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... enfrentar a realidade dos dias com as suas rotinas de sempre, depois da tragédia do incêndio que começou por ser de Pedrogão Grande e que acabou por ser também de Góis e Pampilhosa da Serra e sei lá mais. Horrível.

Mesmo não sendo vista nem achada, porque a mim nada de mal me aconteceu, esta terrível tragédia perturbou-me. Senti, numa tristeza imensa, as dores daquela gente que perdeu tudo ou quase, dos familiares daquela gente que morreu num sofrimento imensurável, talvez só comparável ao de quem ficou sem os entes queridos. Foi-me difícil continuar a minha vida com as coisas de todos os dias, quando a vida daquelas aldeias e das suas gentes desabou. Não consigo esquecer as imagens do incêndio, os testemunhos sofridos de quem o viveu na primeira pessoa. Nunca mais nada será como antes. Não me sai da cabeça a pergunta "como é que se sobrevive depois de tamanha tragédia?". A vida continua é a ordem natural das coisas, bem sei.

Enoja-me o jornalismo de pasquim, e mais ainda o diz que disse, o é e não é, o jogo do empurra das autoridades competentes e dos governantes. Por outro lado é muito bom saber que não há povo como o português que se chega à frente quando é preciso ajudar os outros.

Pedrogão Grande ficará na minha memória, é impossível esquecer algo assim.

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publicado às 17:58

Acabei de ver as últimas notícias sobre este incêndio brutal em Pedrogão Grande. O número de vítimas não pára de aumentar, já estão contabilizados 57 mortos e 59 feridos, muitos dos quais em estado grave, casas completa ou parcialmente ardidas, estradas cortadas, um fogo com quatro frentes, completamente fora de controlo. Pessoas que ficaram presas dentro das suas viaturas a tentar fugir das chamas, é inimaginável o que hão de ter sofrido. Outras nas estradas a pé, outras nas suas casas, impotentes, o fogo chega e pufff, não há nada a fazer. Que horror! Se a mim, que estou cá longe e nada tenho a ver com este incêndio, isto me afecta, o que dizer daquelas pessoas que ali sofrem perdas imensuráveis. Como é que se sobrevive a uma situação destas? O que vai ser daquela gente? Sejam profissionais ou civis. As imagens são avassaladoras.

Ontem passámos o dia fora em passeio e estávamos completamente longe desta realidade, sem acesso a quaisquer informações. Só já tarde da noite soubemos o que se passava porque uma tia do meu marido, em cuidado connosco, ligou a saber se estava tudo bem e para termos cuidado no regresso. Nunca nos passou pela cabeça que a tragédia fosse desta dimensão. Na viagem de regresso passamos por vários carros de bombeiros que, entretanto, sabíamos que iam reforçar os meios no local. Já em casa vi as últimas notícias da noite, arrepiei-me até ao tutano, tal como agora, a ver as imagens da tragédia, quase em lágrimas perante a dimensão da mesma. 

Eu que passei o dia tão feliz com o calor imenso que se fazia sentir, 43 graus e eu como peixe na água (não sou normal, bem sei). Calor imenso esse que associado à trovoada deu origem ao incêndio. Sinto até alguma culpa por gostar tanto de calor. 

Bem hajam os Bombeiros deste país, homens de coragem que enfrentam as chamas neste incêndio brutal. Neste e em todos os outros. Bem hajam todos os profissionais envolvidos nesta tragédia, que trabalham para apoiar quem mais precisa. Que não lhes faltem as forças e a coragem. 

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Imagens Adriano Miranda no jornal Público.

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publicado às 10:49

Por muito que isso me custe, e se custa senhores, só eu sei. Adoro ir à Feira do Livro por todos os motivos e mais algum. Gosto da localização, gosto do ambiente da Feira, gosto dos encontros com os autores, gosto de ter todas as editoras e as suas ofertas no mesmo espaço. Tenho pena que os preços dos livros não façam jus ao evento, Feira que é Feira tem preços mais em conta. Ainda assim se bem procurarmos fazemos boas aquisições. Poderia ir só porque sim, em jeito de passeio, mas conheço-me bem e sei que não ia resistir a trazer um ou outro livro. Confesso que o facto de ter uma Bertrand no meu local de trabalho me desgraça um bocadinho, vou estando atenta às promoções ou descontos que fazem e vou comprando ao longo do ano. Adoro livros, adoro ler, mas decidi que tenho de esgotar o monte dos "para ler" cá em casa primeiro e assim poupar um dinheirinho também.

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publicado às 21:11

13 anos de gente

14.06.17

O puto cá de casa faz 13 anos! Treze anos de gente. Por mais que seja um cliché ou um lugar comum, a pergunta que se coloca é mesmo: como é que isto aconteceu tão depressa? Ainda assim mais tenho sempre a sensação que com a mais velha é pior, passa ainda mais depressa. Não passa, eu sei, mas parece.

Faz 13 anos o puto mais irrequieto, que tanto trabalho e preocupações me dá por isso mesmo. Se por um lado é irrequieto, por outro é de uma sensibilidade fora do comum para os seus treze anos. Um doce de menino. Sem quaisquer embaraço ou pudor de manifestar os seus afetos comigo mesmo em frente ao portão da escola (ainda, mas parece-me que não mudará, a ver vamos). Gosto da sua maneira de dizer que me ama. Amigo do seu amigo, mas a família está no topo das suas prioridades e a irmã então, ai de quem se atreva a mexer com ela. Reguila quanto baste e nesta fase de pré adolescente refila só porque sim. 

Tenho medo de algum dia não estar à altura das suas expectativas. Preocupa-me o mundo à nossa volta nos dias de hoje, e o futuro assusta-me. Quero muito que ele seja feliz, acima de tudo na vida. 

PARABÉNS PUTO!!!

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publicado às 20:15


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