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Sem grande surpresa, infelizmente o pior aconteceu. O gato Afonso não resistiu a esta maldita situação que enfrentou, esta insuficiência renal crónica e já muito avançada de que padecia. Coitadinho do gato Afonso... o que ele não há-de ter sofrido sem dar parte fraca, sem dar a entender que estava muito doente.
Tinha chegado ao trabalho há pouco tempo quando o meu marido me telefonou a dar a notícia, Tinham ligado para ele do Hospital do Gato a dizer que o Afonso tinha passado a noite mas que não aguentou e pela manhã resolveu partir. Hoje seria o dia da decisão conforme novas análises, já que as de quarta tinham o valor da creatinina ainda pior do que as de domingo. Parece ele que antecipou o que eu não queria decidir. Ontem há hora de almoço quando o fui ver estava até estável, embora incomodado de ali estar e muito aborrecido comigo, zangado até. Tipo - "deixaste-me aqui, amuei". Há noite fomos os quatro ver o Afonso e ainda bem, assim os meninos puderam vê-lo uma última vez. Ele estava muito mais murcho, mais aborrecido e tentou constantemente ficar deitado dentro da box sossegadinho. Já não olhava quando o chamávamos, estava mesmo "nhó".
Resta-me o consolo de saber que enquanto esteve connosco teve uma boa vida, foi adoptado quando ninguém o queria adoptar. Raio do preconceito, só eu mesmo para adoptar um gato sem um olho (o gato zarolho, como lhe chamei carinhosamente). Foi mimado, foi amado, ainda nos deu umas ralações valentes quando caiu da janela e andou desaparecido durante uma semana, quando teve de fazer uma cirurgia por causa do olho que não tinha. Foi o meu primeiro gato, eu que nem sequer me considerava uma pessoa de gatos, toda a vida tive cães. Conquistou-me, arrebatou-me literalmente. Chegou, viu e venceu. O que eu gosto deste gato (ainda não digo gostava, porque ainda gosto), não tem explicação. Era o meu gatocão, que pedia festas, atenção e mimo e de independente tinha muito pouco. Ele quase falava connosco, quando queria comida, água ou que lhe trocasse a areia. Vinha ter comigo quando chamava: "Afonso, vem cá" e ele vinha, qual cão, gatocão. Esperava que eu saísse do banho, esperava-me à porta quando era hora de eu chegar a casa, dormia connosco todas as noites, andava atrás de mim pela casa enquanto me despachava de manhã ou a outra hora qualquer só porque sim. Delirava quando ouvia o som das saquetas dos snacks que lhe dava em jeito de miminho. Tinha uma paciência infinita para o Manuel que fazia dele gato sapato, adorava fazer companhia à Bárbara enquanto ela estudava. Recordações boas não faltam, e são essas que têm de ficar na minha, na nossa lembrança. Adeus gato Afonso.
O gato Afonso continua internado e não se espera grande evolução infelizmente. A esperança é a última que morre, diz o ditado, mas está difícil pensar assim depois da ecografia de ontem. A somar a uma insuficiência renal crónica muito grave, a médica viu que tem também cálculos nos rins, estes com muito pouca definição já, bastante alterados e a trabalhar quase nada. O conforto possível que ainda vai tendo é à base de soro, medicação injectável e aquecimento. Portanto, fora do hospital, não exequível. Se na segunda feira ainda fiquei a achar que ele voltava para casa, ontem fiquei a pensar que se calhar já não será assim. Ainda assim a esperança é de que durante o dia de hoje haja alguma evolução e que os resultados as análises de mais logo, ao final do dia, sejam melhores.
No meio de tudo isto, continua um doce, não tira uma unha de fora não se mexe, deixa fazer tudinho, sempre meloso ainda por cima. Na ecografia miou quando a médica lhe tocou lá num ponto mais sensível e a coisa doeu. No final estava cansadíssimo, enquanto esperávamos que a veterinária viesse falar connosco acabou por adormecer feito bolinha como tanto gosta e já nem deu conta da nossa presença.
O Hospital do Gato ontem ao fim do dia estava a o rubro, tanto gato a entrar e a sair, as veterinárias não tinham mãos a medir. A eco do Afonso estava inicialmente marcada para as 17h00, só ia o meu marido que eu só podia a partir das 19h30 e prontamente me sugeriram a alteração do horário, para mim foi perfeito. Depois estivemos foi imenso tempo à espera para falar com a veterinária, que se desfez em desculpas pela demosra. Único ponto negativo a apontar ao excelente trabalho da equipa do Hospital do Gato, faltou ali mesmo um pouco de organização. Saímos de lá tardíssimo a ainda tinhamos as crianças na avó à espera para jantar.
Depois de passar o fim-de-semana um bocado mais meloso do que o habitual e a miar bastante mais também, ontem ao final do dia lá me deu finalmente a perceber que não estava bem. Que ele às vezes quer mais atenção, eu não estranho, afinal este gato é um “gatocão”, pois de independente tem muito pouco, gosta mesmo é de atenção e mimo. Não raras vezes anda pela casa atrás de nós a chamar a atenção. Miar muito quando tem pouca comida ou águas nas tacinhas dele ou quando a areia já não lhe agrada também é frequente.
Comportamentos que estranhei: um cocó fora do caixote (nunca tal tinha acontecido em todos estes anos que está comigo), de noite deitou-se dentro da cama em vez de ficar aos pés como sempre), mas comecei de facto a achar que aquilo ontem era demais e quando vi que ele tinha dificuldade em andar e se desequilibrava ao mínimo toque. Os meninos que tinham passado o fim-de-semana no pai, quando o viram disseram logo - “Oh mãe, o Afonso está a andar esquisito”. Fiquei bastante assustada. Só me lembrava da Violeta, embora não fossem os mesmos sintomas. Quando fui buscar o marido ao trabalho, fomos de seguida ao Hospital do Gato que mais uma vez tão bem nos atendeu, ou melhor ao Afonso.
Às primeiras palavras da médica só consegui reter “muito grave”, “idade” e “insuficiência renal”. O prognóstico não podia ser pior, muito reservado. Estava desidratado, magro, com a temperatura muito abaixo do que é suposto. Coitadinho do gato Afonso. E eu que não dei por nada mais cedo. Mais uma vez diz a veterinária que é mesmo assim, que os gatos são mestres na arte de disfarçar quando estão doentes. As análises estavam para lá do limite do aceitável. Foram logo colocadas umas placas de aquecimento para ajudar a temperatura subir, soro e medicação para as dores. Deixou fazer tudo e mais alguma coisa, é mesmo um doce este gato. Ficou internado, claro. Até ao final do dia de hoje e os próximos dois ou três são fundamentais para saber se ele se safa desta e qual o melhor tratamento a seguir em sendo possível.
E para saber a idade dele? Os anos passam mesmo sem dar por eles. Em 2009 (?) quando veio para nós, o Afonso tinha mais de 3 anos, ora estamos em 2015, já lá vão mais seis, e eu achava que andava pelos 8 ou 9 anos, afinal já vai mais para 10 que outra coisa. Nos gatos faz toda a diferença.
Gato, tu apruma-te e vê lá se recuperas!
Que o gato Afonso é um palerma, já eu sabia, mas que é mesmo muito, muito palerma, não estava eu à espera. Ainda há pouco tempo andamos nesta aflição, e agora anda com o olho ferido outra vez. Na passada 5ª feira magoou-se a coçar-se, espetou uma unha mesmo por baixo da costura da cirurgia (que continua perfeitinha) e fez um buraquinho. Lá fomos nós, faltando às aulas de natação e hidroginástica, até à Clínica SOS Animal, onde foi tratado e medicado, resta-nos esperar que cicatrize e não tenha de levar pontos novamente, e hoje lá vamos nós outra vez ver a evolução da coisa. Anda de funil para evitar magoar-se mais, depois não consegue comer em condições, lá lhe tiramos o funil e vigiamos enquanto come, anda tristíssimo, refugia-se no quarto das crianças, aos pés da cama do Manuel (o seu grande amigo), está zangado connosco, senta-se de costas voltadas para nós, e vagueia devagar pela casa com um ar de clemência tipo "tirem-me lá esta coisa". Que grande taralhouco é este gato.
Da visita à Clínica, lá fiquei a saber que a minha querida Lígia tem outra vez imensos animais para adopção, está sem mãos a medir. Ora como não posso fazer muito mais para a ajudar, e sou uma coração mole, restou-me oferecer-me como FAT (família de acolhimento temporário) para um dos gatos que tem em casa. Já não era novidade para nós ter dois gatos e um cão, depois do desaparecimento da gata Violeta, que foi tão sentido por todos cá de casa, pensei porque não mais um gato outra vez. As condições foram as do costume, tem de se dar bem com outros gatos, com o cão e com crianças. Selecção feita na 6ª feira lá veio a nova inquilina desta família de loucos, e assim temos agora a gata Fiona. Gira que se farta, meiga que nem parece um gato, e que responde pelo nome. Foi a loucura, os meninos adoraram, o gato Afonso fartou-se de lhe soprar e ela soprava à cadela. Hostilidades ultrapassadas, já todos se dão bem.
Mais logo a ver se coloco uma foto.
O gato Afonso, que é zarolho, esta semana teve de fazer uma cirurgia por causa do olha que não tem, que desde há umas semanas estava a deitar pus e nem com antibiótico a coisa se resolveu. Ficou tão infeliz o gato Afonso, coitadinho. Quando veio para casa, ainda com algum efeito da anestesia, nem se conseguia por em pé, caía para o lado, quando se sentava caía para trás, tropeçava, etc.. O colar é o grande desespero dele pois não consegue comer, vai contra as coisas, resumindo está tinóni. A boa notícia é que a cirurgia foi bem sucedida e em princípio não voltaremos a ter chatice dali.
São dez dias até tirar os pontos, e palpita-me que serão dez longos dias, que ele não atina com o colar nem por nada. Hoje, 3º dia, tive de o tirar para ele conseguir comer e beber água, enquanto fiquei de vigia para que ele não fizesse nenhum disparate.
A cirurgia foi feita na clínica do SOS Animal, a quem eu confio a bicharada cá de casa sem qualquer hesitação. Não tivesse sido também lá no SOS que eu os adoptei a todos. A eles por tudo um imenso bem hajam, e à minha querida L. não tenho palavras para te agradecer, um imenso bem hajas também, a ti e a eese teu coração do tamanho do mundo.
O gato afonso é um palerma!!! É palerma porque saltou pela janela da sala na passada 6ªfeira e só hoje o consegui encontrar. Mas consegui, isso é que interessa. Foi quase uma semana de sofrimento (só quem tem ou teve animais sabe do que falo), kms e kms percorridos a pé, de carro, vigílias um dia atrás do outro e o gato afonso nem vê-lo. Cartazes espalhados pela rua, nas lojas aqui mais próximas, palavra passa a palavra com a vizinhança. Confesso que estava a perder as esperanças, afinal uma semana é muito tempo quando falamos de um animal perdido.
Andava eu hoje de manhã na rua a dar a voltinha da manhã com a Laika, quando olho para o lado e encostadinho a uma parede próximo de uma conduta de ar de um prédio bem pertinho de casa estava o gato afonso assustado, encolhido, muito sujo e magrinho. Quando o vi nem queria querer, tive de olhar duas vezes, e chamei-o ao que respondeu - miau. Depois ainda entrou para a dita conduta de ar que está desprotegida, mas foi só levar-lhe comida e reconheceu-me de imediato e saiu vindo pedir-me festas. Estava tão contente tadinho, que nem sabia o que havia de fazer, se comer se pedir festas e roçar-se nas minhas pernas. Ficou contente o gato afonso, fiquei eu e os meninos então quando me viram chegar com ele então, ficaram loucos de contentes mesmo. Bem mas como hoje foi dia de trabalho, lá o deixei separado da Laika não fosse a coisa correr mal. Agora à noite enchi-me de coragem a tentei dar-lhe banho, estava imundo, e contra todas as expectativas, correu muito bem. Tomou banhinho e ficou quase limpinho, mas só quase que eu não quis abusar da sorte e foi um banho em jeito de muitas festas e o amigo até gostou. Depois lambeu-se, lambeu-se e lambeu-se. Percorreu todos os cantos à casa, cheirou tudo e todos, está feliz. Agora dorme profundamente, que isto de ser gato e palerma ainda por cima, dá trabalho e cansa.
P.S. - O meu imenso (e é muito pouco, bem sei) OBRIGADO ao Paulo, à Lígia e ao Luís que foram incansáveis nesta aventura "Em busca do gato perdido".
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