Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Assinala-se hoje o Dia Internacional do Implante Coclear. Muitos perguntarão - que raio é lá isso? Já aqui falei disso algumas vezes, não fosse a minha filha surda sereva-profunda e feliz implantada em 2013, altura desde a qual a sua qualidade de vida melhorou substancialmente. Não se julgue que tudo são facilidades, pelo contrário. É um caminho difícil que começa muito antes da cirurgia e depois todos os dias se aprende qualquer coisa nova, todos os dias há uma descoberta, mas vale muito, mas muito a pena.
Só quem passa por uma situação de surdez, no meu caso da minha filha, sabe dar o valor ao que este dia representa. A imensa importância de ter ouvidos mágicos, como muito bem diz a querida Alice Inácio! É a expressão que melhor define o implante coclear, adoro.
Nem as pessoas que me são próximas e conhecem a Bárbara imaginam a importância e o impacto, que o implante coclear tem na vida dela quantos mais no geral das pessoas surdas/implantadas.
Mais informações aqui e aqui - Associação Portuguesa de Apoio ao Implante Coclear.
Com dias de férias do ano passado ainda por gozar, a solução é tirar um dia aqui outro acolá, antes di dia 31 de Março, isto para não perder o direito a elas e para não atrapalhar tanto no que diz respeito ao volume de trabalho, que continua a ser imenso, e ainda bem que assim é. Haja trabalho. Confesso que até gosto disto das férias aos bochechos, pois com tantas horas de trabalho diárias, sabe bem descansar um dia durante a semana.
Hoje que foi o primeiro dia destes dias, resolvi limpar o meu carro por dentro. Crianças e animais e meses sem limpar, dão nisto, o carro estava quase impróprio. Desleixo meu, que odeio limpar carro e acho um desperdício de tempo fazer isto ao fim de semana quando posso estar com os miúdos ou outra coisa qualquer de muito maior utilidade ou interesse. A coisa vai andando até eu olhar um dia e pensar, desta vez tem mesmo de ser, isto está demais. Hoje depois de levar os miúdos à escola enchi-me de coragem e pronto, está limpinho, até dá gosto.
Como o dia também se queria de descanso, ainda fiz uma soneca logo a seguir ao almoço. O que aquilo me soube bem... Acordei, ao fim de uma hora, parecia outra. Até a dor de cabeça que me tem atormentado desde o fim de semana estava melhor.
Outra coisa que fiz e tenho imensa pena de não conseguir fazer outras vezes, foi ir buscar os miúdos à escola. Os meus horários não me permitem tal luxo, quando o faço eles ficam tão contentes... enche-me o coração o sorriso deles quando me vêem ali. Uma coisa tão simples... ir buscar os miúdos à escola, um luxo.
A terminar em beleza, estarmos todos em casa à hora do jantar e jantar cedo, sem pressa, com tempo para ter tempo, com direito a sobremesa, arroz doce, feita na hora pelo cozinheiro cá de casa. Outros pequenos luxos.
No ano passado, já depois do falecimento da minha mãe em Março, ainda tive de declarar o IRS referente a 2014, o que achei perfeitamente normal, afinal ainda tinha tido rendimentos nesse ano. O que eu desconhecia é que este ano ainda teria de o fazer novamente, quando eu achava que já estava tudo encerrado no que toca a finanças. Declarei o óbito, fiz habilitação de herdeiros (de coisa nenhuma que a minha mãe não tinha qualquer património), paguei imposto selo, etc., etc., estava longe de saber que este ano o IRS da senhora me voltava a tocar. Ah... e tal a senhora ainda recebeu pensões durante três meses... A sério!? Que grande tolice, acho eu. Porque é que não fica tudo arrumado na altura que se declara o óbito e se trata daquela parafernália imensa de burocracias? É tudo tão difícil, está a fazer um ano que a minha mãe morreu, tenho pensado imenso nela, tenho saudades que não se descrevem, apetecia-me tudo, memos entrar num site onde ao efectuar o login me dizem "Bom dia Sra. Lúcia..." , como se fosse a senhora a tratar disto...
Fica a dica, IRS declara-se até depois de morto.
Foi ontem, bem sei, mas ontem (tal como nos últimos tempos) não tive tempo de passar por aqui. Ainda assim não deixo de partilhar a foto dos gatos lá de casa, que para além de abusados, são lindos. Digo eu dona babada.
Gata Fiona e gato Mateu
E hoje foi um deles. Aliás todos os dias que impliquem consultas ou exames com a Bárbara, para mim são dias do demo. Há sempre a angústia, o nervoso miudinho, há as imensas horas de espera, etc. Há os dias que correm sem grandes complicações e depois há dias como o de hoje (infelizmente já são bastantes) em que tudo corre mal. Desde 2013 que a Bárbara tem um implante coclear e até hoje a convivência com o dito foi quase sempre pacífica, salvo um ou outro percalço, nada de mais. Hoje era dia de fazer uma ressonância magnética que foi pedida pela neuricirurgiã (que não sendo a habitual, é da mesma equipa e ajudou à última cirurgia da Bárbara) na consulta de Setembro passado. Eu sei que o implante tem condicionantes, e que as RM não podem ser realizadas acima de 25 teslas, é uma delas. Se a neurocirurgia pede uma exame, eu não questiono - burra!!! é o que sou, burra!!! - no meu desconhecimento essa condicionante estava acautelada. Já na sala respondo ao questionário da praxe, chamo a atenção para o dito implante, para além das placas e parafusos que a Bárbara tem, as cirurgias que fez, etc. Portanto ali naquele instante todas as pessoas envolvidas na realização do exame ficam a par, em traços gerais da situação clínica. A Bárbara é posicionada para entrar na máquina e assim que começa a entrar, queixa-se de uma dor - ai que me estão a apertar - sente um impacto como se algo lhe tivesse batido na cabeça, e tudo corre mal. Puxam-na para fora, o que foi o que não foi - dói-me aqui, ai mãe tenho um alto no sítio do implante... - eu ia morrendo ali mesmo, tremi que nem varas verdes, constatei o dito alto, um inchaço tremendo, ela com muitas dores e eu quase sem conseguir reagir, um desespero. Instantes iniciais passados, lá me ocorreu ligar para a neurocirurgiã habitual, desliga-me a chamada, envio sms sem resposta (entretanto já me ligou e já está a par do disparate), ligo para a técnica do otorrino que acompanha a Bárbara, conto-lhe o sucedido, a senhora ficou chocada, como é que uma médica pede uma RM a um implantado, e manda-me ir e imediato ter com ela ao Hospital de Santa Maria. Eu a precisar de colocar gasolina no carro, os semáforos todos vermelhos pelo caminho, a miúda estoicamente a aguentar as dores, nunca o caminho para aquele hospital me pareceu tão longo. Lá chegadas a Bárbara é examinada de imediato, os médicos já estavam ao corrente da situação, perguntas e mais perguntas. Ao ligar-se o processador ao implante, a Bárbara ouve, portanto na coclea e com o posicionamento do implante está tudo bem, foi o íman que saiu do lugar. Agora é preciso repouso, fazer anti inflamatório e gelo, a ver se o edema e a inflamação diminuem para perceber o que fazer a seguir. Amanhã logo cedo nova avaliação. À partida não será necessário recolocá-lo. A ver vamos.
Eu senti-me a pior mãe do mundo, que burra de não saber que a Bárbara não pode fazer aquele exame, de não contrariar uma indicação médica, sujeitei a minha filha a um sofrimento desnecessário. A técnica de Sta. Maria bem me tentou tranquilizar, quem tem de saber o que pede é a médica, mas a culpa não me larga... Podia ter feito tão melhor, eu já devia saber... a minha filha já passou por tanto...
Pura verdade! E concordo com escrever “desgraça” e...
Sem dúvida que não é nenhuma tragédia, há coisas m...
Em primeiro lugar, as melhoras! O fato de já ter u...
No Lidl não vi ainda produtos sem glúten, no Merca...
poderá o pao (pois, e derivados ) ser o principal ...