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Há já alguns treinos que não escrevo o meu corrida report (shame on me), mas devia para mais tarde recordar a minha evolução na corrida. Faço este sobre o treino de ontem, que foi o meu primeiro treino de trail a sério.

Estava entusiasmada com este treino, a minha estreia no trail, pois o trail que se faz aqui no Jamor, quase não pode ser chamado de trail, depois da minha experiência de ontem. Nem a hora, o ponto de encontro era às 08h45m, na Barragem do Rio da Mula na serra de Sintra, nem o frio dos últimos dias me demoveu.

Antes da hora marcada já lá estava e estava mesmo muito frio. Lá fui equipada com casaco, gorro e luvas, só não levei o cachecol porque me esqueci. Logo para começar uma subida valente, não fosse o percurso serra acima, por meio de árvores, troncos e folhas, trilhos e pontes de acácia, tipo percurso de obstáculos. Foi subir, subir, subir, e eu sempre para trás em relação ao grupo. Para trás mas sempre acompanhada por um elemento da crew do Correr na Cidade, claro, porque a política deles é mesmo essa não fica ninguém para trás. Sempre a puxarem por mim, sempre com um incentivo, sempre a dar as melhores dicas. Fizemos várias paragens, ou melhor, o grupo fez, pois esperavam pelo grupo de trás para reagrupar, e assim foi o trajecto todo. Ainda pensei deixar o treino, pois senti-me literalmente como uma empata para o resto do grupo. Mais uma vez, a Liliana prontamente me disse que não senhora, que era tolice, afinal era o meu primeiro trail, era normal eu ficar mais para trás. Se estava cheia de frio ao início, rapidamente aqueci tal foi o esforço físico que fiz e tive de me despir. O Pedro Luís, da crew, foi um querido e na mochila dele guardou o meu casaco, gorro e luvas, bem sabendo que se estava a ser difícil os extras ainda me atrapalhariam mais. Só tenho a agradecer-lhe. Foram quase duas horas e meia de treino, pelo caminho até perdi uma parte da aplicação que uso para registar os treinos, quando me caiu a armband enquanto tirava o casaco. Só dei por isso um quilómetro e tal depois. Foi um treino muito difícil, talvez só comparável ao meu primeiro treino em que pensei que morria. Ontem, alturas houve que pensei o mesmo, exagero bem sei. Até de rabo no chão andei para descer alguns dos pontos mais íngremes de descida, e por duas vezes ia indo ao chão por derrapagem, sendo que numa delas quase trazia o João Figueiredo comigo pois ele estava a ajudar-me a descer e não me largou, aguentou firme e hirto. Fizemos duas paragens de alguns minutos, em dois locais com paisagens de cortar a respiração, particularmente quando paramos na Pedra Amarela, em que a vista é quase de 360º. Impressionante, quase me esqueci do esforço que foi chegar até lá. Não se pense que a descer é mais fácil pois alguns percursos mais inclinados a força necessária para conseguir descer é brutal. A maior dificuldade de todas que senti o percurso todo foi mesmo o calçado inadequado. Não tenho ténis de trail e claro estás que não ia gastar dinheiro para um treino de que não sabia se iria ter continuidade. Escorreguei muitas vezes em alturas que se tivesse ténis de trail não teria escorregado. Fui de rabo ao chão quando os outros não iam, mas era a solução possível. Agora que sei que gostei, vou aproveitar os saldos para arranjar uns ténis, no próximo trail já não me apanham desprevenida. Não me esbardalhei, diz a crew que derrapar não conta :)

Aos membros dacrew João Figueiredo que foi o meu fiel companheiro a maior parte do percurso, à Liliana (mais uma vez a querida Liliana), ao Luís moura sempre a dar um bom conselho, ao Nuno Espadinha, um grande bem hajam e um obrigada daqueles sem fim. Graças a eles sei que vou voltar aotrail na certa, por muito difícil que seja, e se é. Os restantes membros e ao grupo todo, que acaba por entrar no espírito do Correr na Cidade, foram fantásticos, sempre a puxar por mim quando me viam chegar para reagrupar, também só tenho a agradecer.

Treino sintra trail.jpg

Hoje doem-me os músculos das coxas como já não me doíam desde os primeiros treinos que fiz. 

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publicado às 22:08


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