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Quase quarentona

27.07.15

Ai!... Que dor. Quase a fazer quarenta (dói só a ideia quanto mais dizer, credo...). Ah e tal, o que conta é o espírito... quarenta são os novos trinta, blá, blá blá, o tanas. A verdade é que quarenta são quarenta e já são provavelmente mais de metade da minha vida vivida. Duvido que viva outro tanto (nem quero, tenho pavor mesmo), e se viver, por muito boa que possa estar, nunca será a mesma coisa. A idade é tramada, física e psicologicamente. Mas adiante que por agora são mesmo os quarenta.

Estou a poucos dias de fazer quarenta anos e acho que isto da vida está a acontecer depressa demais. Lembro-me de ter a idade dos meus filhos e achar que as pessoas de quarenta já eram "velhas", ou cotas, vá. Agora sou eu a cota e passou num instante. Lembro-me de ser miúda e admirar a minha mãe, linda, no auge dos seus trinta e cinco anos e pensar que ainda estava tão longe daquela idade. Agora já vou para os quarenta e a minha filha já tem quinze (glup...!).

Se por um lado não me sinto nada com quarenta anos e todos me dizem que não aparento esta idade, nem de perto, há coisas que me fazem lembrar a idade que vou fazer. Estou pitosga, a dificuldade em controlar o peso(era tão mais fácil perder os quilinhos a mais há bem pouco tempo atrás), os inúmeros cabelos brancos que não se fazem rogados em aparecer, quase todos os dias vejo mais (até as sobrancelhas estão a ficar brancas), já não aguento noitadas como antigamente, sempre que me atrevo, acordo a sentir-me como se tivesse sido atropelada por um camião. Também há coisas que faço hoje que não fazia nem com vinte nem com trinta, como as corridas por exemplo.

Se por um lado não me sinto nada com quarenta anos, é com um certo orgulho que vejo o ar surpreendido das pessoas quando digo a minha idade. A minha vida não tem sido fácil, mas a experiência e sabedoria que a vida se encarregou de me dar, fazem-me valorizar aquilo que tenho e os objectivos que alcanço, mesmo que estejam longe do que imaginaria há duas décadas atrás. É impossível chegar a esta idade e não começar a questionar o peso de certas decisões assim como custa perceber que já não tenho o tempo todo do mundo para voltar para trás ou para decidir diferente.

Se por um lado não me sinto nada com quarenta anos por outro gosto da tranquilidade que trás perante as adversidades ou as coisas simples de todos os dias. Se por um lado não me sinto nada com quarenta anos, por outro gosto muito mais da mulher que sou hoje do que da miúda que era há uma e há duas décadas atrás.

Agora só me falta mesmo a coragem de acordar depois de amanhã e não achar que fazer quarenta anos é a pior coisa que pode acontecer. 

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publicado às 23:47

Dia dos Avós

26.07.15

Eu já não tenho avós, com muita pena minha, vai para 13 anos, altura em que morreu o meu avô. Feitas assim as contas, é imenso tempo. Já anteriormente disse, e não me canso de dizer, os meus avós foram muito mais que avós. Foram ele que me criaram e a eles devo o que sou hoje, principalmente o meu avô, pois a minha avó morreu eu tinha 15 anos. Deles e com eles recordo coisas como se tivessem sido ontem, como não recordo nada mais. Lembro-me das tardes, com o meu avô, no jardim e nos baloiços do Campo de Santana, dos paseios no jardim do Torel, ou de descer a Calçada do Garcia para ir dar pão aos pombos no Rossio, ou a Calçada do elevador do Lavra ou as escadinhas que contavamos degrau a degrau (eram 182) para ir à churrasqueira na Rua das Portas de Sto. Antão buscar frango assado para o jantar. Acontecimento raro que os tempos eram difíceis e como tal muito apreciado. Já mais crescida cuide deles como e o melhor que sabia. Tinha idades diferentes logo o a experiência e a forma de o fazer foram bem diferentes. Mesmo achando que fiz mais que muitos, sei que podia ter feito muito mais por eles, mas ainda assim sei bem o valor que tiveram na minha vida, isso não esqueço nunca.

Claro que há avós e avós. A minha mãe por exemplo esteve sempre bem longe de ser uma "avó" (já não foi mãe como mãe... adiante). Já os avós dos meus filhos (do lado do pai) são os típicos avós. Mimam, fazem vontades, fazem das tripas coração, amam-nos incondicionalmente, cada um de seu jeito, fazem o que podem e até o que não podem, pelam-se por estar com os netos, e se depender de mim estarão sempre que possível. Até faço que preciso deles mais do que preciso de facto. Eles sentem-se úteis, os miúdos adoram e eu sei que não podiam estar melhor. Devo-lhes muito, mesmo não estando com o pai deles já há 8 anos. A idade não perdoa e a saúde tem pregado umas partidas, temo por eles. Gostava muito que fizessem parte da vida dos meus filhos durante muitos mais anos, mas temo que isso não seja a realidade. O que for será. Incentivo o mais que posso os meus filhos a valorizarem os avós que têm e o tempo que passam com eles. São crianças há coisas que não entendem. Há coisas que só a vida ensina. Obrigada avós!

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 (imagens www.google.pt)

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publicado às 23:27

Mínimos!!!

24.07.15

Ontem fui com os miúdos e o marido ver o filme dos Mínimos (gosto bem mais do nome no original - Minions). Saí do trabalho a horas relativamente decentes (20h20 para quem nos últimos tempos sai quase sempre por volta das 23h00 ou mais, são horas decentes) e com os bilhetes já comprados desde a hora do almoço fomos para o cinema, sem os miúdos sonharem ao que iam, para eles era uma ida ao centro comercial. Foi a loucura, nós graúdos adoramos e os miúdos também. O filme é mesmo, mesmo muito engraçado. As pequenas criaturas amarelas fizeram por completo as nossas delícias, fartamos-nos de rir com tanto disparate e tanta aventura. Recomendo! è daqueles filmes que irei comprar o original assim que sair em dvd e cheira-me que há-de ser uma bela prenda este Natal.

Desde que se soube que os minions iam ter filme que falamos que tínhamos de ir ver o dito, estava prometido, não fosse esta família completamente fã destas criaturas. Para não falhar, por este ou aquele motivo, fomos logo à estreia. Foi um serão e tanto! Para os miúdos foi uma também uma estreia numa ida ao cinema à noite.

minions.jpg

 

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publicado às 14:11

Férias

19.07.15

Esta semana que passou foi de férias. Umas férias que souberam a pouco, mas que se aproveitaram até aos últimos instantes. Uma semana de férias apenas, principalmente no Verão, é mesmo muito pouco, o tempo corre e eu corro contra o tempo para aproveitar ao máximo. Lamuriar-me não resolve nada, logo há que tirar o máximo proveito possível.

Fomos ver os golfinhos no estuário do Sado com a Vertigem Azul, com uns vouchers comprados há mais de dois meses no SapoVouher. Foi "O" programa das nossas férias, agradou a miúdos e graúdos (nem si se gostei mais eu ou eles). Aproveitando estarmos na terra do carrapau e da sarrdinha, almoçamos umas sardinhas maravilhosas, que o programa foi longo e estávamos todos com fomeca. Dali apanhamos o ferry para Tróia e descobrimos uma praia praticamente deserta. Uma praia só para nós, eu nem queria acreditar. Era tudo o que eu mais queria, praia sem confusão, sem o vizinho do lado aos gritos com as crianças e mesmo em cima de nós. Foi uma tarde de praia quase até ao pôr do sol que me valeu por um verão inteiro. Apanhamos conchas enormes para decoração cá de casa, passeámos à beira mar num areal imenso, os banhos foram só brincadeira, mesmo bom.

Outro dia de praia excelente foi o da praia do Creiro, na Arrábida, sítio onde não me canso de ir. Paisagens de cortar a respiração. A água m pouquinho mais fria, mas muitos banhos e brincadeira também. Este dia foi mais curto pois a mãe tinha marcação ao final da tarde para tirar um sinal com aspecto manhoso que a dermatologista não gostou.

Estas férias deram para quase tudo, haja vontade tudo se consegue. Houve praia e piscina, houve jantares em casa de amigos e com amigos em casa, houve festa de aniversário da adolescente cá de casa e festa de aniversário do Afonso, houve jantar com as minhas irmãs, houve a finalizar dia bem passado em casa da V. com piscina, correias e brincadeiras, criançada em êxtase e algumas birras à mistura. Estas férias deram para descansar e até dormir a sesta num dos dias.

Agora precisava mesmo era de um dia para descansar das férias, mas não dando, as baterias estão recarregadas de sol e boas recordações até às próximas. Ainda falta muito para Setembro?

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publicado às 21:04

Se há algo de que gosto muito no verão é de feiras e feirinhas, quanto mais tradicionais e com mais artesanato, melhor. Este ano com os meus loucos horários de trabalho somados aos turnos do marido, não sobra muito tempo útil para lá ir mas faz-se o possível. Das feiras que mais gosto estão a feira das festas de Oeiras, a Fiartil (feira de artesanato do Estoril) e a feira de Grândola no Alentejo. A primeira, que já terminou, pelos concertos, de entrada livre, quase sempre bons e que superam qualquer feira, mas que infelizmente como feira deixa muito a desejar. Está mais fraquinha de ano para ano, o que é pena. A segunda pelo artesanato que aqui é mesmo a sério, está aberta de final de Junho ao final de Agosto e todas as semanas tem coisas novas para ver, come-se bem e até em conta e também se compram produtos regionais (queijos, compotas, vinhos e licores, etc.) a preços bem simpáticos. Não é de entrada livre mas os preços são quase simbólicos, € 2,00 / € 2,50, se não me falha a memória. A terceira, de entrada livre, decorre em pleno mês de Agosto, calor, sol e Alentejo, como eu tanto gosto. Aqui há concertos, restaurantes, tascas, tasquinhas e petiscos a valer, produtos regionais em grande variedade e do melhor, há concertos, há artesanato, há animais e vida do campo, é provavelmente a feira que mais gosto. Oeiras e Estoril ficam quase ao pé de casa, num pulinho lá se chega, para a feira de Grândola aproveitamos sempre para passar o dia, saindo de casa de manhãzinha bem cedo aproveitando para ir até uma praia da costa alentejana e para passear. É sempre um dia bem passado.

Muitas mais há e algumas até bem perto, como sei que não consigo ir a todas quantas desejaria, a estas três pelo menos quero ver se não falto. A primeira já está.

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publicado às 11:02

A pitosga

01.07.15

Pitosga.jpg

Cá estão os óculos da pitosga. Agora já não tão pitosga assim.

Quando coloquei os óculos ainda na óptica, notei logo um imensa diferença numas letras de um papel que estava em cima do balcão. E depois no carro? Foi o descobrir um novo mundo. Os botões do rádio que afinal até têm um desenho que eu não via, a matrícula do carro da frente, tudo tão nítido. Parecia uma tolinha a experimentar as diferenças no caminho, com e sem óculos. E no trabalho? Bem... olhar para o ecrã do computador, ler legislação, ver mapas de excel, letras pequeninas nas facturas, pequenos grandes pormenores.

Lá na óptica ainda pedinchei uma caixa rigída para os óculos, porque na promoção vêm com bolsas de atilho apenas. A menina foi uma querida e lá me ofereceu uma caixinha.

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publicado às 23:57


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