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Vergonha, muita vergonha é o que o que consigo sentir quando oiço e vejo as notícias sobre a vacinação à Covid-19. Infelizmente o que está a acontecer foi precisamente uma das coisas que previ que iria acontecer. Vergonha e tristeza. Porque raio há malta que acha que pode tudo, caramba? Ninguém quer ficar doente. Todos, ou quase todos, queremos a vacina. Eu quero, sem dúvida, para mim e para os meus. Mas nada me dá o direito de passar à frente de ninguém e de não cumprir um plano que está implementado. Como o nome indica, é um plano. Temos de aguardar a nossa vez.
São autarcas, são funcionários da Segurança Social, entre os que se sabem. Nem quero imaginar os que não chegam a ser notícia, que conseguem passar "pelos pingos da chuva". Vergonha, muita vergonha, infelizmente o reflexo do País que temos, do chico espertismo, do desenrascanço tuga. País de brandos costumes dizem, mas na hora de aflição pelos vistos e tristemente, vale tudo.
Calma, muita calma nesta hora gente. As vacinas vão chegar a toda a população, diz o governo. Eu acredito e aguardo a minha vez pacientemente. Até porque a vacina só por si não salva ninguém. É uma protecção não um milagre. O mais importante é continuar a cumprir regras, a confinar, a sair apenas e exclusivamente quando necessário, usar sempre, mas sempre máscara, lavar as mãos a todo o instante, manter o distanciamento. Prevenir, prevenir, prevenir, isso sim deve ser feito.
Este ano não está mesmo a correr nada bem. Tantas expectativas recaíam sobre ele e afinal tem sido tudo, ou quase tudo, mau. A cada dia que passa temos mais coisas más. Morte de pessoas que são ícones, ataques ao Capitólio, a covid-19 não pára de crescer a cada dia que passa, seja em número de infectados, seja em número de mortes. E eis que o mais se temia volta a acontecer. Ao décimo quarto dia de 2021 somos novamente mandados para casa tal como no passado mês de Março.
E assim voltamos a estar privados de quase tudo. É por uma causa maior, sim, mas estou tão fartinha deste maldito vírus e de tudo o que implica, ainda por cima agora fechados em casa outra vez. Mais fartinha ainda de ver tanta gente a não cumprir as regras nem cuidados mínimos e todos sofrermos as consequências disso.
Como o que tem de ser tem muita força, vamos lá ao que interessa. As principais regras são estas:
Informação completa em covid19estamoson.gov.pt.
Parece que o que mais se temia (pelo menos eu temia) vai mesmo acontecer. Temos um novo confinamento na calha para ser aprovado. O Presidente da República afirma que não há alternativa. Tenho receio das graves consequências, mas também tenho medo do que se está a passar neste momento. É uma daquelas situações em que o ditado diz "venha o diabo à escolha e leve qual quiser".
Para já dizem que as escolas vão continuar abertas e espero bem que sim. O ensino à distância do final do ano lectivo passado não deixou saudades nenhumas cá em casa. Tanto eu como o Puto detestámos e temos a mesma ideia, aprende-se muito pouco. O que me chateia é que a haver confinamento as minhas aulas voltaram a ser online... A ver vamos o que isto dá.
Agora resta irmos-nos conformando com a perpectiva do que se avizinha. Não queria mesmo ter de regresssar a um confinamento...
Atingimos hoje o número mais elevado de sempre de novas infeções por covid-19. 10.027 novos casos. Dez mil e vinte e sete novos casos. É tão mau em número como por extenso. E agora? A capacidade de internamento em Lisboa está no limite. A Ministra da Saúde mandou suspender todas as actividades não urgentes nos hospitais de Lisboa. Deus nos livre de ficarmos doentes. Notícias como esta deixam-me alarmada, confesso. Continuo a ver muitas pessoas a comportarem-se como se nada se passasse. Ter vista para uma via pedociclável junto ao rio, tem muito que se lhe diga. São dezenas de pessoas, em maior ou menor grupo, a cruzarem-se a terem de pedir licença para passar entre si. Sem máscaras, claro está.
Se calhar este estado de emergência só não é suficiente. Ah e tal a economia não pode parar e as pessoas estão sem trabalho, etc. Sei disso tudo, mas os hospitais sem capacidade de resposta também é muito grave e as pessoas começarem a morrer em consequência disso também. Assim como o brutal encargo financeiro do SNS com tantos doentes seja em casa seja hospitalizados. E aí a ecomonia fica onde? É tudo mau, não há um assim assim.
E agora o que nos espera? Nada de bom num futuro próximo, é o que me quer parecer. Aguardemos para ver. Entretanto protejer e prevenir são palavras de ordem cá casa.
... e a cinco dias do País entrar novamente em estado de contingência, a pandemia volta (se é que alguma vez deixou de) a estar assustadoramente real. Eu continuo a ter a terrível sensação que estou a viver dentro de um filme ou um sonho mau a que não vislumbro o fim num horizonte, mesmo que longínquo. Estou mesmo cansada. Cansada destas regras, desta forma de trabalhar, de viver, de conviver, de existir até. Cansada de ter receio do que o futuro nos espera. Nem nos piores sonhos pensei que passado este tempo a situação ainda estaria assim. A vontade que eu tenho de fazer um fast foward até 2021 (quiçá 2022) na expectativa de a vida voltar a ser normal.
Cá em casa podemos dizer que somos uns privilegiados. Eu continuei sempre a trabalhar e ninguém perdeu rendimentos mesmo quando em lay off (marido e filha que entretanto já trabalham a 100% também). Nem imagino o desespero e a aflição de quem ao contrário se vê sem saber como pagar contas e assumir responsabilidades. Ninguém da família ou amigos ficou doente, outra bênção. Se tem sido fácil ainda assim? Não, de todo. Foi difícil estarmos todos fechados em casa todos os dias durante as 24h do dia. Foi difícil ver e acompanhar o restante ano lectivo do mais novo. Profissionalmente fui das mais sacrificadas, caiu-me quase tudo em cima, as minhas colegas têm crianças pequenas e enquanto elas ficaram em casa até Julho, eu regressei ao batente a dezoito de Maio. Ainda que em teletrabalho, quando se trabalha numa entidade "pública" o peso do papel é brutal e a sobrecarga de trabalho para por o teletrabalho em dia foi avassalador. Desde o confinamento e até às férias que trabalhei no mínimo doze horas diárias e muitas outras aos fins-de-semana. Era suposto ser adoptado um regime misto entre teletrabalho e trabalho presencial, contam-se pelos dedos de uma mão os dias que consegui ficar em casa. Vi as férias reduzidas para uma semana apenas, sem nunca desligar completamnte, e voltei a trabalhar duro novamente. Impus-me menos horas, isso é verdade, e quero ver se consigo manter.
As aulas começam na próxima semana e não estou nada descansada com isso. Quero acreditar que as escolas vão dar o seu melhor para proteger os alunos e tentar mitigar a propagação do vírus. O que se irá conseguir com as novas medidas de contigência anunciadas hoje pelo Primeiro-Ministro? A ver vamos, como diz o cego.
No geral e mesmo com tanta coisa que se passou nestes meses, senti que tudo foi um flash e tenho a sensação que a vida está em suspenso desde o dia 13 de Março. Lá vai tempo em que acreditava que iríamos ficar todos bem. É impossível ficar bem depois do tsunami que esta pandemia foi para o mundo inteiro. Há coisas que não se esquecem, há feridas que mesmo de pois de passarem deixam marcas para a vida toda. Assim será com esta pandemia. Quero muito que o tempo passe mais depressa ainda até ao ponto em que estes meses sejam só uma memória de um capítulo mau das nossas vidas.
"Até que enfim! Finalmente! Estava a ver que nunca mais!" Estas foram as palavras mais ditas e repetidas pelo meu filho, quando cheguei a casa do trabalho na sexta-feira. Estava mesmo aliviado. Estava ele e estava eu. Foi um desafio do caraças este 3.º período de lectivo de aulas à distância. E nem me posso queixar muito, que o puto foi super responsável, não falhou uma única aula e cumpriu todas as tarefas propostas. As queixas por aqui são que se aprendeu pouco, para não dizer muito pouco. A matéria leccionada até à vinda para casa, tudo bem, daí para a frente é que foi pouca. Ou melhor, os professores enviavam as matérias e respectivas tarefas em quantidades claramente superiores ao desejável. Alguns professores deviam esquecer-se que os miúdos tinham outras disciplinas, tal era o volume de tarefas atribuídas. Dias houve que às sete da tarde, por aqui, ainda se faziam tarefas para cumprir com o solicitado. O tempo de aulas online foi sempre insuficiente para novas matérias e o tempo para dúvidas foi nulo. Em resumo, os professores despejaram matéria e os miúdos tiveram de se desenrascar como puderam. As notas baixaram qualquer coisa e não houve possibilidade de recuperação. O puto terminou o décimo ano sem qualquer negativa, mas está preocupado com as médias para a faculdade. O décimo ano ficou um bocadinho esquecido por quem manda nisto tudo, sem aulas na televisão, que eram só até ao nono ano, e sem aulas presenciais, aqui apenas os 11.º e 12.º foram tidos em conta. A verdade é que as notas do décimo também valem para a média.
É o que é e foi o possível devido à situação de pandemia que atinge todo o mundo. Preocupa-me ouvir que se calhar o início do próximo ano lectivo será em moldes semelhantes, ou com idas à escola semana sim, semana não. A ver vamos o que nos espera. Uma coisa é certa, este já está!
Hoje é o meu 65.º dia em casa. O último de um confinamento total. A partir de amanhã regresso aos poucos a uma suposta normalidade. Regresso ao trabalho, mas não em pleno. Irei amanhã fazer as oito horas de trabalho e depois o objectivo é irmos uns dias sim, outros não. Ninguém volta em pleno, pelo menos para já. Foi na sexta-feira que soube que iria regressar aos poucos. Primeiro pensamento foi, até que enfim. Segundo pensamento, será que é seguro? Estou num misto de sentimentos desde então. É verdade que a vida tem de normalizar, mas a que custo? Estaremos de facto prontos para voltar? Quero muito voltar à normalidade, mas neste momento, que normalidade é esta? Uns dias sim, outros não, uns dias a meio tempo, outros a tempo inteiro. Ainda por cima num gabinete de cinco pessoas só duas podem voltar. Entre acompanhar crianças em tele escola e doente de risco, é o que resta.
Então e o resumo deste isolamento? Muita obrigação e pouca devoção. Trabalhei como se no escritório estivesse, logo não me sobrou tempo para quase nada. Não cozinhei por aí além, não fiz pão, não li tudo o queria, nem vi todas as séries ou filmes que tenho por ver. Não arrumei a casa até já não saber mais o que fazer, nem fiz renovações ou mudanças. Não me cansei de estar em casa, nem nunca perdi a noção dos dias. A trabalhar dez a doze horas por dias não sobra tempo para muito mais. Se gosto de trabalhar em casa? Gosto e até bastante. Mas devo confessar que me fazem falta as pessoas, as conversas o contacto com os outros. E agora como irá ser? Acho que nada será como dantes. A pausa para o café ou a ida à máquina da água a pensar se estou afastada dos outros o suficiente, se os outros ou eu estaremos de facto bem de saúde. As refeições como irão ser? Partilhar um espaço fechado e relativamente pequeno com os outros é algo que não me apetece de todo. Para já ficarei no meu gabinete até durante a hora de almoço. Novas rotinas numa normalidade que de normal não tem nada. A ver vamos como irá correr. Para já a ansiedade está a ganhar.
Na dúvida fui ver e ouvir as notícias. Afinal não, mantém-se a data de dois de maio. Mas aqui ao pé de casa parece que há um regime de excepção, ou então só um elevado grau de estupidez humana (mais uma vez, nunca pára de me surpreender).
Sim, é verdade que podemos dar uma volta com o cão, ir ao supermercado, à farmácia, prestar assistência a doentes ou coisa que o valha. Podemos até dar uma volta ao quarteirão, o dito passeio higiénico só para apanhar uns raios de sol e ar puro. Eu não o faço, mas entendo quem faça. Agora andar a passear como se nada se passasse não me parece nada razoável, só estúpido. E é o que vejo da minha janela à beira-rio. É inacreditável. E ainda não foi levantado o estado de emergência, fará quando for. Por estas e por outras é que me preocupa tanto ouvir falar em levantar medidas e retomar a normalidade, ainda que gradualmente. Estamos todos em casa há tempo demais, ou então não o suficiente, depende da perspectiva. Todos queremos voltar às nossas vidas, mas para continuarmos a conter o risco de contágio devemos continuar em casa. Tem de continuar a haver prudência, distância e isolamento. A verdade é que hoje há muito mais trânsito na marginal, muito mais pessoas no passeio marítimo, até parece um domingo normal. Pessoas, com cão, pessoas sem cão, com crianças, sem crianças, a correr, a andar de bicicleta, de patins, de trotineta ou skate, em grupos maiores ou menores, poucas são as que vão isoladas. Só me apetece gritar, vão para casa pessoas!
Só me lembro deste artigo da Patrícia Reis publicado no Sapo24. Tenho medo que tudo isto leve a um valente retrocesso e aumento da pandemia.
Pessoas a máxima ficar em casa é tão válida hoje como há três ou quatro semanas. Fiquem em casa.
Então e o ensino à distância como corre? Por aqui nem bem, nem mal, vai indo. O Puto está no 10.º ano e portanto não terá aulas em tele-escola. As aulas já começaram e nem tão pouco me parece que se lhes possam chamar aulas. Os professores colocam tarefas ou actividades nos sumários no site da escola e eles têm um determinado número de dias para executar, isto nas tarefas semanais. Outras são as diárias que devem executar durante o tempo da aula, mas sem nunca haver retorno ao professor. Isto complica-me as ideias, confesso. As tarefas ou actividades têm uma parte de explicação, o que chamam dar matéria nova, e a parte prática. Pergunto-me: então e as dúvidas?! Então e como é que os professores sabem quais os conhecimentos adquiridos pelos alunos?! Os miúdos não têm todos a mesma capacidade de aprendizagem. E como é que sabem se os miúdos fizeram o que lhes foi solicitado?! Estou um bocadinho enervada com isto. Eu sei que o meu filho é cumpridor e nem preciso de andar sempre a confirmar o que está feito, ele é o primeiro a dizer-me o que faz. Mas tem dúvidas, claro. E há temas de mais fácil compreensão do que outros.
As aulas em conferência ou vídeo chamada estavam programadas para a próxima semana, entretanto já não será na próxima, mas só na seguinte e entretanto passam duas semanas. Como é que vão conseguir cumprir o programa de cada disciplina? Não me parece que chegue o final das aulas terem sido adiado para 26 de Junho.
Estou preocupada, acho que é muito fácil dizer que as aulas seguem dentro da normalidade no 3.º período lectivo, porque tudo isto de normal não tem nada. Os miúdos vão ser prejudicados, sem dúvida. Claro está que antes isso do que estarem sujeitos a contágio e ficarem doentes e sabe Deus mais. Prefiro o resguardo, claro. Mas que este ano os conhecimentos adquiridos vão ficar muito aquém, disso não tenho qualquer dúvida.
A notícia apanhou-me de surpresa, mesmo sabendo que o escritor estava infectado com Covid-19 e internado desde 27 de Fevereiro, logo depois de ter participado no evento Correntes D' Escritas na Póvoa do Varzim. Se calhar nem lhe posso chamar surpresa, a verdade é que foi tipo um murro no estômago, lá isso foi. Fiquei triste, logo pensei, e agora? Nunca mais vou ler nada dele. Egoísmo o meu, embora justificado. Ele escrevia bem que eu sei lá.
Tenho uma clara predilecção por escritores chilenos. Também sou fã da Isabel Allende, que é a minha escritora de eleição. Acompanho a obra de Sepúlveda desde que me conheço adulta. O primeiro livro dele que li foi "O Velho Que Lia Romances de Amor", algures nos primeiros anos década de 90, e foi amor imediato. Depois desse li e tenho vários outros títulos do autor, entre os quais "Rosas de Atacama" ou o clássico já leccionado nas escola dos meus filhos "História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar". Ainda tenho por ler, prenda de aniversário ou Natal, não posso precisar, "Últimas Notícias do Sul", que vou aproveitar para ler agora que acabei o livro que andava a ler e ainda não me tinha decidido qual ler a seguir.
Estes são os livros de Luís Sepúlveda que habitam cá em casa. Certo é que para mim agora terão ainda mais valor.
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