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Dia da Família

15.05.21

Hoje é o Dia Internacional da Família. Vi por essa internet fora um sem número de publicações sobre respectivas famílias. E parei para pensar na minha, ou melhor no quanto a minha família se alterou ao longo da minha vida. Até aos dois ou três anos estive com os meus pais. Por essa altura o meu pai abandonou o barco, que é como quem diz deixou a minha mãe à sua sorte com uma filha pequena no colo. Daí até passar a viver só com os meus avós foi um virar de página.  A minha mãe foi à vidinha dela e éramos só os três, avós e neta. Valeu-me na infância os Verões na terra da minha avó com primos e tios que só via naquela altura. Foram momentos muito felizes. Aprendi imenso entre animais, terras cultivadas, pomares e tudo o mais. Bons tempos e tantas saudades. Mais tarde fui eu e o meu avô e depois também a minha mãe. Éramos os três da vida airada. Pelo caminho uns quantos companheiros que a minha mãe introduzia na equação. 

Cresci e fui à minha vida, juntei-me com o pai dos meus filhos que tinha uma família grande. Natais e aniversários éramos sempre mais que muitos. E chegaram as crias, primeiro uma e depois outra, e fomos os únicos a ter filhos na família. Foram bons tempos. Não há bela sem senão e a família desmembrou-se com a nossa separação, ou melhor eu afastei-me, os meus filhos sim continuam a ter uma família grande. O tempo resolveu as mágoas e hoje (ou melhor até ao covid), nos aniversários dos miúdos juntávamos todos, ou quase todos, novamente. 

Pelo meio vivi só com os meus filhos durante cinco anos. Foi difícil, mas tenho um orgulho imenso do que consegui nessa altura. Aproximei-me da minha mãe novamente. 

Hoje e desde há oito anos, quase nove, a família é diferente outra vez. Casei e cá em casa somos quatro. O marido tem uma família bem grande também, mas as afinidades são diferentes com uns e outros estão longe. 

Em 2014, 6 meses antes da minha mãe falecer, a vida trouxe-me duas irmãs que sabia ter, mas por motivos alheios não nos conhecíamos. Sabe Deus escrever direito por linhas tortas. Não fossem elas e estaria completamente só no mundo, filhos à parte, claro. Manas de  quem gosto muito e damo-nos lindamente. Afasta-nos a distância, cada uma na sua zona do País. E a vidinha de cada uma também não nos permite estar juntas mais vezes.

São dois núcleos distinstos e quando nos juntamos com uns e com outros é uma festa e é sempre tão bom!

O núcleo duro somos nós cá em casa e é a família que considero minha, com os seus altos e baixos, coisas boas e outras nem tanto assim.

É a vidinha a acontecer e a família vai-se alterando sem querer.

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publicado às 20:32


4 comentários

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De Maria Castanha a 16.05.2021 às 00:48

Cada família tem os seus quês e poporquês. Histórias que fazem muitas histórias, umas melhores que outras mas não deixam de ser parte de nós, do que somos e para onde vamos.
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De Mamã Gansa a 20.05.2021 às 08:33

Infelizmente ou felizmente a sua história não é tão incomum como se possa pensar. Tenho na minha família casos muitos parecidos.
O que importa é que cada um encontre o seu caminho e a sua felicidade. Já eu tenho um conceito de família alargado que de há uns anos para cá vim a saber que os Havaianos tinham uma palavra para o descrever. Para mim família são muito mais que laços de sangue. Felicidades.
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De nada acontece por acaso a 22.05.2021 às 13:31

Obrigada pelas suas palavras. A vida é como é e porque nada acontece por acaso, temos de aproveitar o que a vida nos dá e ser felizes como podemos e com o que temos.
Beijinho

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