Não sei mais o que fazer

27.02.11

Em relação ao comportamento da Bárbara. A sério não sei, nem faço a mínima ideia. É horrível, sinto-me uma incapaz como mãe. É má, má, má. Para mim para os avós, para o irmão então nem se fala. Dá-lhe bofetadas a torto e a direito e depois vem com aquele ar de carneiro mal morto - "foi sem querer"- não suporto. Hoje passei-me. Está de castigo, não posso perdoar, de todo. Assim não dá.

Faço o que posso e às vezes o que não posso, para lhes proporcionar tudo, para os ajudar em tudo, amo-os incondiconalmente, e a moeda de troco é sempre a mesma. É falsa, é cínica e mentirosa, que desespero. Não dá, não aguento mais.

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desespero de mãe

publicado às 12:46

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6 comentários

De Raquel a 02.03.2011 às 13:37

Por vezes temos a sensação de ter errado algures na educação deles... posso te perguntar a idade dela?

De nada acontece por acaso a 02.03.2011 às 13:58

É verdade, dá uma sensação de impotência, de incapacidade. Ela tem 10 anos, ou seja está também a entrar naquela idade complicada de pré-adolescente e somado aos problemas de saúde que ela infelizmente tem, é complicado. Enfim, tudo se leva, tem de ser.

De Raquel a 02.03.2011 às 14:04

Estou um bocadinho perdida porque não sei dos problemas de saude que falas, mas já pensaste pedir ajuda, aconselhar-te com um psicologo ou algo assim.

O que escreveste não é de animo leve que se escreve sobre um filho, é necessário um grande cansaço já da situação para o fazer... desculpa se me estou a meter onde não devia. Mas se achas que não é apenas uma fase má...

Bem, espero que tudo melhore em breve.

De nada acontece por acaso a 02.03.2011 às 22:55

Claro que é apenas uma fase menos boa (prefiro chamar-lhe assim). Tudo se revolve mesmo. Todos nós de quando em vez temos é menos força para lidar com as situações, depois há que arranjar força de novo e levar o barco a bom porto.

De Marta M a 03.03.2011 às 11:09

Bom Dia.
Gostei do título do seu blog e vim aqui parar e...
Compreendo o que escreve e, acredite-me,já me senti assim.
Procurei primeiro em mim, no meu comportamento, nas minhas acções e palavras e na ausência delas, e encontrei algumas pistas.
Só não percebi o egoísmo que leio nos olhos do meu filho e, se contribuí para ele, colocando-o sempre em primeiro lugar e quase dizendo-lhe sem palavras: "Tu és mais importante que eu, ou que as minhas necessidades", pois esperava ter dado um exemplo de generosidade..E não foi assim que ele o colheu.
Inverter esse ego não tem sido tarefa fácil e tenho pensadose não será a vida a fazê-lo e não eu neste meomento.
No seu caso, a sua filha é jovem e ainda há muito a fazer, certamente.
Ainda estou em análise do que se passa. Passou, porque omeu filho já tem 25 anos e eu continuo a tentar perceber o que se passa.
Voltarei por aqui.
Marta M

De nada acontece por acaso a 03.03.2011 às 13:46

Muito obrigada pelas suas palavras. É de facto muito difícil levar o barco a bom porto, mais ainda quando se é mãe e pai ao mesmo tempo. Mas a vida é de facto uma aprendizagem constante e os nossos filhos fulcrais neste ponto. E porque Nada Acontece Por Acaso, tudo o que passamos servirá para na vida irmos sempre aprendendo algo mais e tentando perceber o que se passa.

Obrigada pelo comentário, e seja sempre bem-vinda por cá.

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