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Não sei se o problema sou eu ou se são os outros, mas se há coisa que me irrita profundamente, tira-me do sério mesmo, é as pessoas não se lembrarem de nada, ou quase nada, tanto faz, mas assim repetidamente.
Eu lembro-me de tudo, ou melhor, se por um lado estou completamente choné, por outro não. Trocando isto por miúdos (expressão que aprendi com a minha santa avó): esqueço-me de coisas do dia-a-dia, do tipo, onde deixei as chaves do carro, o telemóvel muitas vezes só quando chego à garagem é que dou por falta dele e tenho de voltar atrás para vir buscar, onde guardei isto ou aquilo, vou de um local a outro (tanto em casa como no trabalho) e quando lá chego tenho de fazer rewind para me lembrar ao que ia, etc., mas as coisas de facto importantes, datas, números, factos ou acontecimentos, disso eu lembro-me de quase uma vida.
No trabalho chamam-me página amarela, sei as extensões dos colegas quase todas, e bíblia porque me lembro até de onde e quando compramos determinada coisa, ou quando, ou alguém, ou como algo aconteceu. Fico possessa quando algum dos meus colegas de gabinete não são capazes de dizer ou de se lembrar se fizeram uma determinada ordem de compra ou se veio um técnico fazer uma assistência (por exemplo), sei lá, este tipo de coisas corriqueiras. Outras vezes perguntam-me a mesma extensão mais do que uma vez por dia, ou como fazem uma determinada tarefa vezes sem conta. Bem sei que as outras coisas que me lembro são de facto uma excepção, mas também não abusem, a memória treina-se, farto-me de dizer isto.
Já lá em casa é a mesma coisa, o meu marido é péssimo de memória, até me zango com ele às vezes. Os miúdos não tanto mas ainda assim tenho a certeza de que se treinarem conseguem.
Como tudo tem um senão e como escrevi lá atrás "lembro-me de quase uma vida", mas falta-me o quase. E o que isso me perturba, não tem explicação. Há um gap nas minhas memórias de infância, que remonta à fase em que ainda tinha um pai presente e até à escola primária as minhas memórias são muito pouco lúcidas. Tenho flashes de uma ou outra coisa. Isso deixa-me até triste, queria tanto lembrar-me de muito mais. Os meus avós que me criaram mereciam que eu me lembrasse de muito mais. O mesmo acontece com algumas das viagens que fiz em miúda, tanto com os meus avós como com a minha mãe.
Bem sei que o nosso cérebro é um enigma, e não tendo a minha vida sido propriamente fácil, se calhar estas coisas de que não me lembro são o cérebro a mandar mais que eu.
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