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Desde o verão passado que tinhas três pares de sapatos a precisarem de arranjo. Não é hoje é amanhã, não é amanhã é depois, umas vezes por preguiça outras vezes por esquecimentos e os dias foram passando. Este ano já tinha ido a duas lojas (sapateiros melhor dizendo, mas agora não se diz assim) em duas grandes superfícies comerciais e para além de ter ficado chocada com os preços praticados, mais fiquei ainda com o tempo que demoram. Numa delas, por exemplo, o normal era uma semana e para demorar três dias havia uma taxa de urgência. Como dizem os brasileiros: Oi?! Uma semana??? Taxa de urgência??? - Mas está tudo doido? Ainda se se visse que têm muito trabalho, mas estavam à conversa e sem nada para fazer. Aquilo andava a consumir-me, afinal duas das tairocas estão excelentes, apenas precisavam de capas - um arranjo básico - e só as outras é que precisavam de algo mais complicado, fiquei ontem a saber precisam de uma alma nova. É mesmo alma que se chama, quando tem a ver com o salto do sapato. Não me apetecia nada, nem iria nunca pagar um exagero por arranjar os ditos sapatos mas também me dava pena deitá-los fora.

Soube entretanto que aqui no Minipreço do Dafundo abriu há pouco tempo um sapateiro (aqui já chamado de sapateiro mesmo sem qualquer pudor) e tentei lá ir. Tentei porque as duas primeiras vezes estava fechado, que pontaria a minha. Ontem lá consegui finalmente ir e apanhar aquilo aberto, o senhor é que não estava lá. Ainda pensei - isto está mesmo enguiçado, mas será que não consigo arranjar a porcaria dos sapatos? Afinal estava só à conversa com o senhor do talho ao lado. "Se não me vir por aqui, estou logo ali ao lado" - disse o sapateiro. Menos mal. Quando viu as tairocas logo me disse que era rápido o arranjo, uns minutinhos e já estava. Só as ditas que precisam de uma alma nova é que ficam prontas só na segunda. Fiquei surpreendidíssima. E o preço? Como já não se pratica, € 3,70 as capas (o par) e ainda me pintou um dos saltos, esfolado da posição do pé a conduzir, e substituiu uma presilha partida. Não paguei nem mais um cêntimo por tal. Noutra qualquer loja tudo seria extra na certa, pela amostra que vi anteriormente. O senhor muito simpático e pronto para dois dedos de conversa enquanto trabalhava. Também faz chaves, arranjas carteiras e casaco de pele, etc. como qualquer outra loja numa grande superfície, portanto aquele serviços básicos que se procuram nestas casas. Muito contente fiquei eu com o meu sapateiro de bairro, nunca mais quero outro. Com pouco dinheiro tenho sapatinhos novos para me fazerem este verão.

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publicado às 16:31

Férias

25.06.14

Estava tão, mas tão necessitada destas férias que só eu sei. Mais de metade já lá vai e por força das circunstâncias o descanso não tem sido muito, como tal sabem a pouco. É o que temos, portanto há que aproveitar o melhor que se pode. Coragem que para a frente é que é o caminho e lamúrias não dão em nada, só atrasam. A cabeça desanuvia pelo menos do trabalho. 

Todos os dias de manhã levamos a minha mãe à radioterapia e parecendo que não, como não regressamos antes das onze e meia / meio-dia o dia fica logo cortado. Uma vez por semana vai à quimioterapia e outra às análises e consulta, sempre de manhã também. Depois há que tratar do almoço e rapidamente o dia passa para a tarde. O tempo também não tem ajudado particularmente. Dias ranhosos uns atrás dos outros e até faz frio. Onde está o verão mesmo? À praia nem tenho coragem de ir. Hajam pernas para andar e pedalar, actividades ou exposições gratuitas para visitar que  nós sabemos aproveitar.

O que me apetecia mesmo às vezes era poder dormir mais um bocadinho de manhã. Só mais um bocadinho, mas não faz parte da minha natureza, mesmo aos dias que posso não durmo, acordo sempre cedo. Férias são sempre férias e estas vieram mesmo, mesmo a calhar.

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publicado às 14:35

Este final de ano foi dose, aliás são todos, mas este em particular custou-me muito. Parecia não mais ter fim. Se por um lado o puto no 4.º ano teve exames nacionais que implicaram trabalhos dobrados e muito estudo, a Bárbara no 8.º ano, que se diz o mais difícil do 3.º ciclo. A par de tudo isto a avó (minha mãe) doente que veio viver connosco e tudo o que isto implica.

O puto tal como era de esperar teve muitos boas notas, passando (transitando, como se diz no meio escolar) para o 5.º ano com distinção. Não fosse o (mau) comportamento e a hiperactividade e teria feito ainda melhor, crê a professora e creio eu. Teve classificação 5 no exame nacional de matemática, meu rico filho, já no de língua portuguesa ficou pelo 4, ainda assim com notas finais de 4 e de muito bom a estudo do meio. É um traquinas, é irrequieto, mas é um bom menino sem dúvida. A ver vamos como corre o 5.º ano, sendo que é um ano em que tudo é novidade, tudo é diferente, mais disciplinas, um professor diferente para cada uma delas e não há professora Filomena para deitar água na fervura quando o comportamento e a atitude não são os melhores.

A Bárbara, mesmo sendo o 8.º um ano difícil, foi surpreendentemente o ano em que obteve melhores resultados. Notas mais altas nos testes ao longo do ano com uma ou outra excepção. Resultado quatro quatros e uma negativa, muito bom para uma criança com NEE. É assim também que me lembro do meu 8.º ano, muito difícil. Se o 7.º ano acaba por ser um ano mais de consolidação do segundo ciclo, o 8.º tem tudo de novo, muita matéria, maior grau de dificuldade, muitos trabalhos para fazer e apresentar, etc.. E este é sem dúvida o calcanhar de Aquiles da Bárbara. Detesta trabalhos e se forem de grupo pior um pouco. Neste campo o ano foi um martírio, para ela (que não os queria fazer) e para mim (que insistia para que os fizesse). Não podendo executar as aulas de Ed. Física na prática, a alternativa foram os relatórios de aula e trabalhos sobre as várias modalidades praticadas na disciplina. Só neste período e sobre pressão (minha, da professora, da directora de turma) realizou e apresentou os vários trabalhos solicitados ao longo do ano. Uma tolice dela, foi muito mais complicado assim, mas conseguiu finalmente ter positiva. A negativa que se mantém é o Inglês. Fico tristíssima, pois se há disciplina na qual eu a consigo ajudar é esta. E o pior ainda é que tenho a certeza que ela não consegue apenas por embirração. Aquiles e negativa à parte, para os bons resultados deste ano e deste período, a colocação do implante coclear fez sem dúvida diferença. Ouvir melhor, a mudança de turma e o muito trabalho em casa. Como NEE tem mais aulas que os outros meninos com as aulas de apoio às várias disciplinas e também a professora de EE (que por acaso este ano deixou um bocadinho a desejar). O inglês foi penalizado sem aulas de apoio pois a professora acumulava da direcção de turma não tendo disponibilidade para os apoios. Consequência das medidas de contenção tomadas pelo ministério.

Este já está. Estão de parabéns os meus filhos!

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publicado às 22:27

A Força Aérea está de parabéns para comemorar o seu 62.º aniversário tem patente uma exposição na Cordoaria Nacional e no passeio junto ao rio em frente à cordoaria. Foi por acaso que soubemos desta iniciativa. Vínhamos de uma consulta no hospital com a minha mãe e estavam os militares a montar um dos aviões e outro já estava exposto entre outras viaturas e equipamentos e ficámos curiosos. Em casa fomos bisbilhotar a internet e lá descobrimos. Sexta-feira à tarde lá fomos ver a exposição e ainda bem que o fizemos. Podémos ver e entrar dentro de aviões e viaturas e vimos também a demonstração cinotécnica que adorei (eu e os cães, os cães e eu). Lá estava o famoso F16 que de imediato me transportou ao filme da minha adolescência - Top Gun. Presentemente é um avião desactivado serve apenas para exposição.  

 

Os meninos que tinham falado em ir lanchar à outra avó, surpreendentemente não quiseram ir. Ainda lhes disse que à avó podiam ir qualquer outro dia e à exposição não. Fiquei de queixo caído, particularmente com o puto que adora aviões e coisas do género. Não entendi, confesso que fiquei mesmo sentida, mas também não me senti no direito de os contrariar quando se trata dos avós. No dia seguinte quando todos vimos as fotos disse-me - fui bem estúpido eu, mãe. Só lhe disse que tinha sido uma opção, eventualmente não a mais correcta, mas foi a opção que tomou.

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publicado às 17:43

10 anos, o meu puto faz 10 anos. Como ele mesmo disse "estou muito crescido já mãe, já faço um década!" É verdade meu filho. Tão preocupada que ele estava, que não fizéssemos nada para comemorar o aniversário dele, por saber que a avó, a viver connosco, está muito doente. O pai parvo que é e por calhar num fim-de-semana do dele, tinha-lhe dito que se calhar não havia festa pois não podia. O teu aniversário será sempre motivo de comemoração meu filho, assim eu possa enfrentando quem for para tal.

Não tenho estado de todo no meu melhor com tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, o cancro da minha mãe e tudo o que isso implica, andamos sempre de um lado para o outro, como consequência trabalho até mais tarde frequentemente, durmo pouco, ando morta de cansaço e isso reflecte-se em tudo e os miúdos que são os últimos a ter culpa seja do que for acabam por levar por tabela, às vezes forte e feio.

Convidou três amiguinhos da escola para virem lanchar com ele e à noite juntámos-nos com a família Adams a jantar cá em casa, uma ajuda de um lado outra de outro, tudo se conseguiu. Decorei a sala à noite para quando ele acordasse de manhã ver, e a bicicleta que compramos entre todos (pais, tios e avós), só assim a poderia oferecer-lhe, coloquei dentro de casa com um laço gigante. Ficou tão feliz! Era uma coisa que ele queria tanto, a dele está mínima para o tamanho dele. Foi logo para o pátio andar com ela.

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publicado às 19:15

Estou tão mas tão choné e ando tão mas tão cansada, que abri a minha área do blog no sapo e nem vi que estava em destaque com o post sobre o aniversário do Jardim Zoológico. Qual não foi o meu espanto quando verifico que tenho seis comentários ao post. Gostei tanto!!! Fiquei mesmo contente. Foi uma coisa boa nesta fase tão complicada que atravesso com a minha mãe.

 

Obrigada ao Sapo por este destaque! {#emotions_dlg.default}

 

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publicado às 23:58

Daqueles como há muito não me lembro de ter. Acordei com uma dor de cabeça tremenda, dormi mal que sei lá (o que já é apanágio, bem sei), foi a mistura explosiva para tudo o resto. Hoje foi um dia do cão. Estive sem paciência para nada, não suportava barulho, até a água a correr na cozinha me irritava. Tentei pintar as unhas e após três tentativas sem sucesso, acabei por desistir, para não gastar os vernizes todos que custam dinheiro, o que também ajudou à irritação. Hoje foi daqueles dias de má energia, tudo o que tentava fazer corria mal. Fiquei sem paciência nenhuma. Hoje fui uma má mãe e fiquei com um peso brutal na consciência. Esta situação da minha mãe está a dar cabo de mim, estou no limite das minhas forças e isso hoje tramou-me. 

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publicado às 21:49

Concomitante

03.06.14

 

(fonte Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

 

Mais um palavrão dos muitos que tenho ficado a conhecer nas últimas semanas. E são tantos... cada um mais estranho que o anterior, sendo que este é o que mais tenho ouvido. Descreve o plano de tratamentos que a minha mãe vai fazer, tratamento concomitante de quimio e radioterapia. Tem sido informação a mais num curto espaço de tempo e não vai ficar por aqui, que ainda agora a procissão vai no adro, e eu a sentir-me no limite com tudo isto. Tenha eu forças para mais esta dura prova.

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publicado às 22:42


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