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Depois de três dias entre serras e paisagens deslumbrantes, pela zona centro do País, no dia de regresso planeámos ir a Coimbra, afinal ali bem perto. Planeámos e fizemos. E valeu tanto a pena. Tenho uma vaga ideia de em miúda (adolescente talvez) ter ido a Coimbra e depois há alguns anos com uma pessoa que me é muito querida, aquando da sua cirurgia ocular lá no Hospital, onde se fez tudo menos conhecer a cidade. Portanto foi quase como uma nova cidade. Gostei tanto de Coimbra, quero muito voltar com mais tempo e ver muito mais do que vi, porque meia dúzia de horas são de facto muito pouco. A cidade encanta e não só na hora da despedida. Visitámos o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, percorremos ruas e ruelas, subimos (muito) a Couraça da Estrela e a de Lisboa, vimos a Universidade, fomos ao Largo da Sé Nova e da Velha também, descemos a Rua do Quebra-Costas (adorei o nome tão propositado), passámos na Rua da Louca (eu, portanto), adorei. As fachadas dos edifícios são lindas, cada detalhe, cada pormenor. Ficou tanto, mas tanto por ver. Quem sabe até numa outra altura com estudantes por lá, cantando e rindo, afinal são do mais típico da cidade, não fosse Coimbra a verdadeira cidade universitária. Uma coisa é certa, quero muito voltar.
Depois dos dias passados na zona centro (tema sobre o qual ainda me falta escrever), rumámos até terras algarvias. Hoje fomos a banhos e que boa que estava a água, que temperatura boa. As saudades que eu tinha de tomar banho na praia sem quase morrer de hipotermia. As saudades que eu tinha de uma praia assim. Foi uma tarde de praia muito boa, estava era muito vento o que foi pena. Podia ter sido um dia excelente.
O dia começou com um cafézinho na café/padaria da vila. É engraçado perceber como nas aldeias se vive numa realidade tão diferente da minha/nossa, malta da cidade. Todas as pessoas se conhecem e cumprimentam, todos nos falam e cumprimentam como se fossemos dali. Gosto desta forma de vida das aldeias.
Munidos do mapa turístico que trouxemos do posto de turismo fomos até Arganil fazendo o Circuito do Alva, passando por Vila Cova de Alva, Barril do Alva, Côja e Secarias. É curioso como no mapa tudo parece tão longe entre localidades e afinal é tudo relativamente perto (às vezes logo ali ao pé). Outra curiosidade é que cada localidade, cada vila ou aldeia tem uma dimensão muito menor do que se imagina. Não tinha mesmo noção. De Arganil continuámos o nosso percurso seguindo pelo Circuito do Açor que começou no Santuário do Mont'alto, seguindo por Folques, Torrezelas, Selada das Eiras, etc. Nem sempre foi fácil seguir este percurso por falta de sinalização. Depois de visitar da Fraga da Pena e chegados a Monte Frio, ao invés de seguir o resto do circuito de regresso a Avô, fomos por uma estrada alternativa, pouco frequentada e onde conseguimos fazer umas fotografias fantásticas. Percorremos quilómetros e quilómetros sem ver um único carro. Que percurso incrível, mais paisagens indescritíveis, aldeias e lugarejos cada um mais característico que o outro. No meio de todo aquele xisto trouxemos duas placas para fazer decoração em casa e vimos imensos castanheiros. De salientar o sem fim de praias fluviais nas localidades por onde passámos. O ponto alto do dia foi a Fraga da Pena, um pequeno paraíso escondido na Serra do Açor.
O nosso País é mesmo maravilhoso de conhecer.
Depois do percalço de início de viagem, tudo corre bem e a viagem continua. O grande objectivo desta viagem era conhecer Piodão. Sendo esse o destino do primeiro dia, após a chegada. Fica relativamente perto de Avô, onde estamos hospedados, ainda assim o dia começou cedo, pois até lá, havia muito para ver e a merecer toda a atenção.
Iniciamos o percurso na Aldeia das Dez que tem paisagens lindas, é uma aldeia miradouro devido à sua localização no cimo da serra. Dali até Piodão as paisagens são absolutamente incríveis. Parámos inúmeras vezes para apreciar as ditas e tirar fotografias. A vontade era de parar ainda mais. É de uma beleza indescritível, qualquer foto que tirei fica a anos luz da beleza que tento retratar. Não me lembro, em quarenta e dois anos de vida, de ver algo assim.
E então Piodão? Bem, Piodão surge de repente, entre curvas e contra curvas, na imensa beleza daquelas paisagens. Parece uma aldeia de brincar, com as suas casinhas encosta acima. Tal como já li e ouvi aquela aldeia é inigualável. Depois da primeira vista da aldeia o percurso até lá continua a ser incrível. E a aldeia? Idem aspas. Percorremos a aldeia por ruinhas e ruelas, subidas e descidas, tudo lindo de morrer. Deslumbrada que estava até perdi os meus óculos de sol quando quis molhar as manitas num ribeiro que por lá corria.
Pontos negativos, estava imenso calor (até para mim) e não arriscámos os caminhos pedestres até Foz da Égua e proximidades. Tive pena. Optámos por ir de carro, mas não deixámos de visitar, isso é que não. Outro ponto negativo, e para mim grave, a falta de limpeza nos wc's. Estavam mesmo muito maus, o cheiro então era nauseabundo. Um local como Piodão devia oferecer melhores condições.
À saída da aldeia optámos por fazer um caminho diferente, mais paisagens deslumbrantes.
Não quisemos fazer o almoço em Piodão porque estava a abarrotar de gente. Por aldeias e aldeolas não vimos onde comer, foi uma pena, ia na expectativa de uma refeição num qualquer restaurante mais típico ou pitoresco. Devido ao avançado da hora acabamos por comer, já no regresso à Avô, em Oliveira do Hospital. Entretanto no final de tarde a opção foi aproveitar a excelente localização da nossa casa, com a praia mesmo à porta. Ao contrário de ontem, não me atrevi a tomar banho, molhei só o pézinho. Estava vento (ventinho, vá) e a água estava fresquinha. Não fosse uma praia fluvial.
Foi um dia e tanto.
Quanto maior a minha ansiedade pelas férias, mais complicado foi o começo. Parecia bruxedo. Preparativos organizados durante o fim-de-semana, malas prontas, hoje acordar bem cedo para nos fazermos à estrada e zás um percalço brutal logo ao pequeno almoço. E ainda por cima com a Bárbara. Vi a minhavidinha a andar para trás, ainda questionamos não vir, afinal estamos no meio de nenhures (achava eu) se fosse preciso recorrer a um hospital. Mas a coisa compôs-se a com duas horas e meio de atraso ao plano inicial, partimos. Mal menor, o importante foi a situação estabilizar. Depois do susto, a viagem correu lindamente, estava um calor maravilhoso (digo eu, a família discorda), o local é muito bonito, a casinha alugada muito jeitosa e fomos muito bem recebidos. Até um miminho de boas vindas tínhamos à nossa espera. No fim do dia, ou melhor, da tarde, fomos a banhos na praia fluvial.
Espero que continue tudo a correr bem. Paz, preciso tanto de paz.
Mais uma tragédia na Europa, mais um atentado, mais uma vez aquela gente malvada, desta vez em Barcelona. Mesmo aqui ao lado. Mais uma vez o horror, o desespero, mais uma vez pessoas que viram outras vidas serem roubadas, pessoas que sofreram na pele o atentado, pessoas cujas vidas nunca mais serão as mesmas. Treze mortos, mais de cem feridos, pânico, horror. Como é que se ultrapassa ter vivido uma tragédia destas? Sobrevive-se, mal na certa.
Fico de coração apertado. É-me impossível não ter receio (para não dizer medo, mesmo) de que algo semelhante aconteça por cá. Cada vez mais me parece uma realidade próxima, oxalá que não. Nem cá nem em mais lado nenhum. Quando será que conseguem deitar mão a esta gente que não é gente?
Mais uma vez a hashtag "prayfor" faz mais sentido que nunca.
Imagem hola.com
Diz que hoje é Dia do Gato Preto. Esté é o que habita cá em casa. Abusado que só ele e muito senhor do seu nariz, mas adorável.
Gato Mateu
Isto de só ter férias "a sério" ou as ditas férias grandes, como se queira chamar, quase no fim do mês de Agosto tem que se lhe diga. Não vejo a hora. Faltam quatro dias (e esta semana até é mais pequena) mas parece que os dias não passam. Há menos trabalho, não se consegue falar com ninguém, praticamente, sejam colegas ou fornecedores.
Férias grandes para poder finalmente fugir à rotina, aos locais de sempre e às coisas de casa. Sim, que ter férias e não sair não tem nada a ver.
Férias grandes para mais uma vez ir para fora cá dentro (gosto tanto deste nosso País à beira-mar plantado!). Este ano mais um local (vários até) que não conheço, uma zona aliás que não conheço. Oxalá os incêndios acabem até lá, ainda assim já me imagino a percorrer quilómetros com paisagens negras. Nem quero pensar nisso. Venham de lá essas paisagens de cortar a respiração por montes e vales e aldeias de xisto e praias fluviais e quilómetros caminhados por aldeias históricas de Portugal.
Imagem daqui
Imagem daqui
E porque férias também são sinónimo de praia e calor, nada como juntar o útil ao agradável e ir visitar a família ao Algarve e por lá passar uns dias também.
Os meus filhos chegaram ontem, depois de duas semanas de férias com o pai. Até aqui tudo bem, não fosse a minha filha vir muito queixosa com dores no ouvido direito, ao ponto de quase não suportar a prótese auditiva. O mais grave é que me disse que está assim desde quinta-feira, portanto há cinco dias. No entretanto queixou-se ao pai que lhe disse que provavelmente não seria nada que passava. Obviamente que a minha primeira reacção também seria esperar para ver, mas não durante tantos dias. Mas que raio lhe passa pela cabeça?! Ele sabe tão bem como eu que com dores de ouvidos qualquer um sofre horrores, mas a Bárbara ainda por cima para ouvir tem de colocar a prótese que fica dentro do ouvido. Que displicente, como é que pode, caramba! A Bárbara é uma menina especial e ele não pode esquecer-se disso. A somar ainda houve um escaldão na cara no Manuel e uma alergia no peito provocada pela água da piscina. Não foi capaz de me dizer nada, foi preciso serem os miúdos a contarem-me. Não havia necessidade. Sou a primeira a promover o relacionamento dos meus filhos com o pai, mas é por estas e por outras é que gosto tanto de ter os meus filhos debaixo da minha asa. Galinha sou, assumidíssima.
Andou a miúda estes dias a forçar de tal maneira que ontem à noite o molde (a peça de silicone que fica dentro do ouvido) não cabia lá, porque estava já com edema considerável. Hoje logo de manhã liguei para a Saúde 24, que prontamente nos encaminhou para a urgência. Resultado, uma otite externa e não pode colocar a prótese durante cinco dias. Vai ter de se valer apenas do implante coclear por muito que lhe custe, pois o ganho auditivo fica muito aquém da prótese.
É mais ou menos assim comigo e com o meu marido. E não, não somos nem padeira nem guarda nocturno.
Eu trabalho de segunda a sexta-feira das 9h30 às 19h00 (supostamente, porque às 19h00 são raras as vezes, é sempre mais tarde) e ele trabalha por turnos em horários rotativos tal como as folgas. Raramente estamos em casa às mesmas horas. Por norma temos um fim-de-semana por mês em casa juntos. Não é o fim do mundo, que não é, e é bem bom ter trabalho, que é, mas que isto às vezes é difícil de gerir como o raio, isso posso garantir que é. Até as férias serão parcialmente desencontradas. Já diz o ditado, "não mata mas mói".
apenas esta nota negativa, apesar de corriqueira, ...
Simply the best!
O "grande" assunto do momento em vários blogues!"N...
Esta mulher fez parte da minha adolescência, e con...