Nada acontece por acaso

Ora pois que estou de férias de mãe desde semana passada, shame on me, só hoje a escrever sobre isso, mas a verdade é que não me apetecia particularmente. Talvez por preferir que estivem comigo em vez de estarem de férias com o pai. Adiante.

É esquisita esta sensação de estar em casa sozinha (ou melhor, só com a bicharada), se bem que não tenho passado muito tempo em casa, o silêncio, os espaços vazios. Já não me lembrava de como é estar tantos dias sem as crianças, sem aquele "oh mãe" por tudo e por nada. No ano passado nas férias de mãe deu-me o piripaque e entre estar internada e depois em repouso absoluto, não dei pelo tempo passar, aliás tiveram mesmo de ficar por lá mais uns dias.

O primeiro fim de semana foi tranquilo, afinal era apenas mais um fim de semana como tantos outros fins de semana do pai, mas na 2ª feira parecia uma tola. O despertador tocou à hora de sempre, e na minha ronha do acordar pensei, mas isto é cedíssimo, eu sem os meninos despacho-me num instante. Durmo mais uma horinha todos os dias, sabe mesmo bem. E ir directa para o trabalho, sem as paragens do costume? De tão estranho que é já me enganei por duas vezes, outras vezes dou por mim a pensar se o caminho escolhido é o melhor. As horas de almoço também cresceram meia hora, os finais de dia é que estão piores pois com a chefe fora sobra para mim, e sem crianças para apanhar no ATL a horas certas, vou me deixando ficar. No regresso a casa, ora pois que como não podia deixar de ser, na 2ª dei por mim já a meio caminho para os ir buscar. Somos de facto animais de hábitos.

Depois tem sido uma "correria", jantares aqui e ali, sem esquecer a minha mãe, e cafezinho com amigos até mais tarde, jogando conversa fora e passando bons bocados. Já que estou só, pelo menos aproveito. Assim se distrai esta mãe.