez, há aldeias inteiras evacuadas, mais uma vez já arderam casas, mais uma vez há pessoas que perdem tudo o que conseguiram numa vida inteira. Mais uma vez me questiono, como é que se sobrevive depois disto?
Tenho uma grande amiga e a sua família na aldeia de Relva da Loiça, concelho de Proença-a-Nova, a viver este drama com as chamas à porta de casa. Tentam da forma que podem salvar os seus bens e animais. Tem sido uma aflição. As imagens que ela tem partilhado dos últimos três dias são aterradoras. E não há jeito de acalmar. Para ela e para todos desejo com todas as minhas forças que tudo corra pelo melhor.
Fotos Anabela Delgado
Entretanto os nosso governantes, dirigentes e afins continuam a discutir o sexo do anjos sobre a imensa tragédia de Pedrogão Grande, num desrespeito inqualificável por quem tanto sofreu e tanto perdeu. E entretanto a ajuda financeira que todos se reuniram para angariar ainda não chegou a quem de direito. É triste. Valham os voluntários anónimos e todos os que trabalharam para ajudar no terreno quem tanto precisou, precisa e continuará a precisar nos tempos mais próximos.
Se a tragédia brutal dos incêndios, particularmente o de Pedrogão Grande, já era grave o suficiente, infelizmente conseguiu ficar ainda pior. A maldade humana é inqualificável. Assaltaram casas das povoações que foram obrigadas a fugir do fogo. Como é que são possíveis tais actos? No meio da desgraça e aflição de quem fugia para salvar a vida, outros houve que invadiram e roubaram as suas casas. Sem palavras... Fiquei em choque, mais ainda que em choque já estava com esta tragédia.
Pena tenho que não tenham sido engolidos pela força do fogo, esses sim sem dó nem piedade. Mas a esses pelos vistos nada acontece. Muitas daquelas pessoas ficaram sem nada, foram vidas inteiras que se esfumaram literalmente. Continuo a questionar-me, como é que se sobrevive a isto?
... enfrentar a realidade dos dias com as suas rotinas de sempre, depois da tragédia do incêndio que começou por ser de Pedrogão Grande e que acabou por ser também de Góis e Pampilhosa da Serra e sei lá mais. Horrível.
Mesmo não sendo vista nem achada, porque a mim nada de mal me aconteceu, esta terrível tragédia perturbou-me. Senti, numa tristeza imensa, as dores daquela gente que perdeu tudo ou quase, dos familiares daquela gente que morreu num sofrimento imensurável, talvez só comparável ao de quem ficou sem os entes queridos. Foi-me difícil continuar a minha vida com as coisas de todos os dias, quando a vida daquelas aldeias e das suas gentes desabou. Não consigo esquecer as imagens do incêndio, os testemunhos sofridos de quem o viveu na primeira pessoa. Nunca mais nada será como antes. Não me sai da cabeça a pergunta "como é que se sobrevive depois de tamanha tragédia?". A vida continua é a ordem natural das coisas, bem sei.
Enoja-me o jornalismo de pasquim, e mais ainda o diz que disse, o é e não é, o jogo do empurra das autoridades competentes e dos governantes. Por outro lado é muito bom saber que não há povo como o português que se chega à frente quando é preciso ajudar os outros.
Pedrogão Grande ficará na minha memória, é impossível esquecer algo assim.
Acabei de ver as últimas notícias sobre este incêndio brutal em Pedrogão Grande. O número de vítimas não pára de aumentar, já estão contabilizados 57 mortos e 59 feridos, muitos dos quais em estado grave, casas completa ou parcialmente ardidas, estradas cortadas, um fogo com quatro frentes, completamente fora de controlo. Pessoas que ficaram presas dentro das suas viaturas a tentar fugir das chamas, é inimaginável o que hão de ter sofrido. Outras nas estradas a pé, outras nas suas casas, impotentes, o fogo chega e pufff, não há nada a fazer. Que horror! Se a mim, que estou cá longe e nada tenho a ver com este incêndio, isto me afecta, o que dizer daquelas pessoas que ali sofrem perdas imensuráveis. Como é que se sobrevive a uma situação destas? O que vai ser daquela gente? Sejam profissionais ou civis. As imagens são avassaladoras.
Ontem passámos o dia fora em passeio e estávamos completamente longe desta realidade, sem acesso a quaisquer informações. Só já tarde da noite soubemos o que se passava porque uma tia do meu marido, em cuidado connosco, ligou a saber se estava tudo bem e para termos cuidado no regresso. Nunca nos passou pela cabeça que a tragédia fosse desta dimensão. Na viagem de regresso passamos por vários carros de bombeiros que, entretanto, sabíamos que iam reforçar os meios no local. Já em casa vi as últimas notícias da noite, arrepiei-me até ao tutano, tal como agora, a ver as imagens da tragédia, quase em lágrimas perante a dimensão da mesma.
Eu que passei o dia tão feliz com o calor imenso que se fazia sentir, 43 graus e eu como peixe na água (não sou normal, bem sei). Calor imenso esse que associado à trovoada deu origem ao incêndio. Sinto até alguma culpa por gostar tanto de calor.
Bem hajam os Bombeiros deste país, homens de coragem que enfrentam as chamas neste incêndio brutal. Neste e em todos os outros. Bem hajam todos os profissionais envolvidos nesta tragédia, que trabalham para apoiar quem mais precisa. Que não lhes faltem as forças e a coragem.
Imagens Adriano Miranda no jornal Público.
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