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Faz hoje um mês que a Rússia invadiu a Ucrânia dando início a uma guerra na Europa, uma guerra que está a acontecer já aqui ao lado afinal.
Ironia ou não, hoje quando entrei no carro e o rádio ligou passava a música “Dança de um dia normal” do Miguel Araújo. Estava eu a pensar no que será um dia normal nos dias que correm, quando a malta das Manhãs da Comercial falou exatamente no mesmo.
O que será um dia normal para aqueles milhões de pessoas que estão a viver a guerra na pele…. Será que algum dia voltarão a ter um dia normal? Voltarão às suas vidas a ser normais? Como será que se vive depois da guerra acabar? E quando será que está guerra acaba?
Andamos todos, e eu não sou exceção, nas nossas vidinhas às vezes a queixarmo-nos de coisas que afinal até são pequenas e a guerra a acontecer aqui tão perto. Podem algumas até não ser tão pequenas assim, bem sei que há coisas e situações muito complicadas na vida de cada um, mas acho que nada se pode comparar com a guerra.
Acho que só quem vive algo tão avassalador pode dar o devido valor.
As imagens que nos chegam são cruéis, mas uma crueldade real… Fico de coração partido a ver aquelas pessoas, adultos, velhos, crianças (…as crianças então…) com as suas vidas desfeitas, sem saberem ainda o que o futuro lhes reserva, ou até se terão futuro…
E a todos nós o que será que nos espera também? Confesso que a ideia de uma terceira guerra mundial me atravessa o pensamento com alguma frequência.
Tudo o que mais desejo é que na Ucrânia 🇺🇦 em particular e para a humanidade em geral todos voltem a saber o que é um dia normal.
Vi ontem no National Geographic o documentário “The Cave”. Que murro no estômago, que realidade brutal, avassaladora, de fazer revoltar as entranhas. Já aqui escrevi que a guerra na Síria é das realidades que mais me perturba, e este documentário mostra o que por lá se passa. Sem dó nem piedade, vai tudo a eito nem o hospital escapa.
Só consigo comparar com a brutalidade de Auschwitz, acredito que daqui a uns anos iremos olhar para trás e ver esta guerra como algo semelhante.
Vejam este documentário. Está nomeado aos Óscares deste ano. Ironia, quase gozo até, numa noite de glamour e extravagância e lá não há nada nem sequer comida ou medicamentos. Não há nada, nem hipótese de sobrevivência quanto mais.
Do realizador nomeado para um Óscar Feras Fayyad (Últimos Homens em Aleppo) vem A Caverna, um retrato de coragem, resiliência e solidariedade entre mulheres. Para os civis sitiados na Síria devastada pela guerra, a esperança e a segurança residem no hospital subterrâneo conhecido como A Caverna, onde a pediatra e médica-chefe, Dra. Amani Ballour, e as suas colegas Samaher e Dra. Alaa reivindicaram o seu direito de trabalhar como iguais ao lado dos seus colegas de profissão, desempenhando as suas funções de uma forma que seria impensável na cultura opressiva e patriarcal que se vive lá em cima. Acompanhando as mulheres enquanto estas lidam com bombardeamentos diários, escassez crónica de suprimentos e a ameaça constante de ataques químicos, A Caverna oferece uma visão inabalável da guerra na Síria e de alguns dos seus heróis mais improváveis.
A incrível história desta heroína num artigo da National Geographic.
Se já me perturbava o quanto bastasse, as notícias sobre os últimos acontecimentos da guerra na Síria provocam-me uma imensa revolta nas entranhas. Centenas de civis, muitos deles crianças, bebés inclusivamente. Maternidades e hospitais bombardeados, vale tudo. Onde vai parar este conflito? Este massacre que não olha a quem e varre tudo e todos?
(foto daqui)
A trégua declarada por Vladimir Putin é unilateral, o resultado foi zero. U-ni-la-te-ral, logo tinha tudo para correr mal. Sofre quem lá está e não tem culpa de nada. As imagens são avassaladoras. Aquilo não é um País nem coisa nenhuma, sabe Deus o que é o pouco que resta do que foi um dia um País chamado Síria. Esconbros e mais escombros, incompatível com a vida humana.
(foto daqui)
Entretanto vi no blog Cocó na Fralda este apelo para assinar uma petição da Amnistia Internacional pelo fim imediato dos bombardeamentos a Ghouta Oriental. Vale o que vale, é melhor que coisa nenhuma. Já assinei. Divulgo também aqui no blog e já o fiz no facebook, é o mínimo que posso fazer e é uma coisa que está ao meu alcance. Assinem também.
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