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Uma nova realidade com que tenho de aprender a viver.
Aos quase quarenta e oito anos de vida e depois de muitos exames, análises e consultas de várias especialidades, está descoberta a grande razão para a minha anemia que teima em não me largar nem por nada. Doença celíaca é o veredicto final. Ando ainda a explorar produtos e supermercados amigos dos celíacos, mas a coisa não está fácil, é quase tudo bastante mais caro. Também descobri que já comprava alguns produtos sem glúten sem sequer saber.
Contra factos não há argumentos, por isso bola para frente numa nova realidade que implica toda uma nova forma de comer e viver.
Se ainda ontem comemorava a chegada do novo, hoje constato que meio ano já lá vai. Eis-nos chegados a julho o meu mês preferido do ano. Há calor, os dias ainda são grandes e é mês de aniversário duplo cá em casa.
Fui há FIA e a única coisa que me ocorre dizer é: que FIAsco....
Verdade que já não ia à FIA há uns bons anos, mas as minhas memórias ida à FIA eram de tardes inteiras bem passadas, horas a ver artesanato na verdadeira acessão da palavra, ter de me conter para não trazer meia feira para casa, deslumbramento pela beleza das coisas, ver oleiros, carpinteiros, bordadeiras, artesãos a mostrar como se fazia a sua arte, grupos de dança regional e tanto mais. Já na gastronomia o difícil depois de escolher (era tudo apetitoso até mais não) era o tempo de espera para conseguir petiscar, tanta era a procura. Era sempre um programa especial visitar a FIA.
Este ano vi a feira em pouco mais de hora e meia... o que resume bem o que por lá se vê. Artesãos, poucos, muito poucos, malta com imaginação para fazer "coisas" havia alguns. As entradas custaram oito euros, o que achei bastante caro, ainda antes de ir, depois de lá sair então... que dinheiro tão mal gasto.
Na área dedicada ao artesanato nacional, como já disse os artesãos eram poucos, vi duas tecelãs, a bordadeira de bilros num canto sem qualquer destaque, quase que fiquei chocada, oleiro não havia, o artesão a trabalhar verga não havia, enfim... senti falta do artesanato e dos artesãos. O "artesanato" em exposição era caro, tudo muito caro. Ou sou eu que estou pouco disposta a gastar dinheiro em vão, ou as pessoas perderam a noção do real. Mesmo com a crise e o aumento dos preços, tratando-se de uma feira, deveria haver alguma atenção a preços. Também os participantes eram muito menos que o habitual havendo muitos espaços vazios, que a organização tenta enquadrar com pontos de descanso por exemplo.
Passando para o pavilhão internacional, quase me faltam as palavras para descrever. Mais parece um mercado de rua, onde nos tentam impingir qualquer coisa mal demonstremos o mínimo interesse. Quinquilharias a rodos, écharpes e mantas de praia (sim, dessas que se vendem na praia) a granel, roupas que se compram em qualquer loja de chinês ou feira de rua, também não faltavam. Artesanato propriamente dito vi muito pouco, infelizmente. Mais uma vez e aqui muito mais flagrante, espaços e expositores vazios. Também havia alguns expositores a vender especiarias, frutas desidratadas e cristalizadas entre outras especialidades gastronómicas. Porque raio estavam na parte de artesanato?! Deve ser algo que só as mentes brilhantes que organizam a feira sabem responder. Faria todo o sentido que estivessem no pavilhão da gastronomia. Há e não esquecendo que no pavilhão internacional se viam expositores nacionais (wtf?!) e stands de venda de artigos tipo "pedra branca que tira todas as nódoas", aspiradores, etc.
Ora, resta o pavilhão da gastronomia. Pouco há a dizer, tal como pouca era a oferta, comparativamente aos anos áureos da FIA. Mais uma vez a preços quase proibitivos, por exemplo um prato de tapas (mal servido, por sinal) por € 26,00, ou uma sandes de queijo (com pão que parecia ter pelo menos três dias) por € 6,50 e era a sandes mais barata que por lá havia.
Resumindo, enquanto me lembrar desta visita à Feira Internacional de Artesanato não volto a por os pés em nenhuma por uns valentes anos (diz quem me conhece que tenho memória de elefante ;) ).
Valham-me as feiras das localidades, que nos meses de verão há um pouco por toda à parte, e onde se encontra muito mais artesanato do que por ali.
Foi há pouco que ao abrir as redes sociais li, com incredulidade, a notícia do falecimento da Tina Turner.
É o que é, o sol quando nasce é para todos, e a vidinha acontece todos os dias, mas a morte de pessoas famosas que acompanhámos uma vida inteira causa algum impacto. Pelo que li, Tina Turner faleceu de doença prolongada (a sério que ainda não se tratam os bois pelos nomes?!?!), que é como quem diz, lutou contra o cancro e perdeu....
Cresci a ouvir Tina Turner e confesso que tenho um guilty pleasure ainda hoje pela sua música. Das músicas que mais recordo, destaco The Best, claro, e Private Dancer.
O mundo em geral e o mundo da música em particular ficam mais pobres, sem dúvida. Foi uma mulher muito à frente no seu tempo, com uma história de vida e tanto e dona de umas pernas lindas, absolutamente invejáveis. Para sempre ficará na história da humanidade.
Até sempre Tina Turner.
... ou melhor, aqui está em questão o metro de Lisboa.
Não, não é uma fotografia “instagramável” que é como quem diz das que ficam bonitas no feed do instagram ou de qualquer blog. É a realidade de um final de dia, eram 19h05 de hoje, na estação de metro do Cais do Sodré para quem quer regressar a casa no final de um dia de trabalho... C-A-O-S é o que posso dizer sendo simpática.
Adorava ver um qualquer dirigente político ali naquela hora…
Vergonha de um país que está a tomar este rumo.
Bem sei que as obras são necessárias para se melhorar no futuro, mas assim está demais... As informações que constavam no site do metropolitano de Lisboa aquando do início destas alterações estão longe da realidade dos factos, infelizmente.
Eu que tomei a decisão, no início deste ano, de passar a andar de transportes públicos, tenho tido azar. Greves da CP em Fevereiro, Março e Abril. Ainda em Abril as primeiras alterações na circulação do metro, que quase me faziam ir ao Porto para chegar de Odivelas ao Cais do Sodré e agora durante dois meses este caos anunciado que se prevê até Julho. Não sei se desista e volte a andar de carro pelo menos em Junho, já que entre feriados e dias em teletrabalho vou menos vezes para Lisboa. Estou a ponderar.
Na sequência do meu anterior post sobre o cabaz de produtos com IVA zero, obtive alguns comentários, uns esclarecedores, outros pouco simpáticos e outros ainda a roçar a má educação e como tal não chegaram a ver a luz do dia que é como quem diz a ser publicados. Mas o que me leva a voltar a escrever sobre o tema é a aprovação pelo parlamento das medidas que levarão à entrada em vigor do cabaz com IVA zero. Notícias no ECO e no Público. Curiosamente neste mesmo dia há também a notícia (que todos nós podemos comprovar numa ida ao supermercado e que eu já tinha abordado) de que os preços voltaram a subir e que a tendência é que assim continuem. Se eu já achava que o reflexo na carteira dos portugueses seria pouco ou nenhum, agora então tenho a certeza.
Voltando à medida agora aprovada, entrará em vigor dia 18 de Abril e manter-se-á até 31 de Outubro. A ver vamos o que isto dá.
Apregoou-se aos sete ventos, mais comunicação social e tudo e tudo que o governo aprovou uma lista de alimentos com IVA de 0% para fazer face à inflação e ajudar os portugueses. Aqui podemos conhecer o referido cabaz alimentar com IVA zero.
Questiono se sonhei ou era a partir de Abril que esta medida entrava em vigor. Hoje dia três, fui ao supermercado e da dita lista comprei vários produtos, a título de exemplo: massa, arroz, brócolos, laranja, maçã, manteiga, iogurtes. Só não vi foi nada com IVA zero no talão do supermercado. Preços mais altos, isso vi em vários produtos, aliás é o que mais se vê, seja em bens essenciais ou não. Irá a medida entrar em vigor mais à frente? E até lá, quantos aumentos mais acontecerão entretanto?
Outra questão que se me coloca é: irão os distribuidores baixar os preços dos ditos bens devido à redução do IVA? Tenho muitas dúvidas, confesso. Quer parecer-me que a diferença fica no bolso dos distribuidores, isso sim.
Pede o sapinho, ali na área de gestão do blog, para festejar a Primavera, que publiquemos uma foto de uma flor, seja na jarra lá de casa ou de um jardim. Na impossibilidade de uma foto actual volto a publicar uma fotografia de uma jarra com flores colhidas por mim num passeio campestre. Adoro este tipo de flores e fazem um arranjo lindo que me leva às memórias de infância.
E depois enquanto procurava no arquivo esta fotografia, descobri esta outra bem mais recente e com uma importância tremenda na minha nova vida. Não fossem rosas vermelhas o símbolo da paixão.
Neste fim de semana pelo Porto fiz questão de revisitar a Livraria Lello e só consegui à segunda tentativa. As filas eram intermináveis e como tal optei pelos vouchers adquiridos online e assim evitei as filas. Recomendo esta opção, mesmo com a desorientação do funcionário que está a controlar as entradas e que acaba até por gritar com quem tenta obter uma informação.
Se da primeira vez que visitei a Livraria em 2016 fiquei absolutamente maravilhada, desta vez decepção é a palavra que se impõe. Tristeza até também. Para já os "bilhetes" se assim podemos chamar, estão consideravelmente mais caros. Certo é que são dedutíveis na compra de um livro, mas aqui é que a porca torce o rabo... o difícil é adquirir um livro ali.
Dentro da livraria havia pessoas a mais, quase irrespirável até. As pessoas atropelam-se para a fotos "instagramáveis" e nem olham à beleza da própria livraria ou aos espaços temáticos expositivos (onde por isso se consegue respirar um pouco melhor). Penso que deveria haver um controlo do número de pessoas dentro do espaço. Para quem quer de facto ver e comprar livros a tarefa é quase hercúlea. Os "livreiros" ou melhor funcionários da livraria pouco sabem de livros... que ideia a minha achar que era preciso saber um bocadinho do tema para se trabalhar ali... Como exemplo, a funcionária a quem me dirigi a pedir informações não sabia quem era Isabel Allende. A Lello está completamente focada nos livros de edição própria, clássicos principalmente, dando-lhes a primazia e o destaque, logo seguido pelo merchandising da própria livraria e de alguns temas como "O Pequeno Príncipe". Depois grande destaque para os vencedores do Prémio Nobel e os candidatos não vencedores.
Literatura inglesa pouca variedade, autores portugueses, idem, não vi um único livro de Afonso Cruz, João Tordo ou José Luís Peixoto, por exemplo. Outros havia, mas... deixava a desejar para o que eu tenho como referência de uma livraria. Julgo até que actualmente o core business deles é mesmo o turismo e pouco a venda de livros, a notar pela fila para a caixa que não havia. Zero pessoas a adquirir livros.
A Livraria continua linda, mas é quase impossível apreciar a visita com tanta gente em simultâneo. Fiquei decepcionada nesta visita, essa é a verdade.
Este fim de semana regressei ao Porto e constatei mais uma vez que é uma cidade que não me canso de visitar. Gosto mesmo desta cidade. Foram dias de alguma chuva, mas ainda assim não me impediu de calcorrear quilómetros a fio durante os três dias. Optei desta vez por ir de comboio e assim poupar uns trocos valentes, já que o preço da gasolina está pela hora da morte, e aproveitei a promoção da CP por comprar os bilhetes com antecedência por 50% do valor. Foi a primeira vez que andei de Alfa e gostei bastante, conforto e rapidez. Ainda temi ter a viagem cancelada devido à greve, mas foi falso alarme, o meu comboio não sofreu qualquer constrangimento. Fui bem cedo e ao meio-dia já andava pelas ruas do Porto a passear.
Esteve algum frio, choveu q.b., percorri ruas e ruelas, subi, desci e deslumbrei-me de novo a cada recanto. O facto de não ser a primeira vez nesta cidade permitiu-me aproveitar melhor e apreciar sem a pressa de não querer perder pitada. Pela cidade muitas pessoas, não só estrangeiros (espanhóis, ingleses e italianos com fartura), muitos portugueses também. Curiosamente muitos jovens, muitas famílias inteiras e claro muitos casais (quiçá em lua de mel).
Revisitei algumas igrejas e outras não porque acho um abuso ter de pagar para visitar uma igreja. No Porto predomina o comércio local, em grande contraste com Lisboa, embora haja também muitas lojas fechadas e edifícios inteiros ao abandono, tal como aqui.
O que mais me impressionou negativamente foi a quantidade de pessoas sem abrigo um pouco por todo o lado, nos vãos de escada, em entradas de lojas fechadas, ou mesmo nos jardins. Eram mesmo muitas, quer nas zonas mais turísticas, quer noutras não tão centrais da cidade.
Comi bem, bebi bem também, passeei muito e namorei muito também. A cabeça desligou completamente e mesmo sem descanso físico, venho com as energias renovadas.
Pura verdade! E concordo com escrever “desgraça” e...
Sem dúvida que não é nenhuma tragédia, há coisas m...
Em primeiro lugar, as melhoras! O fato de já ter u...
No Lidl não vi ainda produtos sem glúten, no Merca...
poderá o pao (pois, e derivados ) ser o principal ...