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Diz o ditado que depois da tempestade vem a bonança. Por aqui está difícil da bonança chegar. Depois daquele Domingo terrível as coisas ainda se estão a compor. Com um edema no cérebro o meu marido ainda não pode ainda voltar ao trabalho. Bastante repouso e pouca agitação. Na passada semana depois de uma TAC que não se fez porque o equipamento avariou, uma constipação mal curada acabou em pneumonia. Tudo a somar. Passámos uma madrugada no hospital, os dois dias seguinte foram maus. Hoje voltámos à consulta, está melhor, mas ainda não está bem. Amanhã há nova avaliação de neurocirurgia, a ver vamos o que isto dá. Ele está saturado de estar em casa e isso nota-se na disposição. Não o posso condenar. 

Dias de tempestade podem ir andando por favor, que a bonança é a minha esperança.

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publicado às 19:51

Domingo cedo, pouco antes das nove, já acordada, ainda a processar a nova hora de verão, marido sai para ir trabalhar. Nem cinco minutos depois toca o telemóvel, no visor um número que não conheço. Atendo, do outro lado o meu marido: “Não vais acreditar, vem aqui ter que tive um acidente… foi grave.” O meu cérebro nem conseguiu processar bem a informação. Fiquei sem saber o que pensar o que fazer. Ele tinha acabado de sair de casa, como é que podia. Perguntei, vou ter onde? O acidente foi mesmo ao pé de casa. Vesti-me à pressa e lá fui, numa pilha de nervos. A cena com que me deparei era inacreditável, fiquei com aquela imagem na cabeça. Não me sai da ideia, nem de dia nem de noite. A estrada intransitável, dois carros completamente destruídos, estilhaços dos ditos por todo o lado, estrada, passeio, bermas. Muitos curiosos já por ali fora dos carros, ciclistas que passavam e ficaram a ver, pessoas nas janelas, os bombeiros já tinham chegado. O outro carro não fez a curva e veio bater no meu marido com toda a força. Ainda vi e falei com o meu marido, mas rapidamente o colocaram na ambulância, estava pior do que dizia que estava. Resto da manhã e princípio da tarde no hospital. Do mal o menos, muitas dores, algumas escoriações, muitos hematomas, mas nada partido. Burocracias, muitas, procedimentos outros tantos, agora é aguardar o desenrolar dos acontecimentos. 

Foi um dos piores dias de que tenho memória na vida. Nervos à flor da pele, ansiedade nos píncaros e ao fim da tarde uma dor de cabeça que nem quase não conseguia ter os olhos abertos, até náuseas e vómitos tive. Foi um dia que parecia não mais ter fim. Na segunda acordei com dores no corpo todo, cansadíssima, tem sido uma semana agreste no rescaldo deste dia mau. O marido felizmente está a recuperar.

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publicado às 22:32

Hoje foi um dia mau. Daqueles mesmo. Começou com o Manuel a acordar cheio de tonturas, náuseas e indisposição e acabou com a tarde e final de dia passados na urgência. 

Hoje era dia de eu e o meu marido irmos à consulta com a psicóloga do Manuel, para articularmos ideias e objectivos para o acompanhamento dele. Eu não queria faltar nem por nada. Com o cenário em causa pedi à avó que viesse até cá a casa para ficar com ele até ver se melhorava e a partir daí perceber se seria necessário ir ao médico ou não. 

Logo à saída de casa, já em cima da hora, claro, o elevador de acesso à garagem estava avariado. Corrida para a rua entra pelo portão, sai da garagem, fila de trânsito parada logo quinhentos metros depois. Nunca vi tanto carro nesta rua a esta hora. Não faço ideia do que se passou. Faz inversão de marcha, caminho alternativo, mais trânsito, aqui sim o habitual para a hora. Liga para o hospital a avisar que estamos atrasados, atende um daqueles serviços automáticos de tecla um para isto, tecla dois para aquilo e deixe o seu contacto já ligamos de volta. Pensei, deve ser verdade... Afinal foi. Cinco minutos depois estavam a contactar-me, lá avisei, sem problema venha na mesma a doutora espera. Ufa! Dos nervos não me livrei, odeio chegar atrasada para o que quer que seja.

A consulta essa foi extremamente positiva, valha-me isso.  Alinha ideias e estratégias daqui, desabafo dali, pais mais tolerância, mas também firmeza, disse a doutora no final. Ligamos para casa, o Puto está pior já vomitou outra vez, a tontura foi tão intensa que o fez vomitar. Veio o marido a casa, fui até ao trabalho alinhavar as coisas para vir para casa à hora de almoço, ver o ponto da situação. Telefonema do banco a meio da manhã com assuntos menos agradáveis. Hora de almoço, vim a casa ver como estavam o Puto. Só comeu uma sopa, dois minutos depois levantou-se, tontura, sopa fora. Liga para a saúde 24 (nunca vou à urgência sem ligar para lá), quinze minutos depois é para ir à urgência. Avisar no trabalho que provavelmente não vou de tarde. Fomos para o hospital. Chegados lá nova tontura, vomitou de novo e quase desfaleceu. Valeu-me o segurança de serviço que o amparou e ajudou a sentar-se porque eu a fazer  admissão dele não vi a coisa a dar-se. Triagem para cá, espera um bocado, consulta para lá, espera de novo, vai à enfermeira, faz medicação, volta a esperar, mais medicação daquela que é para esperar de cinco em cinco minutos e entretanto desespera. Final de dia, exame neurológico (felizmente ok), gastroenterite também não é, pode ser cansaço, stress, desidratação ou até qualquer coisa viral. Vigia, hidrata e descansa. No final parecia outra pessoa, já a sentir-se bem melhor e quase sem tonturas. Se repetir vem de novo para cá. 

Sair do hospital, já depois das sete da tarde, trânsito do demo novamente. Caramba que este dia nunca mais acaba. Chegar finalmente a casa, dar notícias a quem entretanto soube e foi perguntando por nós. Tratar de uns emails que precisava de enviar e responder. Entretanto o meu marido chega, faz jantar, comemos, conversamos, miúdos para a cama e finalmente o descanso. 

"Eta" diazinho comprido este. Já passou, já passou...

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publicado às 23:36

E hoje foi um deles. Aliás todos os dias que impliquem consultas ou exames com a Bárbara, para mim são dias do demo. Há sempre a angústia, o nervoso miudinho, há as imensas horas de espera, etc. Há os dias que correm sem grandes complicações e depois há dias como o de hoje (infelizmente já são bastantes) em que tudo corre mal. Desde 2013 que a Bárbara tem um implante coclear e até hoje a convivência com o dito foi quase sempre pacífica, salvo um ou outro percalço, nada de mais. Hoje era dia de fazer uma ressonância magnética que foi pedida pela neuricirurgiã (que não sendo a habitual, é da mesma equipa e ajudou à última cirurgia da Bárbara) na consulta de Setembro passado. Eu sei que o implante tem condicionantes, e que as RM não podem ser realizadas acima de 25 teslas, é uma delas. Se a neurocirurgia pede uma exame, eu não questiono - burra!!! é o que sou, burra!!! - no meu desconhecimento essa condicionante estava acautelada. Já na sala respondo ao questionário da praxe, chamo a atenção para o dito implante, para além das placas e parafusos que a Bárbara tem, as cirurgias que fez, etc. Portanto ali naquele instante todas as pessoas envolvidas na realização do exame ficam a par, em traços gerais da situação clínica. A Bárbara é posicionada para entrar na máquina e assim que começa a entrar, queixa-se de uma dor - ai que me estão a apertar - sente um impacto como se algo lhe tivesse batido na cabeça, e tudo corre mal. Puxam-na para fora, o que foi o que não foi - dói-me aqui, ai mãe tenho um alto no sítio do implante... - eu ia morrendo ali mesmo, tremi que nem varas verdes, constatei o dito alto, um inchaço tremendo, ela com muitas dores e eu quase sem conseguir reagir, um desespero. Instantes iniciais passados, lá me ocorreu ligar para a neurocirurgiã habitual, desliga-me a chamada, envio sms sem resposta (entretanto já me ligou e já está a par do disparate), ligo para a técnica do otorrino que acompanha a Bárbara, conto-lhe o sucedido, a senhora ficou chocada, como é que uma médica pede uma RM a um implantado, e manda-me ir e imediato ter com ela ao Hospital de Santa Maria. Eu a precisar de colocar gasolina no carro, os semáforos todos vermelhos pelo caminho, a miúda estoicamente a aguentar as dores, nunca o caminho para aquele hospital me pareceu tão longo. Lá chegadas a Bárbara é examinada de imediato, os médicos já estavam ao corrente da situação, perguntas e mais perguntas. Ao ligar-se o processador ao implante, a Bárbara ouve, portanto na coclea e com o posicionamento do implante está tudo bem, foi o íman que saiu do lugar. Agora é preciso repouso, fazer anti inflamatório e gelo, a ver se o edema e a inflamação diminuem para perceber o que fazer a seguir. Amanhã logo cedo nova avaliação. À partida não será necessário recolocá-lo. A ver vamos.

Eu senti-me a pior mãe do mundo, que burra de não saber que a Bárbara não pode fazer aquele exame, de não contrariar uma indicação médica, sujeitei a minha filha a um sofrimento desnecessário. A técnica de Sta. Maria bem me tentou tranquilizar, quem tem de saber o que pede é a médica, mas a culpa não me larga... Podia ter feito tão melhor, eu já devia saber... a minha filha já passou por tanto...

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publicado às 16:12

...hoje foi um desses dias, ou melhor foi um dia menos bom. Que dias maus eu conheço bem e este nem se compara. Este começou bem cedo, ainda de madrugada. Não preguei olho toda a noite, nem queria acreditar quando o despertador tocou às 06h42 e eu ainda não tinha conseguido dormir. Isto quando não se dorme nada corre bem, tolda-nos o discernimento. Saí de casa disparada sem sequer ir à caixinha da saúde a ver se disfarçava as olheiras tremendas, só quando olhei pelo espelho retrovisor do carro é que dei por isso. Pensei com os meus botões "isto hoje promete...". Tive um dia de cão no trabalho, desde bem cedo, até ao fim do dia, só problemas. Roubaram dinheiro à Bárbara dentro da escola, que levava para pagar uma visita de estudo. Ingenuidade ou não a verdade é que roubaram. Passei-me. Escrevi até à directora e vou meter a associação de pais à mistura. Enfim, esperam-se cenas do próximo capitulo, não vou deixar passar de ânimo leve esta situação.

O Manuel chegou a casa que era lama da cabeça aos pés, para terminar o dia em beleza. Esteve a jogar à bola diz ele - "Não tive culpa mãe, aquilo é que tinha lama com fartura."

Inspira, expira, amanhã é um novo dia.

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publicado às 20:49

Ele há dias...

04.10.12

...tramados que eu sei lá. Que merd@ porcaria de semana... Que início de mês tão para esquecer. Deve ser para eu não me habituar a esta cena de ser feliz. Ora toma lá!

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publicado às 21:39

Dias menos bons

08.12.09

Hoje estou num daqueles dias, ditos dias menos bons, vá, que para mau seria um exagero, sem paciência até para mim quanto mais para os outros... Mas enfim a vida é assim mesmo, ele há dias bons, dias menos bons e dias maus. Nada de grave se passa, é só mesmo o estado de espírito. Coisas de "gaja" a bem da verdade. Estou como o tempo, confesso que precisava de ter ido arejar um pedacinho, mas há prioridades, e a Bárbara tem testes na escola esta semana e estivemos a rever a matéria. Ela precisa de um pouquinho mais de ajuda do que as outras crianças, mas com trabalho tudo se consegue. A saga do post "Contas de dividir" continua e tudo mais há que trabalhar.

Mas amanhã é um novo dia e bola para a frente. Siga, que isto hoje não passa de uma tolice, e amanhã estarei melhor. Espero conseguir dormir um bocadinho melhor, que isto das insónias e noites mal dormidas não ajuda nada ao estado de espírito. A vida tem tantas coisas boas que não me posso, de todo, deixar levar por estas coisas, há que aprender e levantar a cabeça.

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publicado às 22:18

Dias difíceis

03.10.09

Ele há dias assim. Parecem nunca mais chegar ao fim, quando o cansaço à mistura com o stress do dia a dia, a luta para levar o barco a bom porto, quase nos tolda o discernimento e a razão. Não sou pessoa de grandes lamúrias ou queixumes, mas estes últimos dias têm sido realmente difíceis. Dou por mim quase a arrastar-me no final de cada dia de trabalho, quando ainda há duas crianças e um cão (leia-se cadela, mania minha) à espera da devida atenção e uma casa com as tarefas domésticas para fazer. Parece que o tempo não chega para nada. O meu humor fica terrível, que o digam os meus coleguinhas de trabalho, que lá vão tendo uma paciência quase infinita para me aturarem. E o Paulo, sim tu, que também tem sido incansável nestas crises de cansaço e mau humor, que me assolam por estes dias. Mas o que me custa mesmo é saber que tudo isto se reflecte, e neles mais que ninguém, nos meus filhos, que entre a corrida da manhã e a do final do dia, bem sei que são os mais penalizados. Nestes dias, pesa-me a consciência, fico com aquela horrível sensação de que afinal podia ter feito muito melhor, ter tido um pouco mais de paciência e ter dado mais de mim, ter sido muito melhor mãe. Outra coisa também sei, melhores dias virão, que eu não sou garota de me dar por vencida!

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publicado às 20:07


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