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Foi ontem, bem sei, mas só hoje escrevo sobre o tema. É um tema periclitante, sensível e que toca a todos. Ou melhor, não toca mas devia. Enquanto o mundo divaga sobre outros temas, há setenta milhões de refugiados à procura de sobreviver. Setenta. Milhões. Muitos destes refugiados são crianças que muitas vezes viajam sozinhas. É avassalador. As imagens de resgates, de campos de refugiados, de pessoas em fuga, são avassaladoras. O meu coração aperta mais um bocadinho a cada notícia sobre refugiados. 

É uma crise à escala mundial, mas na Europa então está no limite. Como é possível que não seja possível dar resposta a isto? Ainda por cima acusam-se pessoas como o  Miguel Duarte porque salva milhares de pessoas, juntamente com a ONG com que colabora. #EuFariaOMesmo

Morrem milhares de pessoas em fuga. O que não há de ser o desespero destas pessoas, povos inteiros, que largam tudo e se sujeitam a condições desumanas. Nem tão pouco posso imaginar. 

Uma humanidade inteira não consegue deitar mão a esta situação? Outros valores se levantam, claro. Não é petróleo, diamantes, armas, ou qualquer outra coisa que lhes possa render milhões, biliões até. São "apenas" vidas humanas.

Vergonha, tenho muita vergonha deste mundo em que vivemos. 

Mais para ler aqui: Publico.pt

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publicado às 21:27

Diz o ditado. É o que me vem à cabeça de cada vez (e são muitas as vezes, aliás todos os dias) que vejo as imagens e oiço as notícias dos agora ditos "migrantes" (toda a vida fora emigrantes, raios partam as modernices, são emigrantes porque nos estamos a referir ao facto de saírem dos seus países de origem), que tentam entrar na Europa, tantas vezes às custas da própria morte. O que não há de ser o desespero, a angústia, o medo, a miséria, entre tantas outras coisas terríveis que fazem parte da sua existência, e que são realidades inimagináveis para qualquer um de nós, ao ponto de arriscarem a morte, a ficarem nos seus países. São famílias inteiras, são grávidas, são bebés de colo, alguns recém nascidos ou nascidos pelo caminho, nesta fuga desenfreada, desesperada por uma vida melhor, ou pelo menos digna desse nome, vida. E morrem tantos... um horror, um terror. Acredito até que aquilo que chega ao conhecimento público seja uma gota no oceano da real quantidade de gente que arrisca a morte a tal sorte. Tantos de nós nos queixamos da vida que levamos, difícil para tantos, sem dúvida, mas ainda assim um quase paraíso comparado a realidade destes refugiados, migrantes, emigrantes,o que lhe queiram chamar. São pessoas, são seres humanos que vivem vidas desumanas.

Sinto vergonha, vergonha alheia como se diz, nojo até, desses países ditos super potências da Europa não os quererem receber, se não eles, então quem? Eles e todos os outros, como nós que assumimos o compromisso de receber pelo menos 1500. Como muito bem dizem João Miguel TavaresRui Tavares nas suas crónicas do Público que passo a transcrever:

"... é óbvio que não os podemos aceitar a todos, mas aceitemos ao menos os que pudermos, para termos autoridade moral para exigir que outros países ajam como nós. Nunca conseguiremos resolver o drama dos refugiados, e pobres sempre existirão no mundo, com certeza. Mas, durante a Segunda Guerra Mundial, Oskar Schindler ou Aristides Sousa Mendes também não salvaram todos os judeus - salvaram os que puderam. Salvaram os que conseguiram."

É tão isto! Façam os que podem, o que podem pelos que não podem e fogem.

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publicado às 21:13


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