Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Pela primeira vez desde que sou mãe, há dezanove anos, vim de férias sem as crias. A mais velha ficou porque está a trabalhar, o mais novo está de férias com o pai. Ela não pode mesmo vir ter connosco, ele está de volta amanhã. São só quatro dias sem ele e já me faz diferença, agora sem ela de todo, está a custar-me mais.
Ponto positivo, ir à praia sem ter sempre alguém a dizer alguma coisa ou a chamar, oh mãeee :), não ter de estar sempre a dizer, não pisem a minha toalha (é um clássico), coloquem o protector, cuidado com a areia, etc., etc.
Está a ser difícil gerir sentimentos, emoções e ansiedade. Falta-me parte de mim. É o que é, eles não são meus, ou melhor são, mas são do mundo também e a vida acontece e não vão estar eternamente debaixo da minha asa.
…e não é pouco. Primeiro dia de praia, primeiro banho de mar, volto para a toalha, pego no telefone, três chamadas não atendidas da mais velha. O meu coração quase parou. Olho em seguida para o telefone do meu marido, mais uma, quase morri. Liguei de volta e só me saiu um o que é que aconteceu? Coisas de mulheres, uma aflição e o que podia correr mal correu. Nestas alturas, como sempre numa aflição o que pode correr mal corre e até uma porcaria de uma moeda trocada faltou. Ela ficou sem chão, eu estou a quase trezentos quilómetros de distância, e mesmo que não estivesse era igual, ela enervou-se por eu não ter atendido o telefone, enfim… uma merd@. No meio da aflição tudo se resolveu pelo melhor, ela não se atrasou para o trabalho e ultrapassou o percalço. Já eu senti-me um traste por não estar mais perto. Bem sei que é a vida, ela já é maior, já trabalha e tem de saber safar-se como puder. Eu só lhe posso indicar o caminho, já não a posso levar ao colo. A meio da tarde já era ela que me enviava mensagens para me tranquilizar que estava tudo bem.
Não precisava nada de mais este stress. Já ando preocupada porque ela ficou em casa, o trabalho é com folgas e horários rotativos, sendo que esta semana é a pior a sair muito tarde. Tem transportes, mas mais espaçados. Pelo menos sei que há muitas pessoas a circular tal como ela.
Ainda assim estou de coração apertado. Mesmo sabendo que ela está mais preparada para a vida acontecer do que eu para que aconteça.
É um orgulho ser mãe desta miúda!
A minha filha faz amanhã dezoito anos e eu sinto-me a pior mãe do mundo...
Queria que este fosse um aniversário especial, mas não será, será apenas mais um aniversário. E o que isto me está a perturbar. Ando meio zangada com ela, pois neste final de ano lectivo deixou uma disciplina por terminar, com a agravante de me ter escondido o facto. A somar não tenho o "presente ideal" para lhe dar e queria ter. É uma miúda difícil nos gostos, no trato e nas escolhas. Cada um é como cada qual e não a condeno por isso. Queria não me sentir assim, meio sem jeito até. Não quero ser uma super mãe nem uma mãe perfeita, ainda assim sinto-me a pior mãe do mundo neste dia. Sei que é exagero, mas hoje sinto-me assim, amanhã provavelmente será melhor.
Ir buscar criança mais pequena à escola
Ir colocar gasolina no carro
Ir à secretaria da escola da criança mais velha tratar da segunda via do cartão (extraviado vá lá saber-se como…)
Apanhar a criança mais velha e almoçar em casa com eles
Ir ao hospital levantar a receita da ritalina que entretanto acabou, e a marcação da próxima consulta de pedopsiquitaria
Que correria… Na passada sexta-feira foi assim. Agora com os novos horários, à sexta sou eu que apanho as crianças nas escolas, se forem todas assim bem posso pedir socorro. :)
Conclusão: mãe faz milagres com o (pouco) tempo livre que tem
Pura verdade! E concordo com escrever “desgraça” e...
Sem dúvida que não é nenhuma tragédia, há coisas m...
Em primeiro lugar, as melhoras! O fato de já ter u...
No Lidl não vi ainda produtos sem glúten, no Merca...
poderá o pao (pois, e derivados ) ser o principal ...