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Conforme já comentei aqui na passada terça-feira fui com o mais novo à psicóloga. Ou melhor fomos à psicóloga e ao pedopsiquiatra, foi um dois em um. E o que isso teve de especial? Teve um piano a tocar que fez com que o meu tempo de espera passasse quase sem eu dar por isso. Isto ainda por volta das nove da manhã. Foi tão bom ouvir aquele piano tocar, quando nada o fazia prever. Ainda por cima quando chegámos ao hospital o som de fundo era de obras, daquelas bem barulhentas por sinal, paredes a virem abaixo e martelos pneumáticos e sei lá mais o quê. Eu que estava com uma dor de cabeça terrível, só pensei, isto vai ser bonito. Entretanto entrámos para a primeira consulta e quando voltámos à sala de espera qual não foi o meu espanto, ouvia-se um piano tocar, alto e bom som. Que contraste brutal, pensei eu, quase incrédula. Entretanto o Manuel foi chamado para o gabinete da psicóloga, onde eu não vou, o tempo é dele, e eu ali fiquei na companhia do meu livro, como habitualmente, e com aquele piano a tocar como música de fundo. Quando saímos vimos de onde vinha o som e ainda tive oportunidade de registar o momento (só me arrependi de não ter gravado e só fotografado).
Quem conhece o átrio deste hospital, sabe que todo ele é dedicado à arte. Pinturas, desenhos e fotografias não faltam, até exposições pelos corredores. O piano eu sabia que ali estava, já não é de hoje, é desde há bastante tempo. Nunca tinha tido o privilégio de o ouvir tocar. Adorei. Outra coisa que me fascina sempre por lá é esta obra e acompanha toda a escadaria que leva até às consultas.
Enquanto decorria a nossa (interminável no meu ver) espera sobre a colocação ou não do implante da Bárbara, vi um bebé de apenas quinze dias, entrar para o bloco operatório. Coitadinho, era tão pequenino e com tão pouco tempo de vida esta era já a segunda cirurgia a que era submetido. Nasceu com uma malformação, felizmente possível de corrigir. E o ar de desespero daqueles pais? Deu dó de ver, fartaram-se de chorar.
Dói sempre tanto sabermos os nossos meninos com situações complicadas, eu já vou na 3ª volta (leia-se cirurgia) e o medo, a ansiedade, a angústia não mudam nada. A forma de reagir e enfrentar a situação, essa sim, sem dúvida.
Tive uma vontade imensa de abordar aqueles pais, sossegá-los talvez com um pouco da minha história, mas também sei que com o mal dos outros podemos nós bem, e eles com toda a certeza, só queriam que aquele não fosse o seu bebé, numa dor tão só deles mesmos.
Soube depois que a cirurgia correu muito bem e o bebé ficará bem também.
Hoje que é dia do meu aniversário, será sem dúvida diferente. Para quem até nem gosta particularmente de fazer anos, até nem estou nada mal. Será um dia passado com sô dona Babucha no hospital, em internamento, mas por uma boa causa. Este pós-operatório tem sido tramado, mas vai correr tudo bem. Iremos passar o dia todo juntas, se estivesse a trabalhar isso não acontecia. Será dia de mimos em doses extra (como têm sido este últimos), que esta filha merece, é uma lutadora. Mais logo vem a peste mais pequena para festejar connosco.
Eu e filha doce do coração, no hospital:
Ora pois que só ao fim do quarto dia no hospital com a Bárbara é que me ocorreu, que se o wi-fi do hospital funciona para a internet no telemóvel, também funciona para o portátil. Boa? Boa, não estou mesmo por dentro destas coisas das novas tecnologias. O que eu ainda tenho de aprender. Hoje já cá está o dito e sempre ajuda e muito a passar o tempo quando a Bárbara descansa.
É por onde mais tenho andado desde a outra semana. Entre a Bárbara, o Manuel e eu, tem sido um corrupio. E certo é que só termina daqui a 15 dias.
Na festa de aniversário do Bernardo, a Bárbara, teimosa que nem só ela, caiu a andar de trotineta. Foi feio, muito feio o estrago. Duas lacerações bem feias, um hematoma megalómano mais feio ainda, mais umas quantas escoriações. Deu direito a uma noite de internamento passada no Hospital SFX (as saudades que eu não tinha do belo cadeirão azul...), uma anestesia geral, uma pequena cirurgia e cinco pontos, mais um mês sem ginástica nem natação.
Do susto acho que nunca mais na vida se esquecer (eu não, na certa), e coitadinha só me dizia no meio de um choro incontrolável - "Oh mãe, eu consegui não bater com a cabeça...".
Três dias depois, na terça, foi o Manuel que não parava de coxear. Já na semana anterior tinha ameaçado o mesmo. E dói, e dói e nem bola nem correr, nem quase andar. Hospital com ele. Apalpa daqui, verifica dali, mais um rx e o resultado, uma infecção no osso da anca. E toma lá Brufen três vezes ao dia durante uma semana. É consequência de ser tão sogadito. No dia a seguir lá fomos nós outra vez para o médico que fez a cirurgia ver a Bárbara e dizer de sua justiça. Tudo ok e a evoluir como se queria.
Ontem foi a minha vez, que isto de ter um "amiguinho do peito", como diz a médica, tem que se lhe diga e as mamo e ecografias são regulares que há que controlar, e volta não volta chateia mais um bocadinho.
Não bastando, ontem ainda foi também dia de nova visita ao hospital com a Bárbara para mais uma vez avaliar a evolução do estrago. Tudo a correr como se quer. Agora só daqui a 15 dias para nova e última avaliação.
Para a semana tenho de ir mostrar os exames de ontem à minha médica de eleição.
Se por norma e vicissitudes da vida já passo muito tempo a caminho e nos hospitais, estas semanas então...vai lá vai.
...assim só porque sim. É só ter uma consulta de neuroftalmolgia no H. Egas Moniz, que está diga de passagem pior a cada vez que lá vamos.
A Bárbara tinha a consulta marcada para as 9h30, e eu sabendo que ali o serviço administrativo é sempre mau, fui meia hora mais cedo para atempar a inscrição. 1º compasso de espera - demorei uma hora e quinze só aí. Hoje de facto ultrapassou qualquer limite de razoável. 2º compasso de espera - só fomos chamados para a consulta eram 11h35. 3º compasso de espera - foi necessário fazer dilatação dos olhos, das 12h05 às 13h15. 4º compasso de espera - foi necessário realizar um exame de seu nome OCT (e assim aproveitar o facto de já estarem os olhos dilatados - achei bem, claro) e aqui foi onde esperámos menos, 15 minutos apenas. O exame em si é que foi demorado. Saímos do hospital eram 14h25. Um must, é o SNS que temos.
Resumindo e baralhando, a Bárbara não foi à escola sequer, eu cheguei ao trabalho eram 14h45 e depois porque o trabalho não deixa de ter de se fazer fiquei a trabalhar até às 21h00.
É desesperante, ainda mais quando esta é a minha realidade constante, pois devido aos problemas de saúde da Bárbara passo horas infinitas em hospitais e respectivas salas de espera, sendo sem dúvida o maior tormento para nós o Egas Moniz.
Só me vale de facto, e muito, saber que ela é muitíssimo bem acompanhada por médicos que considero excepcionais (eu e quem tem conhecimentos na área).
Estava eu na 6ª feira, num jantareco muito simpático em boa companhia, no sushi de carcavelos, que me estava a saber pela vida (sushi é talvez das minhas comidas preferidas), conversa boa, calorzinho e noite muito agradáveis, com a perspectiva de um fim-de-semana animado pela frente, quando começo a sentir tonturas, mal estar as vozes ao longe. Bem, pensei, lá vem mais uma quebra de tensão (o que em mim é do mais frequente que pode haver, familiares, amigos e colegas já estão habituados), pedi uma água com açúcar, baixei a cabeça à altura dos joelhos, e nada. Pedi outra água com açúcar, mantive a posição e nada. Já me estava a passar. Vieram o empregado e gerente do restaurante muito preocupados - se for preciso chama-se uma ambulância. Qual quê digo eu, isto é frequente, já passa - mas a verdade é que não passou e acabei mesmo de ambulância no Hospital de Cascais. Foi horrível a sensação de não conseguir controlar a quebra de tensão, as pessoas a falarem comigo e eu sem perceber porque não passava, até me render às evidências tive mesmo de ir para o hospital. E lá estive até hoje 3ª feira, cinco dias, 24 horas no S.O., exames e análises e holter e ecocardiograma e ECG e sei lá mais o quê. A hipotensão nunca melhorou, o ritmo cardíaco sim, e os diagnósticos: Lipotímia Neurogénica (crise vaso vagal) e carência marcial. O que quer que isto seja, o resultado é repouso, muito repouso, beber cafezinhos à vontade e comidinha bem temperada. Consulta de cardiologia dia 9 de Setembro é para dar seguimento ao problema e se voltar a acontecer ir logo de novo para o hospital onde já estou referenciada. A ver vamos. As tonturas ainda tenho confesso, é só tentar fazer qualquer coisa. Por isso por agora vou cumprir e descansar mesmo. Aproveitar que os meninos estão de férias com o pai, sempre o descanso é melhor.
Ontem fui com a minha filha a uma suposta consulta de neuro-oftalmologia no hospital Egas Moniz. E suposta porque quando lá cheguei constatei que afinal se tratava de uma simples consulta de oftalmologia, que para o caso da minha filha não serve de grande coisa. É a realidade que temos, a incompetência do pessoal administrativo que infelizmente faz o que quer e ainda lhe sobra tempo. A requisição de consulta foi feita pelo neurologista, e era especificamente para um determinado médico especialista em neuro-oftalmologia e que acompanha a minha filha desde os 9 meses de idade. Quando questionei o porque daquela alteração a resposta foi "Ah, se calhar foi engano..., pois... também não sei", o que considero surreal quando há uma requisição específica e com pedido de urgente, devido ao problema de saúde da minha filha. Adiante, lá dei as indicações pedidas, e argumentei o possível, e a resposta seguinte "O Dr. não está mas vamos falar mesmo com ele e depois contactamos", mas sempre naquele tom tão pouco convincente que nem sei. Aguardarei pela próxima 4ª feira e a ver vamos.
Outro apontamento maravilhoso foi a higiene, ou melhor, a falta dela, com que me deparei, numa altura em que tanto se fala de gripe A e do seu "hiper-mega" fácil contágio. Quase digno de uma visita do "Nós Por Cá". O vidro de protecção do atendimento estava sujo, sujíssimo, cuspido, cheio de marcas, de "gafanhotos" da imensidão de pessoas que ali vai todos os dias. E é um local onde 1mt de distância não é exequível, de todo, se quisermos ouvir e que nos oiçam, 10cm são demais. E a sujidade não era de um dia, isso vos garanto, quase de vómito, e afinal estava num hospital público. Eu nem queria crer, deu-me vómitos. Todo o serviço deixava mesmo muito a desejar no campo da higiene, mas ao canto lá estava o frasco de álcool desinfectante, quase uma redundância.
Bem sei que é um hospital muito antigo, e etc., o que só me faz pensar como é mal empregue o meu dinheiro dos impostos, e de como está mal a saúde neste país.
Se a minha ideia daquele hospital já não era grande coisa, depois de ontem é sem palavras... A excepção são mesmos os médicos, alguns pelo menos, neste caso.
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