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Adorei!!!! Superou em muito as minhas expectativas. Tanta informação, tantos testemunhos, qual deles o mais impressionante, tanta gente, tantas experiências de vida, até os cães tiveram o seu lugar (e tão bem por sinal). Lá encontrámos médicos e técnicos que acompanham a Bárbara neste percurso.
Ficamos a conhecer o projecto cães ouvintes, que afinal (mas com muito mérito) se limita a utilizar o que os cães têm de melhor, a curiosidade e a audição, em prol da pessoa surda. Fazendo o que já fazem no dia-a-dia, dão sinal quando toca a campainha, o telefone ou telemóvel, quando ouvem alguém aproximar-se, a minha cadela faz isso mesmo. Aos cães nada passa despercebido, porque não aproveitar isso mesmo? Achei brilhante, com algum trabalho é ensina-los a avisarem os donos surdos, ao invés de só se manifestarem como qualquer cão.
Um dos oradores foi o Nuno Cadilhe, pai coragem do Matthew, menino implantado bilateral, caso recente e relativamente mediático. Para quem acompanhou no facebook, o mentor do projecto Silent Sculpture. O que este pai se propôs e fez por este filho foi, e ainda é, impressionante. Quem o ouve, fica mesmo com a ideia de que se preciso fosse, este pai moveria montanhas (que equivale mais ou menos ao que ele fez). Se já me tinha impressionado com o projecto, ouvi-lo falar na primeira pessoa e contar o que passaram, impressionou-me ainda mais.
Os outros testemunhos não conhecia, mas são também impressionante todos eles. Uma mãe que tanto se penalizou por só aos dezoito meses percebeu o incontornável, o seu filho era surdo profundo. A história de vida de um sénior já reformado, com um percurso de vida bem preenchido, a de um adulto que até missões fez, um jovem que lutou contra tudo e contra todos e hoje tem uma empresa própria e é engenheiro informático. A terminar houve a presença do António Fagundes e do seu filho Bruno que têm em cena a peça de teatro Tribos, que abordam, tão, mas tão bem o tema da surdez numa família completamente disfuncional. "Mais surdo é o que não quer ouvir", é tão verdade. Ainda assim é dura e cheia de percalços a vida de um surdo, lidar com a surdez dia-a-dia, não é pêra doce. Que o diga a minha filha. Mas não é por isso que tem de se sentir menor ou inferior a qualquer outro, muito pelo contrário, tem muito mais valor. Chega onde os outros chegam (e até mais) ultrapassando obstáculos inimagináveis, para quem não sabe o que é a surdez. Até me emocionei. E a vontade de por em prática o desejo de aprender Língua Gestual Portuguesa? Eu e a Bárbara.
Espero bem que ela principalmente, tenha entendido o que tanto me esforço por a fazer perceber, a surdez não é menos em nada perante os outros, difícil é, claro que sim. A surdez não é vergonha nenhuma, ela é tão melhor que tantos. É a maior esta filha!!!! Para mim é bom saber que não estou sozinha nesta luta, mas que há tanto por fazer ainda. O nosso País é muito bom nas leis, mas é o pior a pô-las em prática.
Um grande bem hajam à Widex que tão bem organizou este evento e a todas as pessoas que na vida da Bárbara fazem toda a diferença.
Este Sábado, dia 27 de Setembro, vou, ou melhor, vamos participar no evento Deaf Talks - Experiências Que Se Escutam. Tive conhecimento deste evento através do convite que recebi através da Widex, onde a Bárbara é acompanhada desde o início da sua surdez, inicialmente nas próteses auditivas e agora também no implante coclear. Estou particularmente expectante pelo dia do evento, ouvir outras pessoas (miúdos e graúdos) surdas e pais de surdos, profissionais da área e ainda por cima tem a participação especial de António Fagundes e do seu filho Bruno Fagundes, que apresentam agora em Lisboa a peça de teatro Tribos que tem tudo a ver com o tema da surdez também. Esta iniciativa insere-se no âmbito da semana mundial da pessoa com deficiência auditiva. Vai ser bom não me sentir tão sozinha nesta batalha que é ter um filho surdo. Tudo se leva no dia a dia, mas há alturas muito difíceis.
Pura verdade! E concordo com escrever “desgraça” e...
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