Nada acontece por acaso

Ontem, quase de saída do trabalho, estava a ultimar a entrega da declaração do IRS, telefona-me o marido em pânico. Tinha acabado de chegar a casa e encontrou o puto neste estado

Isto começou na quinta-feira com uma "babas" pequenas, ali, no braço e nas costas, que eu não valorizei. Mordidela de melga ou coisa que o valha, Fenistil com ele e nada mais. Ontem de manhã igual, mas ao final do dia era este exagero. Ali na coxa, no braço, na parte inferior das pernas tanto atrás como à frente e uma coceira tremenda. Saí logo e fomos direitinhos à urgência. Ora pois que mordidela de bicharoco sim senhor, mas qual e porquê desta reacção terrível, não de sabe. Já lá tinham estado outras dez crianças com as mesmas queixas, mas o Manuel era o pior. Para já está a fazer antibiótico (Floxapen) e anti-histamínico (Atarax) e a aplicar um gel calmante Pruriced Gel. Informação a reter: "Pode piorar antes de melhorar, se piorar muito, volta cá". Confesso que a coisa hoje está assustadoramente piror. Estou a tentar não dramatizar. Como consequência da medicação está muito prostrado, dormiu imenso de manhã e está a dormir novamente. Avisou a médica que seria normal, até porque como faz Ritalina diariamente o efeito, já de si de muito sono do anti-histamínico, está exponenciado. Pelo menos não se coça, menos mal, porque já estava a fazer algumas feridas de tanto coçar. As coisas que acontecem ao miúdos, caramba. Agora está assim:

Mas pelas pernas todas, braço e a começar na cabeça também. O esbranquiçado é o gel quando seca. Começo a achar que ainda volta mas é ao hospital.

Dia 21 de Junho vou participar na Corrida Vencer o Cancro. Desconhecia esta corrida mas em conversa com um colega, guerreiro vencedor desta doença que me disse que vai participar com a mulher e pai na corrida e a mãe e a tia na caminhada, lançou-me o desafio e lá vou eu correr também. Este ano mais do nunca esta causa me é tão próxima. Malta amiga da corrida bora lá também!

Sou completamente fã de espectáculos multimédia, os ditos video mapping, com projecção de imagens nas fachadas de edifícios, não perco um. Até aqui tínhamos as iniciativas da Câmara Municipal de Lisboa com os espectáculos no Terreiro do Paço. Nos próximos tempos serão vários os espectáculos a acontecer em vários locais. Começou ontem o espectáculo "Lisboa, Cidade do Mar" e vai até dia 30 deste mês com apresentações às 21h30, 22h30 e 23h30. Logo de seguida e ainda no dia 30 temos outro espectáculo "Quinhentos", desta vez na Torre de Belém a assinalar os seus 500 anos e a abertura das Festas de Lisboa. Logo em Junho, dias 19, 20 e 21 temos o video mapping a chegar a Oeiras também para a abertura ao público do Palácio Marquês de Pombal, com o espectáculo "Noites no Palácio Encantado". Programas giros e gratuitos a não perder.

(imagem do site das festas de Lisboa)

(imagem da página de facebook da CMO)

No seguimento do post anterior, lá fomos nós para a limpeza do areal da praia de Algés. Como era perto optei por irmos de bicicleta, foi uma boa ideia. A Bárbara torceu um bocadinho o nariz a esta actividade, coisas de adolescente, levantar cedo para ir limpar a praia..., mas foi e até gostou. Gostaram os dois, aprenderam a valorizar o que estou sempre a dizer, não se deixa nada na praia, se bem que aqui a maior parte do lixo é trazido pelo rio. No final a Câmara Municipal de Oeiras fez a recolha dos sacos de lixo. Valeu a pena a experiência e sentimos que pudemos fazer um bocadinho a diferença com o nosso contributo. Só tive pena de num universo escolar tão grande, não estarem assim tantos participantes.

O Agrupamento de Escolas de Miraflores, têm este fim-de-semana uma iniciativa de louvar. Tem várias a acontecer com alguma frequência, mas esta agrada-me particularmente. É a campanha de limpeza da praia de Algés e eu e os meus filhos lá estaremos a dar o nosso contributo a esta causa.

Diz que é, a partir de hoje, erro escrever na grafia antiga. Passa a ser obrigatório sem margem de manobra para usar ainda o novo e o "velho" acordo. Eu velha me confesso, não gosto, não me identifico e não quero escrever com o novo acordo. Pelo menos na minha vida pessoal. Profissionalmente, trabalhando num organismo público sou obrigada a fazê-lo, há já algum tempo. Manda quem pode, obedece quem deve. Este blog, que é meu, só meu e muito meu, continuará portanto a ser escrito à antiga e com muito orgulho. Bem sei que no tempo dos meus avós também não se escrevia como se escrevia até hoje, bem sei que temos de evoluir, etc., etc., etc. Eu por opção não o farei. Este novo acordo para mim é uma palhaçada, é um  facilitismo para preguiçosos. Até em inglês (língua dita universal)  muitas e muitas das palavras que até aqui se escreviam com dois c's, por exemplo, têm o dito c (exemplo action / acção).

Este título da notícia do Expresso não podia estar melhor: "Alguém para o Acordo? (sim, para é mesmo sem acento)".

Gosta tanto, tanto desta nova música da Márcia. O jeito que esta garota tem!

Pedro Queirós e Lourenço Macedo Santos, estavam de férias no Nepal no dia 25 de Abril quando se deu o terrível terramoto que vitimou mais de oito mil pessoas e fez mais de 17.500 feridos. Podiam ter partido dia 29 e continuado as suas férias, mas decidiram ficar e ajudar quem precisava. São grandes, fazem de tudo um pouco, ajudam a distribuir alimentos, a reconstruir casas, a erguer famílias destruídas.

Reportagem RTP aqui.

Hoje é Dia da Mãe e este ano eu não sou filha, apenas mãe. Ou melhor, já não tenho a minha mãe. Bolas que isto custa um bocadinho, um "bocadão". Não consigo pensar nela sem me emocionar. É tudo tão recente... há dois meses atrás ela ainda cá estava. Não foi a melhor mãe do mundo, pelo contrário, não foi a melhor pessoa do mundo, tinha muitos defeitos, fez muitos disparates, muitas asneiras pela vida fora, mas foi a mãe que tive, a que me coube em sorte, a ela devo a minha vida. Para o bem e para o mal, era a minha mãe e amava-a incondicionalmente. Não foi ela que me criou, foram os meus avós e esses sim desempenharam o papel de pai e mãe brilhantemente, a eles devo a pessoa que sou hoje, mas isso nunca me fez gostar menos da mãe que tinha, ingenuidade da infância que continua vida fora. Muitas vezes, já adulta, desempenhei eu o papel de mãe da minha mãe, ajudando-a a resolver problemas com que se deparou na vida. Nada foi fácil, nunca, mas era a minha mãe.

Este ano sou apenas mãe, e espero, esforço-me todos os dias para ser para os meus filhos, aquilo que a minha mãe não foi para mim. É difícil esta tarefa, bem sei que falho muitas vezes, mas também sei que acerto muitas mais do que as que falho. Das vezes que falho o sentimento de culpa é imensurável, mas também me ensina a fazer mais e melhor na vez seguinte. A vida não me tem sido fácil e os meus filhos acabam por sentir isso mesmo também. Ser mãe de uma menina (hoje uma mulherzinha), com um Crouzon, surda severa/profunda e com necessidades educativas especiais, e de um menino hiperactivo, é por esta mãe à prova todos os dias. Percalços à parte, acho que sou uma boa mãe. Amo os meus filhos com todas as forças do meu ser. "Infinito vezes infinito", como na série da televisão. Este ano sou apenas mãe.