Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Diz o ditado. É o que me vem à cabeça de cada vez (e são muitas as vezes, aliás todos os dias) que vejo as imagens e oiço as notícias dos agora ditos "migrantes" (toda a vida fora emigrantes, raios partam as modernices, são emigrantes porque nos estamos a referir ao facto de saírem dos seus países de origem), que tentam entrar na Europa, tantas vezes às custas da própria morte. O que não há de ser o desespero, a angústia, o medo, a miséria, entre tantas outras coisas terríveis que fazem parte da sua existência, e que são realidades inimagináveis para qualquer um de nós, ao ponto de arriscarem a morte, a ficarem nos seus países. São famílias inteiras, são grávidas, são bebés de colo, alguns recém nascidos ou nascidos pelo caminho, nesta fuga desenfreada, desesperada por uma vida melhor, ou pelo menos digna desse nome, vida. E morrem tantos... um horror, um terror. Acredito até que aquilo que chega ao conhecimento público seja uma gota no oceano da real quantidade de gente que arrisca a morte a tal sorte. Tantos de nós nos queixamos da vida que levamos, difícil para tantos, sem dúvida, mas ainda assim um quase paraíso comparado a realidade destes refugiados, migrantes, emigrantes,o que lhe queiram chamar. São pessoas, são seres humanos que vivem vidas desumanas.

Sinto vergonha, vergonha alheia como se diz, nojo até, desses países ditos super potências da Europa não os quererem receber, se não eles, então quem? Eles e todos os outros, como nós que assumimos o compromisso de receber pelo menos 1500. Como muito bem dizem João Miguel TavaresRui Tavares nas suas crónicas do Público que passo a transcrever:

"... é óbvio que não os podemos aceitar a todos, mas aceitemos ao menos os que pudermos, para termos autoridade moral para exigir que outros países ajam como nós. Nunca conseguiremos resolver o drama dos refugiados, e pobres sempre existirão no mundo, com certeza. Mas, durante a Segunda Guerra Mundial, Oskar Schindler ou Aristides Sousa Mendes também não salvaram todos os judeus - salvaram os que puderam. Salvaram os que conseguiram."

É tão isto! Façam os que podem, o que podem pelos que não podem e fogem.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 21:13


2 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 10.09.2015 às 16:01

Querida amiga,
Faço tuas as minhas palavras, angústias e receios. Também questiono o porquê do silêncio das ditas superpotências, mas as superpotências como os EUA, a Rússia, a China e porque não a Austrália, sendo este ultimo um dos países (quase um continente) com menor densidade populacional do mundo.
Porque é que os outros países muçulmanos ao invés de só se juntarem para as jihads não se juntam para darem guarida a estas pessoas, que por acaso, ou não, até partilham o seu credo?
Também questiono, sabendo que são pessoas pobres, como conseguem pagar quantias exorbitantes a esses assassinos que vivem e prosperam com a miséria humana prometendo uma travessia segura numa "casca de noz" sobrelotada?
E no meio de tantos "migrantes" quantos não serão terroristas disfarçados? Porque é que muitos não querem ser identificados?
Esses países sempre estiveram em guerra..., em guerra com outros ou entre si, tem vindo a piorar, é verdade, mas o porquê deste "BUM" migrante AGORA?!
Desculp(a)em este desabafo.

Continuamos a criar estes monstros!

Só tenho pena é das crianças...

Comentar post



Mais sobre mim

foto do autor


bertrand


Instagram


2021 Reading Challenge

2021 Reading Challenge
Cátia has read 1 book toward her goal of 12 books.
hide




Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2011
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2010
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2009
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D



Comentários recentes