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Muito se falou e escreveu hoje na comunicação social sobre as mulheres que vivem esgotadas, sobrecarregadas com tarefas domésticas que acrescem a trabalhos onde são mal remuneradas em comparativamente aos homens, sobrecarregadas com a educação dos filhos que muitas vezes recai mais sobre elas do que sobre os pais, etc. Entretanto fui espreitar e li estes artigos: Público, Sapo, SIC Notícias.

Numa outra vida a minha realidade era parecida a esta, ainda assim parecida, não igual. E que difícil foi caramba. Felizmente nos dias que correm a verdade é que cá em casa ninguém ajuda, todos fazem. Provavelmente eu até sou, do casal, quem menos faz, pois sou quem passa mais horas fora de casa, a trabalhar. Somos três adultos (ia escrever dois e caiu-me a ficha que a minha filha já é adulta), um adolescente, dois gatos e um cão, logo há sempre muito que fazer. Dividido por todos, tudo se faz, não custa assim tanto e a casa está sempre mais ou menos aprumada. Quando é para limpar e arrumar mais à séria, escolhemos os dias em que estamos todos em casa, para se dividirem os afazeres. 

Os meus filhos foram habituados desde cedo a dar uma mãozinha nas tarefas mais básicas. Colocar e levantar a mesa, colocar loiça na máquina, alimentar os animais, colocar a roupa suja na tulha, etc. E as tarefas foram aumentando consoante cresceram. Durante os cinco anos que vivi sozinha com eles era preciosa a colaboração deles. Se é fácil? Não, não é. Muitas vezes reclamam, hoje em dia então fartam-se de dizer que os colegas deles não têm de fazer um terço do que eles fazem. Temos pena, eu não tenho empregada e os amigos deles se calhar têm. Não estou nem aí. A casa é de todos, logo todos trabalham. Por outro lado também reconhecem que é muito bom termos tempo livre nosso, para passear, ver filmes, para não fazer nada se assim nos apetecer. 

O meu marido já fazia de tudo antes de nós sequer namorarmos, já o conheci assim. E o que faz, faz com gosto, principalmente cozinhar, que cá em casa é tarefa quase exclusiva dele.

Gosto de saber que os meus filhos são educados desta maneira. Quero pensar que principalmente ele não vai ser uma criatura daquelas que só dá trabalho, que será participativo em tudo. Sei que se um dia for viver sozinho se desenrasca até nas refeições, porque já tem um gostinho por cozinhar e quer aprender sempre mais. Claro está que ainda têm muito que aprender.

Já não imagino a minha vida de outra forma. Se por um lado fico feliz de cá em casa ser assim, por outro tenho pena de ser uma excepção.

O meu avô, quando após o falecimento da minha avó, ficámos sozinhos, desenrascou-se em tudo. Claro que partilhavamos tarefas. Eu tinha quinze anos e ele não me lembro, mas hoje tenho 43 por isso foi há muito tempo. Por isso não me venham com a treta da idade, do são outros tempos. 

É para além de uma questão de educação, uma imposição que as mulheres devem fazer. Igualdade precisa-se. A eles, se não sabem aprendem.

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publicado às 21:56

Dia do animal

04.10.18

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Diz que hoje é dia do animal. Estes são os cá de casa e por cá o dia do animal é todos os dias. São três, um cão e dois gatos. Se sou louca por ter três animais, se calhar sou. Foi mais forte do que eu, adoro animais. São todos adoptados, eram animais abandonados ou de rua. Cada um com a sua personalidade e a sua forma de ser. Foram chegando devagarinho, primeiro a cadela, já lá vão 11 anos. É a velhota cá de casa, tem 14 ou 15 anos. Quando já tínhamos a cadela, surgiu a oportunidade de adoptar um gato que ninguém queria, zarolho ainda por cima, mas um doce. Era o gato Afonso, o gatocão, um gato que mais parecia um cão, independência zero, um chato que só queria festas e atenção. Depois do Afonso adoptámos a gata Violeta, mais um animal que ninguém queria, com uma saúde frágil e que não resistiu muito tempo. Foi mimada e nem tratada enquanto viveu connosco. Depois dela falecer e meio por acaso, veio a gata Fiona, a criatura tricolor na foto. Veio para acolhimento temporário e acabou por ficar, afeiçoamos-nos de tal maneira que já não saiu. Pouco depois do Afonso falecer, veio o gato Mateu, o preto da foto. O gato mais gato que já tivemos. Senhor do seu nariz, gosta muito de festas, colo e de fazer companhia, mas apenas quando quer. Um gato a sério portanto. Cão e gatos vivem em plena harmonia, não há cá questões de cão versus gato. Ora estão todos juntos ou cada um na sua. 

Se dão trabalho? Claro, mas não me importo. Recebo em troco muito mais do que dou. A devoção ou dedicação dos animais aos donos é incrível. 

Se dão despesa? Sim, não posso mentir. Há que ponderar muito bem antes de se adoptar um animal para depois não se devolver à instituação ou mais grave abandonar. Animais não são brinquedos. 

Se se vai levando? Vai sim senhor. Aproveito muitas campanhas para comprar a alimentação, areia, anti-prasitários e tudo mais em promoção. Aproveito muitas iniciativas, por norma dos municípios (Lisboa e Oeiras, no caso) para vacinas, colocação de chip, amotras de comida, comedouros e bebedouros, etc. É só estar com atenção ou então procurar um bocadinho.

Bom dia do animal a todos os animais e seus donos.

 

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publicado às 20:34

Ontem tive um dia de férias (daqueles que não se conseguem gozar em devido tempo por excesso de trabalho e depois gozam-se quando dá, um de cada vez). Os horários são os mesmos, pois há miúdos para deixar na escola. Às oito e meia já estava de volta a casa e a tomar o pequeno almoço tranquilamente. Deu para fazer um bocadinho de tudo. Vi as notícias, vi as minhas séries, li o meu livro e ainda consegui ir dar uma voltinha aqui perto, para espreitar os estragos da tempestade. Aqui há beira rio foram bastantes, felizmente sem consequências de maior. 

E à tarde podia ter-me dado para pior, mas deu-me para passar a ferro como se não houvesse amanhã. Caramba, a quantidade de roupa que eu passei. Quando me dão estes repentes tenho de aproveitar, pois são raros e a roupa acaba por se acumular mais do que deveria. Salva a situação o meu marido que nas folgas dele vai passando também. Aliás passa muito mais do que eu. Eu tenho um grave problema, O-DEI-O roupa, mas odeio quase de morte. Do por para lavar, separar para colocar na máquina, por a máquina a lavar, estender (socorro...), apanhar e finalmente passar... odeio. Sempre que posso a roupa sai do estendal ou do secador o mais direita possível e dobro e arrumo. Não é o ideal, mas é o que temos. Odeio roupa. Não sei se já disse isto, mas odeio roupa. Lavo e limpo uma casa inteira as vezes que forem precisas, agora a roupa, senhores, a roupa é o meu martírio. 

IMG_1558.JPGMesmo com a odisseia da roupa, foi um dia bom. Gosto de dias produtivos, de chegar ao fim e pensar, hoje deu para tudo.

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publicado às 21:58

Do que mais gosto nesta casa, se não o que mais gosto mesmo, é da fabulosa vista que tem. E ainda por cima as janelas são bem grandes. Não me canso de olhar lá para fora, sendo a primeira coisa que faço quando me levanto e a última quando me deito. Dou por mim a contemplar cada pôr-do-sol como se fosse a primeira vez que o vejo, assim como os primeiros raios de sol da manhã e as cores que me entram casa dentro. Quando S. Pedro não nos brinda com dias de sol à vista continua lá também, claro está, eu é que não gosto particularmente do cinzento dos dias que refletem no rio e na minha disposição. Faz toda a diferença, acho mesmo que sou movida e vivo a energia solar.

Gosto do efeito espelhado no rio nos dias de verão e não gosto do rio revolto em dias de tempestade, ou a anunciar que o mau tempo se aproxima. Gosto de ver os navios entrar, admiro-lhes a imensidão, sejam de cruzeiro ou não. 

Reconheço que é um privilégio à vista da janela cá de casa, privilégio esse que me sai do pelo todos os meses (não há almoços grátis para ninguém, já dizia o outro), mas ainda assim um privilégio, que não me vou cansar de aproveitar.

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publicado às 19:58

Se é que alguma vez fui :) , e não podia estar mais contente com isso. O marido que estava desempregado há mais de dois anos, começou finalmente a trabalhar. Enquanto esteve em casa as tarefas domésticas ficaram praticamente na totalidade a cargo dele, com um apontamento ou outro meu, quando achava necessário (sou mesmo picuinhas em algumas coisas e ele, gajo que é, falhava nalguns pormenores). Ele lava, passa, limpa, aspira, arruma, cozinha, etc., etc.

De tudo o que me aborrece mesmo é cozinhar, área onde ele lidera com mestria. Cá em casa o fogão é dele. Sei cozinhar, faço praticamente tudo e bem feito, mas não gosto, nunca gostei. É das coisas que mais gosto nele, ser um excelente cozinheiro e ainda por cima doceiroo também.

Agora a trabalhar e por turnos e aos fins-de-semana, folga quando calha, lá tenho de retomar as lides domésticas. Ainda bem que assim é e seja por muito tempo, sinal será que ele tem e terá trabalhinho por muito tempo também.

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publicado às 20:50

A meter água

09.02.12

Foi como começou o meu dia de ontem. Na verdadeira acepção da expressão. Quando me levantei para ir acender o esquentador para ir tomar duche, vi o chão do hall de entrada molhado, logo pensei, tonta da cadela que fez chichi no corredor. Coitada da bicha, que logo levou com as culpas. Mas conforme me aproximo da cozinha, acendo a luz e um imenso lençol de água e para a marquise pior um pouco, aí a água dava-me pelos tornozelos, foi um horror. Havia água por todo lado, na dispensa, debaixo dos armários, à porta de casa, enfim. A rosca do tubo da máquina da roupa partiu-se e a água saía em esguicho, foi lindo. Primeiro de estremunhada que estava do sono, só pensava, ou melhor não pensava, como é que vou limpar isto? Nunca na minha vida tinha visto tanta água dentro de casa. Foi um amanhecer diferente, vá. Rapidamente acordei, e estive mais de uma hora a apanhar água pela casa fora, foram baldes e baldes de água, só visto mesmo, achei que não acabar nunca. A água estava geeeeelada, fiquei com os pés a as mãos a doerem, acho que até a alma me doía de tanto frio. Só a meio da manhã me recompus.

No meio desta barafunda, a Bárbara chegou atrasada à escola e o Manuel em cima da hora, e a mim valeu-me eu chegar sempre bem cedo ao trabalho e ainda assim consegui chegar a horas.

Rescaldo quando cheguei a casa, as uniões dos tacos do chão do hall levantaram, é estranho pisar o chão e sentir as irregularidades, a varanda essa ficou limpa como há muito não era, porque a embalagem do detergente da roupa ficou completamente ensopada, rasgou e a água já era com detergente, foi um dois em um. Ainda não sei se as máquinas da roupa e loiça funcionam, porque ainda não as pude voltar a ligar, o aspirador esse funciona, valha-me isso, a ração do cão e dos gatos escapou e a areia dos gatos só ficou assim para o dura, vá, na parte de baixo do saco.

As coisas que me acontecem... 

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publicado às 13:51

Para além das notícias (que tanto dispensava) que vou ouvindo ao longo do dia na minha rádio de todos os dias, não vejo noticiários que me deprimem, aliás quase não tenho visto televisão nestas últimas semanas. Se não são as imensas idiotices e disparates do nosso governo, mais falar-se do meu local de trabalho a torto e a direito, são as misérias que vão por esse país fora, as desgraças do mundo, mais programas para gente tola e tudo e tudo e tudo. Não tenho mesmo paciência. Chego a ter dias a fio que nem ligo a televisão, nos que ligo é para ver, ou melhor mais ouvir que ver, dvd’s musicais e ainda alguns filmes. Também tenho usado a função de gravador da Meo box para gravar as minhas séries que vou vendo devagar devagarinho que até para isso a paciência também não é muita. 

E não é que nem lhe sinto a falta? Cada vez leio mais, ouço mais música (o que não é fácil, pois os meus dias normalmente já não passam sem música), dão-me um gozo imenso as minhas aulas de hidroginástica (que até pena tenho de serem só 3 vezes por semana),  navego cada vez mais na Net, fazendo novas descobertas e aprendendo cada vez mais, e cada vez menos navego pelos facebooks, que passo dias sem abrir, blogs em geral e afins. Blogs sim, os muito poucos que considero leitura diária obrigatória, mas não os falam de futilidades e de pessoas que se queixam por tudo e por nada.

Há algum tempo tinha lido num blog que a autora não tinha sequer televisão em casa, e pensei para comigo, como é que é possível? Hoje entendo completamente. A minha está a dar as últimas e isso nem sequer me preocupa, se for, foi. Os meninos têm televisão no quarto deles e chega-lhes bem.

Ainda ontem à noite depois dos meninos dormirem, já sentada no meu momento zen, olhei para ela pensei, podia ligar-te, mas de imediato respondi, paraquê? Estou a gostar muito desta nova fase, anti-tv.

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publicado às 13:37


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