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14/05/2019
Voltar ao trabalho no dia imediatamente a seguir a regressar da peregrinação e não me custar nada. Achei que ia precisar de um guindaste para me mexer e levantei-me com energia redobrada.
#diariodagratidao
Ontem na aula de LGP fazíamos umas revisões de gestos já aprendidos e entre eles a diferença entre obrigação e dever. O exemplo que dei no deve foi "amanhã as pessoas devem ir votar". Instalou-se a confusão e polémica. Uns acham que sim senhora outros defendem aquela máxima tão portuguesa do deixa andar, votar para quê, eles não fazem nada, só querem é tacho, etc. Não consigo compreender que não exerce o seu direito ao voto. Bem sei que há muito tacho, muita trafulhice na política e seus conluios, mas não votar para mim não é opção. Pelo menos faço qualquer coisa para que qualquer coisa mude, ao invés de reclamar como muitos "puseram-nos lá, agora aguentem". Votar para mim é exercer um direito e cumprir um dever.
Muitos parecem ter esquecido que num passado não muito distante, para nós portugueses, tal direito como o conhecemos hoje não podia ser exercido. A primeira lei eleitoral da I República, publicada a 14 de Março de 1911, reconhecia o direito de votar aos «cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família». Durante o Estado Novo os eleitores tinham de ser maiores de vinte e um anos, saber ler e escrever, ser chefes de família e contribuir de alguma forma para o Estado. Todas estas questões não permitiam que fosse reconhecido o direito de voto a uma grande parte da população portuguesa, que era analfabeta e à grande maioria das mulheres. Só na Constituição de 1976 é que o direito ao sufrágio universal passa a ser consagrado.
Podem ler mais sobre a história do direito ao voto em Portugal neste artigo do Observatório Político e neste texto de Rui Ramos.
Se isto de puder exercer o direito de voto já foi difícil para a população em geral, para as mulheres foi pior ainda. Bem haja Carolina Beatriz Ângelo, que em 1911 e aproveitando uma lacuna na redacção da lei exerceu o seu direito ao voto, abriu um precedente e a partir daí tanto se discutiu, se criaram movimentos e lutas a favor do voto feminino que passou a ser exercido em 1933. Aqui pode ler-se um bocadinho sobre esta senhora.
Se tantos lutaram e se sacrificaram para que o direito ao voto fosse como o conhecemos hoje por sufrágio universal, igual e directo, não me passa sequer pela cabeça não votar e logo não usufruir de um direito contribuindo para seu fortalecimento e consolidação.
Se antigamente (lá estou eu a falar como se fossem os meus avós) até dava alguma "maçada" fazer a inscrição como eleitor (recenseamento) , saber onde se votava, era necessário ir à junta de freguesia fazer a inscrição e posteriormente consultar os cadernos eleitorais, hoje tudo está bem mais facilitado. A inscrição no recenseamento é automática, e para saber onde votar basta aceder a www.recenseamento.mai.gov.pt.
Nestas eleições são colocadas em prática as alterações às Leis Eleitorais, sendo desta forma ainda mais facilitado o acto de votar. É abolido o número de eleitor (o que me enervava nunca saber do dito), basta o cartão de cidadão, as mesas de voto estão identificadas por ordem alfabética.
A minha filha exerce nestas eleições pela primeira vez o seu direito ao voto. Embora um pouco perdida com a campanha, fiz questão de lhe explicar o porquê de dever exercer o seu direito e assim o fará.
Não deixem de exercer este direito e cumprir este dever cívico.
13/05/2019
Ver e abraçar os meus uma semana depois da partida.
#diariodagratidao
12/05/2019
Fátima, chegar ao fim do dia mais duro da peregrinação. Sentir uma leveza indescritível a cada etapa. Objectivo cumprido. Emoções ao rubro.
#diariodagratidao
11/05/2019
Aprender uma nova oração que desconhecia por completo com outra peregrina. Alma de Cristo. O que eu gostei desta oração.
#diariodagratidão
10/05/2019
Fazer a chegada a Santarém, uma subida terrível, sem me custar um pouco que fosse. Atravessar a lezíria de já com sol e calor depois de três dias e meio de chuva e mais chuva. Santarém é e será sempre aquele lugar mágico, não seja eu neta de um escalabitano.
#diariodagratidao
09/05/2019
A melhor sopa da pedra que alguma vez comi na vida, servida e oferecida pela família de peregrinos do grupo.
Ao terceiro dia da peregrinação dormir numa cama e num quartinho bem catita.
#diariodagratidao
08/05/2019
Ouvir o sermão do padre Paulo e cada palavra ser como se fosse só para mim. Ainda por cima a missa é num local lindíssimo.
#diariodagratidao
07/05/2019
Primeiro dia da peregrinação sem queixas nem maleitas e com energia para dar e vender. Neste mesmo dia no ano passado estava num sofrimento horrível com uma dor na perna que quase não me permitia andar. Nem sei como consegui.
#diariodagratidao
06/05/2019
Saco entregue na carrinha de apoio da peregrinação. Mais um passo dado.
#diariodagratidao
Pura verdade! E concordo com escrever “desgraça” e...
Sem dúvida que não é nenhuma tragédia, há coisas m...
Em primeiro lugar, as melhoras! O fato de já ter u...
No Lidl não vi ainda produtos sem glúten, no Merca...
poderá o pao (pois, e derivados ) ser o principal ...