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Consegui finalmente fazer com que a Bárbara aprendesse a andar de bicicleta. Custou mas foi, livra parto difícil este. É muito teimosinha esta minha filha (não sei nada a quem é que ela sai assim :) feitiozinho tramado) e não queria porque não queria andar de bicicleta. Toda a gente insistou tão com ela. "Eu não consigo...", "Isto não é para mim...", "Eu não vou ser capaz...", entre outros comentários palermas. A falta de confiança nela mesma e a auto-estima sempre foram um problema para esta filha, mas agora que estamos de férias lá a convenci (quase na marra) a experimentar. Resultado: em duas horas e meia ontem, mais outras tantas hoje de manhã e outra vez à tarde, ela já sabe andar de bicicleta!!!! Fiquei tão contente e ela também. "Oh mãe, afinal isto não era nada difícil, eu gosto muito de andar!"

Ontem quando começamos estava tão contrariada que até consegui torcer o volante com a força que fazia, ficaram as mudanças viradas para baixo e os travões para cima. Ficou toda esfolada nas canelas e atrás nos tornozelos, teimosa que nem sequer quis calçar os ténis e foi de chinelos. Achava ela que eu desistia, mas bem se enganou. Valeu muito a pena. E nós temos o privilégio de ter um pátio bem grande no prédio onde não há carros, nem buracos, nem pessoas que a atrapalhassem, era mesmo só aproveitar.

Agora que eu e o Manuel fazemos grandes passeios e nos fartamos de andar, custava-me horrores ela ir atrás a pé com o cão, o que nos obrigava a andar menos e a parar constantemente ou a voltar para trás para a acompanhar, ou então ficar em casa se nós fossemos mais longe. Assim ela já vai poder acompanhar-nos, vamos começar devagar e vamos alargar os passeios, com ela também, aos poucos.

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publicado às 21:23

Há um cruzamento em Algés, da rua do eléctrico (junto ao terminal dos autocarros), com a rua que vem da antiga praça de touros para a marginal, ou como quem vem de Miraflores, (ou do mercado, se se preferir), em que seja qual for o lado de que se venha é proibido virar à esquerda. A realidade é que os sinais estarem lá ou não é quase a mesma coisa, tantos são os condutores que os infringem. Haja ou não trânsito, não importa. Não consigo entender, sério não consigo. Toda a gente sabe disto e não há autoridade que ponha travão a isto, que multe quem infringe, mas depois há tantos outros casos tão absurdos que não lhes passam despercebidos. Enfim... diz o ditado que as atitudes ficam para quem as pratica.

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publicado às 21:13

Mas dá-me para isto. Tenho um hábito, não sei porquê nem porque não, de ao ler uma revista (coisa que desde o internamento da Bárbara e agora nas férias fiz com maior regularidade, eu que só leio a Sábado, até revistas cor-de-rosa li), começar sempre de trás para a frente. Hábito que já tenho há largos anos, e o gozo que isto me dá não tem explicação. Parece que nem sou capaz de ver uma revista de outra forma. Quem diz uma revista diz jornal, folheto, etc. Podia dar-me para pior... cada maluco com a sua pancada.

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publicado às 20:53

...com muita pena minha. Foi-se coitadito. Há já alguns meses que andava a ameaçar, mas desta foi de vez. Começou pelo touchpad que deixou de ter sensibilidade às vezes, assim do nada, mas passado algum tempo passava-lhe, depois só com uma pancadita é que voltava à vida, isto de quando em vez, depois passou a ser de vez em quando, até que mais para o fim já só funcionava na base da pancada. Tantas apanhou até que deixou mesmo de funcionar. Eu bem pesquisei na net e descobri que é mal comum nestes equipamentos, bem o desmontei, limpei contactos, circuitos e afins, lá o voltei a ligar, mas nada. A reparação era no mínimo € 50,00, ora um equipamento com quatro anos e pelo valor que hoje se adquirem equipamentos melhores e mais actualizados, não me pareceu que valesse a pena.

Para além disto há coisa de dois meses, já tinha tido uma avaria de software, que foi quando descobri que na net há resposta para quase tudo e tive de fazer download e instalação de novo e por completo do software do telemóvel. Lá foi aquela chatice de perder contactos, mensagens, etc. uma treta. Ainda não me tinha bem refeito desta e já se estava a passar de novo. Esta última travadinha do touchpad não permitia aceder a qualquer menu ou fazer o que quer que seja o que é uma valente maçada. Só conseguia atender chamadas e para fazer era escrever o nome para quem queria ligar. Isto tudo no dia de aniversário da Bárbara e a aguardar a chamada do hospital para marcação da colocação do implante. Nem de propósito numa das vezes em que acabava de montar o equipamento todo depois de mais uma tentativa para o fazer voltar à vida, liga-me a Graça a dizer que no dia seguinte tinha de estar às nove da manhã no hospital para combinar os pormenores com o cirurgião. Fiquei com seis chamadas não atendidas que não faço ideia de quem terão sido e três sms por abrir.

Com tudo isto a acontecer e o internamento mrcado para a semana seguinte, foi remédio santo, optei pela  substituição. Fartei-me de procurar por uma relação qualidade/preço, aproveitando para escolher já um smartphone que fosse jeitosinho sem gastar muto dinheiro, que é coisa que não tenho. A escolha recaiu num Sony Xperia Miro cheio de aplicações e mariquices que ainda estou a descobrir, mas para já estou muito satisfeita. Ainda por cima no hospital deu um jeitão ter o mundo logo ali à mão, já que a ligação wi-fi era gratuita.

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publicado às 14:14

Todo este processo cirurgíco que a Bárbara passou foi acompanhado de muito perto pela neurocirurgiã que a segue e conhece desde os nove meses de idade, sendo que a Bárbara inúmeras vezes perguntou se ela estaria na cirurgia ou se iria lá vê-la.

No dia da cirurgia, à tarde, veio a visita que ela mais queria, a nossa querida Dra. Conceição. Ficou tão feliz a Bárbara, ainda meio estremunhada. Foi uma surpresa e tanto para esta filha. A Dra. também ficou muito satisfeita e eu muito mais descansada, por a saber a par e passo de mais uma difícil etapa para a Bárbara. No dia seguinte, incansável e querida como sempre, voltou para a ver mais uma vez e até lhe trouxe uma lembrança linda.

Antes de saber que ela iria visitá-la, e em que perguntou pela Dra., ainda respondeu quando lhe dissemos que se calhar ela não ia: "Eu não entendo esta paixão, mas eu gosto tanto da Conceição".Também eu filha minha. Se hoje estamos aqui, a ela o devemos, sem dúvida. Um grande bem haja, Dra. Conceição Marques. Que continue hoje e sempre a ser o nosso porto de abrigo.

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publicado às 23:56

Na semana que estivemos internadas, entretivemo-nos a ver da janela do quarto, que dava para o aeroporto, os aviões que chegavam quase de seguida com pouco minutos de intervalo e verificar a companhia e tamanho, imaginando de onde virão. A graça que a Bárbara achava a isto, e quando a rota mudou e em vez de aterrarem, levantarem, já não sendo visíveis, apenas audíveis,como ela se aborrecia com aquilo.

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publicado às 23:34

Enquanto decorria a nossa (interminável no meu ver) espera sobre a colocação ou não do implante da Bárbara, vi um bebé de apenas quinze dias, entrar para o bloco operatório. Coitadinho, era tão pequenino e com tão pouco tempo de vida esta era já a segunda cirurgia a que era submetido. Nasceu com uma malformação, felizmente possível de corrigir. E o ar de desespero daqueles pais? Deu dó de ver, fartaram-se de chorar.

Dói sempre tanto sabermos os nossos meninos com situações complicadas, eu já vou na 3ª volta (leia-se cirurgia) e o medo, a ansiedade, a angústia não mudam nada. A forma de reagir e enfrentar a situação, essa sim, sem dúvida.

Tive uma vontade imensa de abordar aqueles pais, sossegá-los talvez com um pouco da minha história, mas também sei que com o mal dos outros podemos nós bem, e eles com toda a certeza, só queriam que aquele não fosse o seu bebé, numa dor tão só deles mesmos.

Soube depois que a cirurgia correu muito bem e o bebé ficará bem também.

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publicado às 23:17

Depois do dia difícil que foi o anterior, a noite não foi nada fácil também. As tonturas e dores de cabeça continuaram terríveis, continuou sem se conseguir por de pé, não foi sequer capaz de ir ao wc quando precisou, e depois o resto da noite nem ela nem eu dormimos grandemente. Durante o dia os vómitos, as náuseas as dores de cabeça e as tonturas não pararam. Nada ficava no estômago, nem o chá que lhe davam para a tentar hidratar e só a meio da tarde conseguiu levantar-se, sempre com muito cuidado e muito devagar. A primeira coisa que conseguiu manter no estômago foi um gelado que a enfermeira Lara pediu para ela, já durante a tarde, mas foi sol de pouca dura, pois à hora do jantar as três colheres de sopa que entraram fizeram sair tudo outra vez. Depois da cirurgia a dieta era suposto ser líquida uma vez que não se pode mastigar, mas no caso era mesmo nada, porque nada ficava, mesmo a fazer medicação para contrariar isto. No dia seguinte, domingo, a medicação foi alterada e colocaram-na a soro, pois havia o risco de desidratação. No hospital o último dia em que vomitou foi segunda feira ao pequeno-almoço, e na terça ao fim da manhã vimos a luz ao fundo do túnel, o médico disse que se assim continuasse, na quarta a meio da tarde poderia ter alta. Como não há bela sem senão, ao fim do dia fez uma reacção alérgica terrível, a um dos medicamento para os vómitos, com uma comichão tremenda acompanhada por espasmos, uma cena que me perturbou bastante assim como à Barbara que só dizia: "mas o que é isto agora? Estraguei tudo, já não vamos embora amanhã". Valeu o querido enfermeiro André que não saiu de ao pé da Bárbara até tudo voltar ao normal. Minha querida filha, estava desejosa (estavamos as duas) de vir para casa. Felizmente nada se alterou e na quarta-feira às 16H45 tivemos ordem de soltura finalmente. A acompanharnos uma parafernália de medicamentos e a indicação de voltarmos logo na sexta para fazer o penso e ele ver a evolução. Já em casa vi a coisa mal parada, pois nesse dia desde que chegou até à noite voltou a vomitar o que a mim me parecia até as entranhas. Foi da viagem de carro, explicou depois o médico.

Foi uma semana que parecia não ter fim, foram dias muito complicados, cansativos, eu sentia-me à beira de colapsar, tal era o cansaço, com muitos nervos à mistura, sem puder fazer nada para que a Bárbara não passasse por isto, mas ainda assim não foi nada se comparado com o sofrimento e tudo o que ela passou, afinal eu ali era a espectadora, era o colo, era o porto de abrigo. As noites no cadeirão (que não era assim muito confortável) eram passadas com sentido de alerta total, as manhãs começavam bem cedo (antes das sete já tudo girava) logo o descanso era pouco, levantava-me sempre dorida e com o corpo moído. Ela foi uma valente, mais uma vez em tudo foi uma doente exemplar, sempre conformada, consciente que o objectivo a atingir vale o sacrifício. À saída até a carinha era outra.

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publicado às 21:33


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