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A um mês de fazer vinte e oito anos de carta, durante os quais andei exclusivamente de carro, voltei a andar de transportes públicos. 

Dei por mim a fazer contas à vida e ao dinheiro que estava a gastar em gasolina e no mês de janeiro fiquei um bocadinho a "panicar"... € 240,00 é muito dinheiro num mês.

O preço da gasolina está pela hora da morte (ainda hoje coloquei gasolina a € 1,82...), desde o divórcio estou a morar bem mais longe o trabalho, e por fim o facto de ir mais vezes ao trabalho (estou a fazer três dias de trabalho presencial e dois de teletrabalho), mas em janeiro tive de ir quase sempre quatro ou cinco dias. Tudo somado, decidi voltar aos transportes públicos. Fiz o passe e utilizo o navegante metropolitano que custa € 40,00.

Fazer o passe custou € 12,00 e foi super fácil. Há quiosques rápidos que com o cartão de cidadão permitem fazer o passe em alguns minutos apenas. Rápido e eficaz. Eu fiz no quiosque da Loja do Cidadão de Odivelas. Mais locais aqui e informações aqui.

E o que eu estou a gostar de andar de transportes? Que descanso, não há o stress do trânsito, o tempo é apenas um pouco mais e acresce fazer exercício físico, já que por opção faço alguns percursos a pé. Para e do metro até casa. Ainda aproveito para por a leitura em dia, levo sempre um livro por companhia.

Já apanhei greves pelo meio, mas felizmente para já tive alternativas e claro que em último caso posso sempre ir de carro.

Os meus filhos gozaram comigo quando tomei esta decisão, só diziam "tu não te vais aguentar no meio das pessoas, és florzinha demais". Parece que não conhecem a mãe que têm. Quando tomo uma decisão, já analisei bem os prós e os contras. Por outro lado não sou mais que ninguém, há milhares de pessoas nos transportes todos os dias. 

Quase um mês depois estou muito satisfeita e assim prevejo continuar.

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publicado às 22:41

Sempre que há uma qualquer tragédia natural, sinto o meu coração a ficar pequenino, pequenino. Após mais esta brutal tragédia na Turquia e Síria fui aos registos aqui do blog e este é o quinto desastre desta natureza de que tenho registo. 2010 Haiti, 2011 Japão, 2016 Itália, 2017 Irão. Cada um pior do que o outro... Tragédias imensuráveis. 

Este, ou melhor, estes sismos da madrugada da passada segunda feira têm números terríveis outra vez. Há data deste post o número de mortos já ultrapassa os 33.000. A previsão da OMS é que possa ultrapassar os 50.000. Há mais de 100.000 pessoas ainda debaixo dos escombros. 

Vejo reportagens sobre o que poderia eventualmente acontecer se algo desta magnitude ocorresse em Lisboa. Nada do que vejo e oiço me deixa minimamente tranquila, diga os nossos governantes o que disserem. Acho mesmo que vivem num qualquer planeta distante da realidade de todos nós.

Deus nos livre e guarde de tamanha tragédia.

Sismo Turquia  2023.webp

imagem expresso.pt

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publicado às 21:37

Quer dizer, eu nunca deixei o blog, mas a verdade é que nos últimos tempos o tenho deixado um bocadinho ao abandono. A vidinha continua a acontecer, eu penso muitas vezes, podia escrever isto ou aquilo no blog, mas os dias vão passando e acabo por não escrever. 

Verdade seja dita que não é só o blog que está um pouco ao abandono, são as redes sociais em geral. Falta-me tempo, mas acima de tudo falta-me a paciência. Depois penso, já quase ninguém escreve em blogs. São cada vez mais os blogs que vejo parados no tempo. Últimos posts escritos há meses ou há anos até.

Tenho um carinho muito especial por este meu cantinho, essa é a verdade, por isso deixá-lo de vez não é opção, vou voltando como der. 

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publicado às 12:44

Parece que não...

Ora então, atualmente tenho tido paciência zero para ver televisão em geral e notícias em particular. O panorama nacional é assustador e o mundial, esse então, é aterrador. Adiante... antes de ontem por causa das cheias em Lisboa, quis ver o Jornal da Noite, que nos meus tempos de miúda era tão e simplesmente "Telejornal". Qual a minha surpresa ao perceber que na SIC não havia a tradução em Língua Gestual Portuguesa (sim, aquela pessoa que fica ali num canto do ecrã a fazer gestos, mas que é fundamental para milhares de pessoas). Pensei que fosse ocasional... Passei por outros canais e a minha surpresa só aumentou. Afinal mais canais já não tinham intérprete de LGP. pergunto, porquê? Cada vez mais se fala em inclusão, mas afinal é só "para inglês ver", quando toca à realidade a coisa é bem diferente. 

Do que vi, Sic, Sic Notícias e CNN Portugal não têm tradução LGP. Mas tinham

Senhores, botem sentido na RTP, TVI e CMTV. A surdez não é opção, é uma condição. Mais respeito por favor.

É só triste constatar algo assim nos nossos dias. Não tarda estão a fechar os surdos em celas e a esconde-los da humanidade, não? Shame on you...

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publicado às 22:36

Este ano deixei oficialmente de ser mãe de "crianças". O mais novo fez dezoito anos, já é um adulto também. Escrever isto assim de chofre faz-me sentir um nó no estômago. A somar eu estou cada vez mais perto dos cinquenta (que vêm já ali ao virar da esquina... três anos passam num ápice). Estou mesmo a ficar uma cota. É a vidinha a acontecer. 

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publicado às 19:11

Eunice Muñoz

15.04.22

Soube logo de manhã por questões profissionais que tinha partido a "nossa" Eunice. Não que não fosse expectável, afinal não fica cá ninguém para contar como é que foi, mas ainda assim fiquei triste com a notícia da partida da Eunice Muñoz. Actriz extraordinária, soberba até. Tanto temos a aprender com esta Senhora.

Conseguiu levar a sua carreira ao limite e quase morrer em palco como sempre disse que queria.

Como homenagem deixo este vídeo que me faz tanto sentido neste momento. 

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publicado às 23:12

Faz hoje um mês que a Rússia invadiu a Ucrânia dando início a uma guerra na Europa, uma guerra que está a acontecer já aqui ao lado afinal. 

Ironia ou não, hoje quando entrei no carro e o rádio ligou passava a música “Dança de um dia normal” do Miguel Araújo. Estava eu a pensar no que será um dia normal nos dias que correm, quando a malta das Manhãs da Comercial falou exatamente no mesmo. 

O que será um dia normal para aqueles milhões de pessoas que estão a viver a guerra na pele…. Será que algum dia voltarão a ter um dia normal? Voltarão às suas vidas a ser normais? Como será que se vive depois da guerra acabar? E quando será que está guerra acaba? 

Andamos todos, e eu não sou exceção, nas nossas vidinhas às vezes a queixarmo-nos de coisas que afinal até são pequenas e a guerra a acontecer aqui tão perto. Podem algumas até não ser tão pequenas assim, bem sei que há coisas e situações muito complicadas na vida de cada um, mas acho que nada se pode comparar com a guerra.

Acho que só quem vive algo tão avassalador pode dar o devido valor. 

As imagens que nos chegam são cruéis, mas uma crueldade real… Fico de coração partido a ver aquelas pessoas, adultos, velhos, crianças (…as crianças então…) com as suas vidas desfeitas, sem saberem ainda o que o futuro lhes reserva, ou até se terão futuro…

E a todos nós o que será que nos espera também? Confesso que a ideia de uma terceira guerra mundial me atravessa o pensamento com alguma frequência. 

Tudo o que mais desejo é que na Ucrânia 🇺🇦 em particular e para a humanidade em geral todos voltem a saber o que é um dia normal.

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publicado às 21:50

William Hurt

14.03.22

Soube hoje, por acaso, que faleceu ontem o ator William Hurt. Como é que esta notícia me passou ao lado? É verdade que tenho visto muito pouca televisão e notícias idem. Verdade também que o que mais se vê e lê é sobre a guerra na Europa... algo infelizmente avassalador para a humanidade e a acontecer aqui tão perto. Mas não vi nem li uma única referência ao falecimento do William Hurt. Foi em conversa cá em casa que soube, pois ao fazer zapping estava a dar um filme com ele.

Fiquei, aliás ainda estou absolutamente incrédula. Bem sei que o sol quando nasce é para todos e que não fica cá ninguém para contar como é que foi. Mas há pessoas, figuras públicas neste caso, que me marcam e fico triste com a sua morte. Este homem, que foi, para mim, um ator brilhante, é um desses casos. 

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Imagem

Os filmes que mais recordo são "Filhos de Um Deus Menor" e "Turista Acidental".

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publicado às 21:49

Depois das novas medidas da DGS e consequentemente do governo, que decidiram aligeirar tudo o que eram restrições, ou quase tudo...vá, a minha entidade patronal decidiu que a partir de amanhã todos retomamos o trabalho presencial.

Quase dois anos depois, tendo em conta que o último dia de trabalho antes do confinamento foi dia 13 de março de 2020, não me sinto preparada para retomar o trabalho presencial a cem por cento. Nestes quase dois anos, tanta coisa mudou, tanta coisa aconteceu. A mim então parece-me que uma vida inteira aconteceu neste entretanto. Acho que as empresas tinham tanto a aprender e aprenderam pouco ou nada, pelo menos a minha. 

Porque não um regime híbrido como até aqui? Sendo que desde o final do primeiro confinamento, todos estávamos a fazer trabalho presencial duas ou três vezes por semana. É tão bom conseguir conciliar a vida profissional com a pessoal quando se trabalha a partir de casa. 

Mas é o que é e manda quem pode, obedece quem deve... 

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publicado às 22:45

... cá estou de volta ao blog. E o que a minha vida mudou nestes seis meses e meio. Um divórcio, uma mudança de casa e toda uma nova vida a acontecer.

Sim, também sei que está uma guerra a acontecer no mundo, que é mais uma "mudança" para a humanidade. Mas a vida de todos nós continua, guerra à parte, e a minha não é excepção.

Começando pelo princípio, bem antes da guerra começar, ainda em Dezembro, um casamento que já há muito tempo não era mais do que uma fachada e que tive coragem de terminar. Uma decisão que só pecou por tardia, para mim e para os meus filhos. Se ao princípio achei que poderia vir a ser uma situação muito complicada, devido à experiência anterior que tive, na realidade acabou por não ser. Embora a iniciativa fosse minha, felizmente foi por mutuo acordo e as coisas foram relativamente "fáceis" de resolver. Para mim não dava mais e se há coisa que aprendi na primeira separação é que a sorte proteje os audazes e as coisas têm-se levado adiante, mesmo com percalços não previsto (ou não fossem percalços...). 

Com a separação veio a mudança de casa que não teria sido possível sem as minhas pessoas especiais, amigos, irmã e cunhado e até o pai dos meus filhos. É tão mais fácil quando temos uma aldeia para nos ajudar, mesmo que seja pequena.

Então e de Agosto (data do último post) até Dezembro? Ora pois que foram meses de muito trabalho (a minha vida profissional não melhora nem por nada) e a minha cabeça não parava nem um minuto de pensar que a vida que eu levava estava muuuuito longe de ser aquilo que eu queria para mim. Há muitos anos que eu não era feliz. Tive discussões imensas comigo mesma, ponderei este mundo e o próximo até tomar a decisão de me divorciar. Não sobrou tempo nem capacidade para mais nada. E os meses foram passando e aqui estamos nós seis meses e meio depois.

Tanto eu como os meus filhos estamos mais leves, felizes e mais unidos do que nunca. Somos pessoas novas, sem dúvida. Tenho cada vez mais a certeza que a vida sabe o que faz e que Nada Acontece por Acaso, mesmo.

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publicado às 21:42


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